Entre esta sexta-feira, 26 de maio, e domingo, 28 de maio, vai poder descobrir, na Casa-Museu Medeiros e Almeida, a exposição “Jóias de Portugal: Coleção S. J. Phillips” que apresenta, pela primeira vez em Portugal, cerca de 70 fabulosas peças de joalharia antiga portuguesa. Nós já passámos por lá e asseguramos: é um daqueles momentos a não perder…
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A Casa-Museu Medeiros e Almeida ( na rua Rosa Araújo, em Lisboa) é um daqueles lugares que deve ser visitado por todas as razões do mundo – seja pela Casa em si ou pelos tesouros que guarda, seja pelo ambiente acolhedor ou, no nosso caso, pela fabulosa e preciosa coleção de relógios.
Aliás, há uns tempos, andámos por lá: fotografámos o Octa Divine da F.P.Journe Invenit et Fecit, um relógio de pulso que tão bem se relaciona com todo o espaço e ficámos hipnotizados pelo misterioso relógio de noite criado por Edward East (1602-1697) que terá pertencido a D. Catarina de Bragança.
O giro é que foi mesmo ao som das batidas de um dos inúmeros relógios desta Casa-Museu que entrámos na sala do Lago para descobrir a exposição “Jóias de Portugal: Coleção S.J. Phillips” que apresenta, pela primeira vez em Portugal, cerca de 70 incríveis peças de joalharia antiga portuguesa.
Soa a estranho? Não.
Na verdade, as peças que compõem esta coleção foram sendo reunidas ao longo de várias gerações pela S.J.Phillips, antiquário londrino, com especial interesse pelo mundo da joalharia portuguesa, numa seleção ancorada na qualidade e na beleza. Porém, as peças permaneceram nas instalações da própria empresa, em Londres, até terem sido descobertas por João Távora de Magalhães, representante da Sotheby’s em Portugal. E foi o próprio que desafiou os responsáveis da S.J.Phillips a dá-las a conhecer ao público português.
Aqui está, em galeria, uma amostra das peças que vai poder encontrar na exposição:
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Falamos, assim, de uma coleção composta por anéis, brincos, botões, insígnias, pendentes, colares, adornos de cabelo, pregadeiras, entre outros, ornamentadas, em larga medida, com pedras como granadas, topázios (muito apreciadas em Portugal) e crisoberilos – com a nota de que estes últimos eram muito utilizados, numa altura em que os diamantes com mais de 7 quilates se destinavam ao rei.
A utilização deste tipo de pedras é, segundo João Távora de Magalhães, um dos elementos de diferenciação das jóias expostas enquanto criações portuguesas, quase todas datadas do século XVIII. Segundo o responsável da Sotheby’s ” a escolha das pedras faz a grande diferença; não se vê nos outros centros internacionais topázios e crisoberilos na mesma quantidade”. Importa, no entanto, também, dizer que podemos encontrar algumas jóias espanholas, como forma de contextualização, e outras, que estão referenciadas como portuguesas, podem mesmo levar à discussão os especialistas na matéria.
A propósito do evento, publicaremos em breve uma entrevista a João Távora de Magalhães. Mas não poderíamos deixar de recomendar esta que surge como uma oportunidade única em Portugal.
Patente desta sexta-feira, 26 de maio, a domingo, 28 de maio, entre as 10h e as 17h30, a exposição Joias Portuguesas: Coleção S. J. Phillips deu, ainda, origem a um catálogo, publicado em inglês numa colaboração com Diana Scarisbrick, historiadora especialista em joalharia.
A entrada é gratuita.
Tome Nota:
/ Exposição “Jóias de Portugal: Coleção S. J. Phillips”
/ De 26 a 28 de maio de 2017 – Das 10h-17h30
/ Casa-Museu Medeiros e Almeida: R. Rosa Araújo, 41, Lisboa
/ Telf. 21 354 7892
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