No ano em que comemora o seu 165.º aniversário, a Chopard apresentou como primeiras novidades de 2025 um conjunto renovado de relógios dotados de calendários perpétuos — com notáveis afinações nos emblemáticos modelos L.U.C Lunar One e L.U.C Flying T Twin Perpetual.
Classe e distinção: duas palavras que facilmente podem ser associadas à Chopard. São também duas palavras que podem definir da melhor maneira os modelos L.U.C Lunar One e L.U.C Flying T Twin Perpetual, dois exercícios de estilo baseados no conceito de calendário perpétuo desenvolvido na Manufatura Chopard que surgem agora de visual estruturalmente renovado. O L.U.C Lunar One foi estreado em 2005 numa versão em ouro amarelo e o L.U.C Perpetual T surgiu em 2013. A evolução de ambos apresenta-se melhor em todos os aspetos, desde o plano técnico até à parte estética e da própria construção das caixas.

Tanto o L.U.C Lunar One e L.U.C Flying T Twin Perpetual estão agora vestidos com uma caixa com somente 40,6mm de diâmetro e apenas 11,63mm de espessura, uma notável redução tendo em conta os complexos universos mecânicos inerentes a ambos. Estão disponíveis em caixas de ‘ouro ético’ (com ouro de proveniência certificada) e dotados de um novo sistema de troca rápida de correias. Também os mostradores são feitos a partir desse ouro certificado e com novos padrões em guilloché raiado a partir da indicação das fases da lua ou do turbilhão, consoante o modelo. Os próprios ponteiros Dauphiné Fusée das horas e dos minutos são confecionados em ouro. E as cores constituem uma agradável surpresa.

«Sentimos a necessidade de termos uma complicação bonita que precisava de ser reinterpretada no que diz respeito à caixa e ao tamanho. Acho que estamos num período em que veremos os relógios a tornarem-se mais pequenos na medida do possível, porque nem todos têm a sorte de dispor de movimentos que cabem em caixas mais pequenas e produzir calibres de menores dimensões é muito mais complicado», confidenciou-nos Karl-Friedrich Scheufele, aquando de um preview dos novos L.U.C Lunar One e L.U.C Flying T Twin Perpetual numa pequena cimeira da Chopard realizada no Château Monestier La Tour.

«No caso dos calendários perpétuos, 40,6mm é um tamanho muito bom. Emagrecemos a caixa e tornámo-la ergonomicamente mais interessante e muito tátil. Um relógio é um objeto tridimensional e um relógio deve ser considerado um pouco como uma escultura, porque não é propriamente plano. É visto de diferentes ângulos e um relógio deve agradar qualquer que seja a perspetiva; visto de lado, tem de ser tão agradável ou tão artisticamente bem feito quanto de frente. A parte da frente, claro, é a que mais vê e o mostrador é extremamente importante; entre uma interpretação artística de contar o tempo, fornecendo informações de forma razoável e com boa visibilidade, mas também de forma artisticamente agradável. Os novos modelos têm um pouco dos dois, são objetos funcionais mas apresentados de forma artística. Acho que a fronteira entre artesãos e artistas está fluída em ambos os casos». E acrescentou: «As novas caixas também exigem muito trabalho artesanal na hora de soldar as asas e o respetivo acabamento. São altamente complicadas de fazer».

Aqui ficam então os dois novos relógios da Chopard assentes no seu movimento de manufatura com calendário perpétuo e as respetivas variantes.
Chopard L.U.C Lunar One
Desde que foi lançado há cerca de duas décadas, o L.U.C Lunar One manteve-se como único relógio da sua categoria equipado de uma janela rotativa com indicação orbital das fases da lua. Estreou-se em ouro amarelo em 2005, motorizado pelo Calibre 96.13 com calendário perpétuo e fases da lua astronómicas que derivava do Calibre 1.96 com microrrotor. A segunda versão surgiu em ouro rosa em 2012, com melhorias que incluíam certificações do Punção de Genebra e do COSC; em 2017 apareceu uma variante em platina com um mostrador azul escuro dotado de acabamento raiado. A nova geração arranca com dois visuais: ouro branco e mostrador salmão; ouro rosa e mostrador azul escuro.

Claro que a principal complexidade mecânica é o calendário perpétuo, mas é a lua que lhe dá nome. O disco rotativo com dupla apresentação lunar assume mesmo um tal protagonismo que é a partir do respetivo submostrador às 6h que partem as ranhuras decorativas do mostrador efetuadas à mão. As restantes indicações de calendário (dia da semana, dia/noite, mês, ciclo dos anos bissextos) estão todas distribuídas pelos restantes submostradores à 3 e às 9 horas, excetuando a data — que aparece sobredimensionada, numa janela dupla situada às 12 horas.


A atualização da caixa segundo os mais recentes códigos estéticos da linha L.U.C torna o conjunto especialmente fino e elegante, com um diâmetro 1,5mm inferior aos 43mm da versão inaugural e uma espessura 0,13 mais delgada. E o formato bassiné parece ainda mais restrito, porque a base da caixa tem um diâmetro ainda mais pequeno. Também os submostradores apresentam uma decoração própria, sendo de destacar a direção das ranhuras na indicação dia/noite: raiadas para o dia, horizontais para a noite. Um pormenor que é verdadeiramente um pormaior identificativo do cuidado estético tido na preparação de cada detalhe.


Chopard L.U.C Flying T Twin Perpetual
O L.U.C Flying T Twin é uma pequena maravilha destinada a comemorar o primeiro turbilhão confecionado na Manufatura Chopard, mas apresentando um turbilhão volante em vez do turbilhão com ponte original. E se o L.U.C Perpetual T de 2013 combinava o calendário perpétuo com um turbilhão apoiado numa ponta, o novo L.U.C Flying T Twin Perpetual apresenta essa mesma combinação com um turbilhão volante. O efeito hipnótico do turbilhão é mais eficiente quando está totalmente à vista, em vez da pequena obstrução visual que constitui a ponte.

Alimentado pelo Calibre 96.36-L, é duplamente certificado pelo COSC e pelo Punção de Genebra. O Twin da designação refere-se aos tambores de corda gémeos (Twin Technology) que garantem uma autonomia mínima de 65 horas. E a primeira versão combina uma caixa em ouro amarelo com um belo mostrador de tom verde, dito ‘verde floresta’.


A caixa apresenta todas as atualizações já referenciadas no caso do L.U.C Lunar One, incluindo o sistema de troca rápida de correias. Cada exemplar vem acompanhado de uma correia em pele de aligátor com forro em aligátor e uma correia em couro para mudança de ‘roupagem’ —e, consequentemente, de visual — em poucos segundos. Mas a Chopard passa a apresentar na sua coleção vários tipos e cores de correias para diferentes combinações.
