Programa de fim de semana: degustar o nº 61 da Espiral do Tempo

Começa agora a chegar às bancas a edição de inverno 2017 da Espiral do Tempo que vem encerrar em grande mais um ano relojoeiro. Em destaque, uma entrevista exclusiva a Franck Muller, no âmbito das celebrações dos 25 anos da marca, o que justificou a nossa opção de capa. Por outro lado, apresentamos, em jeito de resenha, um apanhado de tudo o que se passou ao longo de 2017 no setor. A Junghans, que regressou recentemente a Portugal, é uma das marcas abordadas, mas também Jean-Marc Wiederrecht, atual nome incontornável no domínio da relojoaria. Leia aqui o editorial.

Efeméride

O revivalismo relojoeiro parece ter ainda muito para dar. Ao mesmo tempo que os relógios icónicos dos anos 60 e 70 do século XX atingem valores estratosféricos nos leilões, as marcas legitimam novas coleções inspiradas nos seus arquivos. Assistimos ao crescimento do número de efemérides celebrando a história de um modelo, de uma coleção ou de uma marca. Esta edição de inverno não foge a esta tendência, e o destaque da capa assinala os 25 anos da casa Franck Muller.

Portugal importou, nos noves primeiros meses do ano, 19.896 relógios mecânicos*, o que corresponde a um crescimento de 12% relativamente ao período homólogo de 2016. Aparentemente, as ‘vozes de Cassandra’ que anunciavam um novo tsunami tecnológico com o aparecimento dos relógios ‘conectados’ enganaram-se. Pelo menos no que diz respeito à relojoaria mecânica, já que, efetivamente, as nuvens negras acumulam-se sobre as marcas exclusivamente dedicadas aos relógios em quartzo. A bela relojoaria parece ser cada vez mais um epíteto da relojoaria mecânica.

Nesta edição do inverno de 2017 da Espiral do Tempo, está refletida esta tendência, nomeadamente na capa e na entrevista correspondente, dedicadas a um dos grandes vultos da relojoaria moderna: Franck Muller. Quase a completar 60 anos, o enfant terrible faz connosco uma viagem pelo seu percurso como relojeiro, desde o final da década de 70, quando saiu da Escola Relojoeira de Genebra. Enquanto seguidores atentos deste setor há mais de duas décadas, podemos afirmar que o lançamento do primeiro turbilhão num relógio de pulso será, sem dúvida, o maior contributo do genial relojoeiro à longa história da relojoaria mecânica.

Além da entrevista exclusiva que realizámos, as 160 páginas desta edição concentram inúmeros modelos escolhidos por uma equipa editorial única. Um resultado notável, fruto da nossa paixão e do nosso compromisso para a divulgação da bela relojoaria.

Espero que tenham tanto prazer a ler esta edição como o que tivemos a elaborá-la.

O número 61 da Espiral do Tempo chega este fim de semana às bancas, mas pode também folheá-lo aqui.

*Dados oficiais da Federação da Indústria Relojoeira Suíça (Fédération de l’Horlogerie Suisse — FHS), gentilmente cedidos pela marca ORIS.

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