Foi no passado dia 19 de maio que se realizou a cerimónia de entrega dos prémios Hommage au Talent e Hommage à la Passion, num evento promovido pela Fondation de la Haute Horlogerie na Cité du Temps, em Genebra. A reconhecida artista especializada em esmaltagem Anita Porchet e o copresidente da Chopard Karl-Friedrich Scheufele foram as personalidades distinguidas.
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A Fondation de la Haute Horlogerie (FHH) distinguiu Anita Porchet e Karl-Friedrich Scheufele com os prémios Hommage au Talent e Hommage à la Passion de 2015, respetivamente, numa cerimónia que decorreu na quinta-feira, 19 de maio, na Cité du Temps, em Genebra.
Esta iniciativa, que conta já com quatro edições, distinguiu no passado nomes como Jean-Claude Biver — presidente da divisão relojoeira do Grupo LVMH e atual CEO da TAG Heuer —, Walter Lange — bisneto do fundador da A.Lange & Söhne e responsável pelo renascimento da marca —, Henry-John Belmont — nome incontornável nos percursos de sucesso da Jaeger-LeCoultre e da Montblanc —, ou os reconhecidos mestres relojoeiros Giulio Papi, Jean-Marc Wiederrecht e Philippe Dufour.
Hommage au Talent
Em relação a 2015, como já dissemos, o prémio Hommage au Talent foi atribuído a Anita Porchet, especializada em incríveis trabalhos de esmaltagem em relógios. Para a organização, a artista é «a elite da esmaltagem e tem o esmalte a correr-lhe nas veias». Patek Philippe, Vacheron Constantin, Piaget, Chanel e Hermès são algumas das marcas que contaram com o talento de Porchet. E, claro, já foi, por diversas vezes convidada a ingressar numa só marca. Algo que recusa. Ao Le Temps, Porchet confessa que a liberdade não se compra: «não estou de acordo em privar outros deste savoir-faire.»
«Freelancer de espírito livre, Anita é considerada como uma das mais talentosas artistas da sua geração. Desempenhou um papel crucial no reavivar de técnicas que chegaram a ser encaradas como obsoletas», continua a FHH, e «a indústria relojoeira está em dívida para com ela por alguns dos mais requintados exemplos de relojoaria contemporânea. Homenageamos hoje a sua contribuição para a sua área, destinada a ser guardada pelas futuras gerações», conclui-se.
Anita Porchet tinha já sido distinguida em 2015 com o prémio Gaia, na categoria Artesanto e Criação. Em causa esteve sempre a sua contribuição para a respetiva arte, mas também o seu papel de preservação da mesma.
Hommage à la Passion
No que diz respeito ao prémio Hommage à la Passion, Karl-Friedrich Scheufele foi a personalidade distinguida. «Sem ele», refere a organização, «a Chopard não teria o nome que tem no domínio da Alta-Relojoaria. Ao insistir na abertura de uma Manufatura em Fleurier há 20 anos atrás, revelou-se um visionário.»
A FHH salienta que Karl-Friedrich terá sido guiado pela sua paixão pela mecânica. Numa altura em que a relojoaria acordava da crise do quartzo, Karl-Friedrich Scheufele deixou o seu coração guiá-lo rumo a uma manufatura de movimentos in-house. Acabou por fundar a Chopard Manufacture e depois a Fleurier Ebauches. «Karl-Friedrich não teria chegado tão longe sem paixão», defende a FHH, «ele é conhecido pela paixão por carros vintage e vinhos finos. E é precisamente a sua paixão que nos levou a homenageá-lo como um modelo para a Alta-Relojoria.»
O Le Temps ressalva que Karl-Friedrich Scheufele não esteve presente em Genebra para receber o prémio. Isto porque estava em Rimini para a Mille Miglia, a mítica corrida que conta há já vários anos com o apoio da Chopard — graças à paixão de Karl-Friedrich, claro está.
Lembramos que, recentemente, o copresidente da Chopard foi distinguido com o GQ Lifetime Achievement Award.
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