É já no próximo dia 28 de abril que estreia o documentário «Keeper of Time», realizado por Michael Culyba – uma viagem pelo mundo da relojoaria mecânica, mas também pelos meandros filosófico, histórico e téorico do tempo, que conta com os testemunhos de quatro grandes nomes da relojoaria: Philippe Dufour, Roger W. Smith, François-Paul Journe e Max Büsser.
Eis o que pode acontecer quando alguém que desconhece por completo o mundo da relojoaria mecânica se vê de súbito nele embrenhado – como resultado de uma paixão e fascínio inesperados. Falamos do documentário Keeper of Time e do realizador Michael Culyba.
Com estreia marcada para o próximo dia 28 de abril, num evento presencial em Nova Iorque, e com transmissão ao vivo online, o documentário explora o mundo da relojoaria mecânica, mas tem o mérito de ir além da relojoaria mecânica em si.
E é o próprio realizador que explica a lógica que esteve na base do filme: «Eu comprei o meu primeiro relógio mecânico há cinco anos e fiquei imediatamente fascinado pela micro-engenharia e pelo bonito trabalho artesanal que é necessário para fazer um bom relógio. Depois de ter sido picado pelo inseto relojoeiro, surgiu-me a seguinte pergunta: ‘ O que medem exatamente estes dispositivos? O que é exatamente o tempo?’ Foi quando soube que teria de fazer um filme que captasse tanto o romance da relojoaria, como as questões mais profundas sobre a nossa relação com o tempo.»
O ano de 2022 fica assim marcado pelo lançamento de um documentário que nos faz pensar e questionar a relojoaria e o tempo, contando para isso com as histórias de quatro reconhecidos nomes da relojoaria independente – Philippe Dufour, Roger W. Smith, François-Paul Journe e Max Büsser – e com os testemunhos de especialistas de diferentes áreas que oferecem uma perspetiva teórica, história e filosófica sobre a própria noção de tempo. Tudo bem cozinhado, ajuda-nos a compreender melhor o mundo dos relógios mecânicos. Sejamos ou não aficionados. Com um aviso aqui do nosso lado: caso não seja aficionado de relojoaria mecânica, será difícil continuar a não o ser depois dos cerca de 90 minutos que o esperam.
«A ideia de poder explorar temas como a nossa perceção do tempo e da mortalidade num filme sobre a relojoaria foi para mim extremamente emocionante. Eu queria criar um filme que captasse esta essência e partilhar com o resto do mundo a paixão por relojoaria que eu próprio descobri», explica ainda Michael Culyba. «Dentro destes objetos está a busca interminável da humanidade pela precisão, a nossa necessidade de criar beleza requintada e a nossa busca pelo divino. São instrumentos atemporais criados como arte mecânica hipnotizante que representam o melhor das nossas vidas finitas.»
Além da estreia no dia 28 de abril, que acontece às 17h45 em Nova Iorque ( 22h45 em Portugal), a transmissão do documentário será ainda repetida quatro vezes no dia 29 de abril. Todas as exibições incluem uma introdução do diretor Michael Culyba e um painel de perguntas/respostas pós-exibição – «The Allure of Watchmaking and the Notion of Time» – moderado por Jack Forster (editor-chefe, Hodinkee), com a presença de Benjamin Clymer (fundador da Hodinkee), Michael Friedman (chefe de complicações, Audemars Piguet), Gary Shteyngart (escritor/entusiasta de relógios), William Andrewes (especialista em horologia/arquiteto de relógios de sol), William Massena (fundador, Massena LAB), Brittany Nicole Cox (antiquária especializada em horologia, Memoria Technica) e do próprio realizador.
Numa produção da Tourbillon Film Works em associação com a The Hour Glass & Massena LAB, o documentário Keeper of Time pode ser adquirido depois da estreia através do site oficial: keeperoftimemovie.com.
Entretanto, deixamos o trailer:
