Para variar e porque a segunda-feira tende a ser um daqueles dias em que o tempo flui demorada e pesadamente desde o momento em que desligamos o despertador, sugerimos a leitura de uma reflexão descontraída sobre a nossa perceção da passagem do tempo…
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O título do artigo: Tick Tock
O autor: Alex Anderson
A publicação: Kinfolk
A fotografia: Philippe Halsman
O ponto de partida: Na verdade, o ‘agora’ aconteceu há uma fração de segundos atrás…
Neste início de semana, achámos que seria interessante convidar os nossos leitores a dedicar alguns momentos à leitura de um artigo leve – mas tão absorvente – que reflete e nos leva a refletir sobre a nossa noção da passagem do tempo.
Em “Tick Tock” o autor explora o contraste entre o modo como o tempo inevitavelmente flui, a um ritmo constante e imparável ( e os relógios mostram bem essa faceta) e o modo como as nossas experiências e vivências nos fazem sentir a passagem do tempo como “inconstante, elástica e rítmica.” Por vezes, o tempo parece arrastar-se (o tal modo segunda feira por exemplo); outras vezes o tempo parece esvair-se, voar, desaparecer num ápice…
Este contraste entre o que a ciência nos diz e mostra e o que nós, como seres humanos, percecionamos tem sido, ao longo da história, alvo de análise para filósofos e estudiosos e de mote para a criação artística, nas mais diversas áreas.
Por outro lado, a leitura torna-se ainda mais interessante quando surge a questão da noção que temos do ‘agora’, a noção efetiva do ‘momento presente’ – como uma constante passagem do passado em direção ao futuro.
Sem querermos complicar e dissertar, salientamos também que o artigo nos levou a revisitar muitas das crónicas que José Luís Peixoto tem assinado para a Espiral do Tempo, bem como a mais recente reflexão de Carlos Torres sobre as criações de Konstantin Chaykin – neste caso a propósito da experiência do britânico Edward Muybridge.
“Tick Tock” foi originalmente publicado no número 25 da edição impressa da Kinfolk, mas está também disponível no site oficial da revista.
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