Prix Gaïa: os vencedores de 2024

Jean-Pierre Hagmann, Caroline Rothauge e Jasmine Audemars são os vencedores da edição de 2024 do Prix Gaïa. Esta iniciativa anual distingue as personalidades que contribuem para a notoriedade da indústria relojoeira, da sua história e da sua técnica. Baptiste Tognet-Bruchet recebeu o Horizon Gaïa.

Jean-Pierre Hagmann, Caroline Rothauge, Jasmine Audemars e Baptiste Tognet-Bruchet foram anunciados como os vencedores do Prix Gaïa 2024. Esta iniciativa, promovida pelo Museu Internacional de Relojoaria (MIH) de La Chaux-de-Fonds, tem como objetivo homenagear e reconhecer anualmente personalidades que têm contribuído para a notoriedade da indústria relojoeira, da sua história e da sua técnica. Um júri composto por profissionais reconhecidos de diferentes áreas do setor, e este ano sob a liderança de Régis Huguenin, conservador do conservador do Museu Internacional de Relojoaria, seleciona assim os vencedores em três diferentes categorias: Artesanato-Criação, História-Investigação e Empreendedorismo.

Jean-Pierre Hagmann, Jasmine Audemars e Caroline Rothauge foram distinguidos nas categorias de Artesanato-Criação, História-Investigação e Empreendedorismo | Fotos: Prix Gaïa
Jean-Pierre Hagmann, Jasmine Audemars e Caroline Rothauge foram distinguidos nas categorias de Artesanato-Criação, História-Investigação e Empreendedorismo | Fotos: Prix Gaïa

Artesanato-Criação: Jean-Pierre Hagmann

Jean-Pierre Hagmann foi distinguido na categoria de Artesanato-Criação pelo trabalho desenvolvido no âmbito do fabrico de caixas de relógios de acordo com os mais elevados padrões de excelência e honrando os métodos tradicionais. Por outro lado, o prémio foi ainda atribuído pelo modo como o artesão ajudou a cultivar conhecimentos cruciais em relojoaria, promovendo um espírito de partilha e de abertura.

Jean-Pierre Hagmann foi distinguido na categoria de Artesanato-Criação | Foto: Prix Gaïa

É um dos últimos mestres artesãos capazes de conceber e criar uma caixa de relógio utilizando exclusivamente máquinas tradicionais operadas manualmente, como serras, limas, tornos e fresadoras. Celebrado nos catálogos das casas de leilões, é o mais conceituado dos mestres casemakers. A sua assinatura ‘JHP’ é conhecida em todo o mundo e muito procurada por colecionadores. Depois de um longo percurso, Jean-Pierre Hagmann juntou-se à Akrivia em 2020 para transmitir a sua experiência no fabrico de caixas de aço, ouro e platina.

História-Investigação: Caroline Rothauge

A alemã Caroline Rothauge recebeu o prémio na categoria de História e Investigação | Foto: Prix Gaïa

Já Caroline Rothauge recebeu o prémio na categoria de História – Investigação pelos seus diversos estudos fundamentais que revivem a historiografia da medição do tempo alemã com uma abordagem cultural que combina de fontes de arquivo e artefactos materiais. Investigadora, autora e professora, o percurso de Caroline Rothauge centrou-se principalmente na história do tempo e na medição do tempo nos séculos XIX e XX, contribuindo significativamente para a exploração e difusão de conhecimentos relativos à medição do tempo e às culturas baseadas no tempo, numa abordagem que combina objetos e vários tipos de arquivos.

Empreendedorismo: Jasmine Audemars

Na categoria de Empreendedorismo, o júri do Prix Gaïa resolveu distinguir Jasmine Audemars pelos seus esforços para garantir o desenvolvimento constante da Audemars Piguet, enquanto empresa familiar, um percurso que permitiu elevar a marca à categoria de multinacional, mantendo, ainda assim, a sua independência e preservando as suas redes históricas de fornecedores. Bisneta de Jules Louis Audemars, que cofundou a manufatura Audemars Piguet com Edward Auguste Piguet em Le Brassus, em 1875.

Jasmine Audemars recebeu a distinção na categoria de Empreendedorismo | Foto: Prix Gaïa

Com uma ligação forte ao mundo da relojoaria, acabaria no entanto por construir carreira no jornalismo, até substituir o seu pai como presidente do conselho de administração da Audemars Piguet em 1992. Ali se manteve até 2022, contribuindo para um percurso de crescimento assente na missão que lhe foi legada: manter a independência da empresa, e mantê-la nas mãos das famílias fundadoras, para que pudesse ser transmitida às gerações futuras. Em 2022, deixou o seu cargo e passou a dedicar-se à presidência da Fondation Audemars Piguet pour les Arbres e à Fondation Audemars Piguet pour le Bien Commun. Pelo caminho,

Baptiste Tognet-Bruchet recebeu o Horizon Gaïa, destinado às novas gerações que se destacam numa das áreas que o Prix Gaïa premeia no Museu Internacional de Relojoaria de La Chaux-de Fonds | Foto: Fotos: Prix Gaïa

Ainda na edição de 2024, foi atribuído a Baptiste Tognet-Bruchet o Horizon Gaïa. Neste caso, trata-se de uma bolsa destinada às novas gerações, apoiada pela Watch Academy Foundation. O objetivo é incentivar os novos talentos nas áreas de Artesanato – Criação, História – Investigação e Empreendedorismo, as mesmas que estão na base do Prix Gaïa. O valor financia na totalidade ou parte de um projeto individual. Baptiste Tognet-Bruchet foi premiado graças ao seu projeto ‘Guia dos arquivos do relógio eletrónico’ que pretende fornecer aos investigadores uma ferramenta de trabalho que incentive novas abordagens e perspetivas sobre a história da relojoaria suíça e internacional da segunda metade do século XX.

Os galardões oferecidos aos vencedores do Prix Gaïa | Fotos: https://www.chaux-de-fonds.ch/
Os galardões oferecidos aos vencedores do Prix Gaïa | Fotos: Prix Gaïa

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