A descobrir: o Vacheron Constantin ‘Don Pancho’, o Tudor Black Bay P01 e a primeira imagem de um buraco negro

Neste início de semana, centramo-nos na atualidade para apresentar três diferentes sugestões. Por um lado, convidamos à descoberta de um Vacheron Constantin de características únicas que vai ser leiloado em maio, por outro lado  sugerimos a leitura de um artigo que descodifica o novo Tudor Black Bay P01, bem como de um artigo um pouco mais técnico centrado na primeira imagem de um buraco negro, que foi recentemente divulgada. 

Vacheron Constantin ‘Don Pancho’

Pelas suas características únicas, há quem o considere o mais importante relógio de pulso da Vacheron Constantin. Integrando repetição de minutos e indicação retrógrada da data, o apelidado ‘Don Pancho’ Ref. 3620 data de 1940 e a sua existência era conhecida graças a uma foto publicada no livro L’Univers Vacheron Constantin Genève. Depois de uma intensa busca  para saber o seu paradeiro, este relógio surge como a grande estrela do The Geneva Watch Auction: Nine que irá decorrer no próximo dia 11 de maio. A propósito desta peça única, a Phillips publicou um vídeo com testemunhos do mestre relojoeiro Philippe Dufour, dos leiloeiros Aurel Bacs e Alex Ghotbi e ainda do Style and Heritage Director da Vacheron Constantin Christian Selmoni.

Cerca de sete minutos que valem bem a pena:

Geneva Watch Auction: NINE | Vacheron Constantin from Phillips on Vimeo.

The Tudor Black Bay P01 And The Story Of The 1967 Prototype That Inspired It

Foi um dos relógios que mais deu que falar na edição de 2019 de Baselworld. O novo Black Bay P01 da Tudor não reuniu consenso pela sua estética geral, mas a verdade é que este instrumento do tempo acaba por ser uma segunda oportunidade para um protótipo criado em 1967 para a U.S.Navy. Na altura, o projeto não seguiu em frente, mas a marca resolveu inspirar-se no modelo original, recriando-o enquanto relógio de pulso cujas peculiares asas integram um botão que permite fixar a luneta. Recomendamos hoje um artigo publicado no Quill & Pad que explora tanto o protótipo original, como o modelo lançado este ano.

First black hole photo confirms Einstein’s theory of relativityFirst black hole photo confirms Einstein’s theory of relativity

Porque foi o grande tema da semana passada e porque um pouco por todo o mundo se falou da divulgação da primeira imagem de um buraco negro, achámos que seria interessante e pertinente propor a leitura de um artigo que nos explica do forma acessível a importância deste momento. Em poucas palavras, Einstein estava certo. Explica-se. E explica-se também porque é que Einstein estava certo. Aqui fica um artigo do site phys.org da autoria de Kevin Pimbblet, um astrónomo que estuda buracos negros em galáxias distantes, traduzido para português no Portal do Astrónomo. No artigo, conseguimos perceber um pouco melhor as especificidades do processo de captação da imagem, as dificuldades inerentes ao projeto e uma perspetiva de futuro. Aqui fica um excerto só para convidar à leitura:

« Para fotografar objetos tão impossivelmente distantes, seria preciso um telescópio do tamanho da Terra. Na ausência de uma tal máquina gigantesca, a equipa do EHT ligou telescópios em todo o planeta e combinou os seus dados. A obtenção de uma imagem precisa implicava que os telescópios estivessem estáveis e com leituras completamente sincronizadas.

Para ultrapassar o desafio, a equipa usou relógios atómicos tão precisos que perdem apenas um segundo por cada cem milhões de anos. Os 5000 terabytes de dados recolhidos precisaram de ser armazenados em centenas de discos rígidos e enviados fisicamente para um supercomputador, que corrigiu as diferenças de tempo nos dados e produziu a imagem acima.»

E deixamos links para os artigos em inglês e em português:

O artigo original | «First black hole photo confirms Einstein’s theory of relativity»
O artigo traduzido para português | «Primeira imagem de um buraco negro confirma a Teoria da Relatividade de Einstein»

Outras leituras