Akillis em Portugal: a ousadia de ser diferente

Disponível agora em Portugal nas boutiques Machado Joalheiro, no Porto e em Lisboa, a Akillis afirma-se com joias de perfil irreverente, que jogam inclusive com materiais que tendemos também a descobrir em relojoaria, como o titânio. Caroline Gaspard esteve recentemente no nosso país e falou-nos um pouco sobre a marca que fundou há 15 anos.

«A Akillis é o mix perfeito entre alta qualidade Made in France e design moderno, diferente, porque nem sempre design significa qualidade. E acredito que devemos ter as duas coisas, unindo tradição e modernidade». É assim que Carolina Gaspard apresenta, em traços gerais, a marca que fundou há década e meia.

Carolina Gaspard, fundadora da Akillis
Carolina Gaspard fundou a Akillis aos 25 anos com o objetivo de criar peças ousadas e irreverentes; à direita: pulseira da coleção Capture Me| © Akillis

Com o gosto por pedras preciosas herdado da mãe, o objetivo foi claro: «Queria criar uma marca tanto para homens como para mulheres. Algo diferente, porque na altura havia apenas marcas muito clássicas, que destacavam elementos decorativos como pequenos animais, flores, corações. Assim, pensei que era preciso criar algo para as pessoas mais jovens. Na altura, estava a estudar na Rússia e havia jovens russos que procuravam novas formas de consumir joalharia. Não queriam usar as mesmas peças que as suas mães usavam; queriam algo mais moderno, mais rock’n roll. Pensei então que precisava de fazer algo diferente. Diferente, mas muito francês e de elevada qualidade.» Caroline Gaspard fundou assim a sua marca quando tinha 25 anos.

Diversas peças da coleção Capture Me. A Akillis utiliza materiais de base como ouro, platina, diamantes, entre outros | © Akillis
Diversas peças da coleção Capture Me. A Akillis utiliza materiais de base como ouro, platina, diamantes, entre outros | © Akillis

Aos poucos, a Akillis foi-se fazendo conhecer e é hoje reconhecida pelas suas criações de personalidade forte. As joias não são reservadas para ocasiões especiais, mas sim para serem desfrutadas todos os dias, refletindo a individualidade de cada pessoa: «com as nossas joias, queremos passar a mensagem de que nos queremos divertir. As joias Akillis não eram da mãe ou da avó nem são joias para ser usadas apenas num casamento ou numa cerimónia. São joias para serem usadas todos os dias e com elas transmite-se a nossa forma de ser ou a imagem que queremos passar. É joalharia que transmite o que somos, como uma mensagem para o mundo.»

Em Portugal, a Akillis está disponível nas boutiques Machados Joalheiro em Lisboa e no Porto; à direita, peças Bang Bang, a coleção com a qual a marca fez a sua estreia no mercado há 15 anos | © Cesarina Sousa/ Espiral do Tempo
A Akillis em Portugal está disponível nas boutiques Machados Joalheiro em Lisboa e no Porto; à direita, peças Bang Bang, a coleção com a qual a marca fez a sua estreia no mercado há 15 anos | © Cesarina Sousa/ Espiral do Tempo

Esta mensagem chegou recentemente ao nosso país. A Akillis em Portugal está agora disponível nas boutiques Machado Joalheiro de Lisboa e do Porto. «Fomos seduzidos pela audácia e irreverência de Akillis. Estamos muito contentes em introduzir esta marca de joalharia francesa no mercado português», refere António Machado, da Machado Joalheiro. O caráter vanguardista da marca vem assim desafiar os códigos mais habituais do mercado luso.

Savoir-faire e design

Na Akillis valoriza-se não apenas o design, mas também a excelência artesanal: «Tudo é feito à mão. A incrustação de diamantes é feita de forma muito cuidadosa por artesãos. Nada é mecânico. Este aspeto é muito importante para mim, porque há magia nas joias e quando eu vejo mãos a criarem as minhas joias, é algo realmente mágico. Há alma nas peças», esclarece Carolina Gaspard.

A coleção Puzzle simboliza o amor entre duas pessoas. Nas imagens, um pendente e uma pulseira em ouro branco e diamantes | © Akillis

Com sede em Lyon, a marca tem uma equipa de joalheiros, cravadores e polidores que trabalham materiais como platina, ouro, diamantes e outras pedras preciosas. Mas há também o titânio – um material de extrema leveza que tanto vemos ser usado também em relojoaria. Ao longo dos anos, a casa francesa foi ganhando experiência na utilização deste material, unindo processos de fabrico tradicionais e tecnologia avançada para dar origem a peças de tom escurecido com designs que não olham a géneros, nem a idades.

Coleção Bang Bang da Akillis
Peças em titânio da coleção Bang Bang. A Akillis adquiriu experiência na utilização do titânio, transformando-o em peças de tom escurecido com designs únicos que não olham a géneros, nem a idades | © Akillis

As coleções

Com as joias Akillis, Caroline Gaspard quis fugir do convencional e apostar na irreverência, a começar pelo nome da marca que presta homenagem ao valor de Aquiles, o herói da mitologia grega, protagonista da Ilíada de Homero, e ao espírito competitivo da fundadora, ela própria desportista e cavaleira. Depois, é uma questão de procurar nas diferentes coleções a ousadia, sensualidade, energia e versatilidade que caraterizam estas peças de joalharia. No portefólio, por exemplo, não encontramos elementos mais habituais associados às criações joalheiras, como corações, flores coloridas ou pequenos animais. Ainda assim, é possível descobrir joias com muito simbolismo, como a Capture «um ousado símbolo do amor e de estilo rock’n roll», nas palavras da fundadora.

A coleção Capture Me simboliza o amor. Neste caso, temos exemplos de pulseiras com pequenas anilhas em ouro ou ouro e diamantes | © Akillis

Por outro lado, é importante notar que a marca apostou no conceito de joias ‘sem género’ antes de «esta tendência se ter tornado tão famosa e popular», como contextualiza Caroline. «A coleção Bang Bang é particularmente unissexo e nela é possível comprar peças com diamantes brancos ou negros com o parceiro e trocar entre si. São peças que podem facilmente ser emprestadas e trocadas. No fundo, é possível haver assim uma partilha de joias. Partilha-se o mesmo mood por exemplo. Para mim, o amor é partilhar uma série de coisas com a pessoa que amamos.» Esta é mesmo a coleção que tende em geral a ser mais associada à marca por ter munições estilizadas como elemento base, apesar de Caroline Gaspard considerar que a coleção Capture Me traduz melhor a identidade da Akillis.

Pulseiras em titânio da coleção Capture Me. Os diamantes negros podem ser encontrados em diversas coleções da marca | © Akillis

Por outro lado, a coleção Puzzle consegue por si só evocar a força das relações, através de peças de puzzle – símbolo do amor entre pessoas – e coleção Spread Your Wings surge como uma ode à liberdade, tendo as asas como elemento estético central. Depois, existe todo um lado mais exótico: a coleção Tatoo aposta num visual ‘etno-rock’, numa abordagem de joias como tatuagem inspiradas nas gravuras Maori e nos marcadores gráficos transversais à marca; e o reino animal é abordado não através de uma representação óbvia, mas mais de alusões estilizadas.

A linha Animal Tatoo segue os códigos estéticos da coleção Tatoo que tornam cada joia uma tatuagem através de um conjunto de pendentes inspirados na vida selvagem. Jaguares, leões, zebras, coalas e mantas estão na base das peças | © Akillis

A coleção Python, por exemplo, reinterpreta as serpentes de Cleópatra, tendo como base escamas destes répteis, bem como as suas curvas. Já a linha Tattoo Animal segue os códigos estéticos da coleção Tatoo que tornam cada joia uma tatuagem através de um conjunto de pendentes inspirados na vida selvagem. Jaguares, leões, zebras, coalas e mantas estão na base das peças. Entre pulseiras, colares, anéis e pendentes, falamos assim de uma marca de joalharia relativamente jovem que pretende ser diferente e fazer a diferença.

Em Portugal

Akillis em Portugal: durante a inauguração oficial, na Machado Joalheiro, em Lisboa, a marca apresentou peças de todas as suas coleções | © Cesarina Sousa/ Espiral do Tempo

Depois de destinos de prestígio como Courchevel, Saint-Tropez, Cannes, Londres, Genebra, Amesterdão, São Petersburgo, Kiev, Budapeste, República Checa, bem como em Miami, Dubai, Dubai e Beirute, a Akillis resolveu apostar em Portugal. Os portugueses, descritos como trendy, gentis e sorridentes, são agora parte do cenário global da marca, que continua a desafiar normas e a destacar-se no mundo da joalharia. A boutique na Rue Saint-Honoré, em Paris, inaugurada em 2018, representou um marco significativo, e a presença no nosso «caloroso» país surge assim como mais um passo estratégico na distribuição.

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