Sabia que os vencedores das míticas 24 Horas de Daytona recebem um Rolex Cosmograph Daytona devidamente personalizado com a correspondente inscrição no fundo do relógio? Filipe Albuquerque, ao integrar a equipa que venceu a 56ª edição da mítica prova, recebeu um (a juntar ao que já tinha conquistado em 2013 quando venceu a prova na categoria GT), mas não pode usá-lo: é ‘amigo’ da TAG Heuer Portugal.
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Irreverente e jovial, Filipe Albuquerque começou a chamar a atenção do grande público quando, em 2010, bateu o então campeão do mundo de Fórmula 1 (Sébastien Vettel) e o então heptacampeão do mundo de ralis (Sébastien Loeb) para ganhar a prestigiada Race of Champions em Dusseldorf, com esse triunfo a ser determinante para que passasse a integrar o lote de embaixadores da TAG Heuer Portugal.
Em 2013, o piloto conimbricense abrilhantou o seu palmarés com a prestigiada vitória nas 24 Horas de Daytona na categoria GT, ao volante de um Audi R8 GRAND-AM da Alex Job Racing. Na companhia de Edoardo Mortara, Olivier Jarvis e Dion von Moltke, Filipe Albuquerque fazia nesse ano a sua estreia tanto em Daytona, como em pistas ovais e assumiu o papel mais relevante no triunfo da sua equipa: foi ele quem disputou o arranque da prova e foi também ele quem a concluiu, de maneira enfática, recuperando uma volta de atraso em relação ao líder a duas horas do final da corrida.
O curioso é que, precisamente na altura em que a TAG Heuer arrancava com as celebrações dos 50 anos do seu Carrera, o piloto de Coimbra recebia o Rolex Cosmograph Daytona acompanhado da devida inscrição ‘Winner’ que é tradicionalmente entregue aos vencedores das 24 Horas de Daytona. Mais curioso ainda foi o facto de também esse ano ter coincidido com o 50º aniversário do próprio Cosmograph Daytona.
Mas… Filipe Albuquerque teve de deixar o cobiçado relógio bem guardado no seu cofre, tendo em conta a sua relação com a TAG Heuer. Tivemos a oportunidade de registar fotograficamente esse seu dilema aquando de uma visita que fez às instalações da Espiral do Tempo.
E este ano o dilema volta a acontecer.
É que neste passado fim de semana, o piloto português, fazendo equipa com Christian Fittipaldi e João Barbosa na equipa Cadillac DPi #5 da Mustang Sampling Racing, venceu em grande as 24 Horas de Daytona depois de em 2017 ter visto o segundo lugar devido a problemas relacionados com o carro. Foi precisamente esse facto que o levou a referir agora: “Estou tão, tão contente. A equipa está toda de parabéns. Depois do que aconteceu o ano passado, conseguir finalmente esta vitória, é sinal para dizer: sem dúvida que o mundo é justo”.
Justo sim, assim como é justo receber mais um Rolex Cosmograph Daytona por uma grande vitória. Os exemplares Daytona com a correspondente inscrição “Winner” atribuídos pela marca aos vencedores das 24 Horas de Daytona e também das 24 Horas de Le Mans têm valor redobrado e são extremamente cobiçados por colecionadores. São tão raros e valorizados que a sua aparição gera algum cepticismo: há divertidos relatos de pilotos vencedores que foram inicialmente confrontados com a recusa de agentes oficiais da marca em fazer o ajustamento da bracelete (remoção de elos), tendo depois de apresentar prova fotográfica para confirmar que sim, tinham mesmo ganho Daytona e recebido aquele Daytona.
Aqui ficam as palavras de Filipe Albuquerque a marcar o momento com o prémio bem merecido, desta vez numa versão bicolor aço/ouro com mostrador branco. Em 2013, o piloto português recebeu um Cosmograph Daytona em aço com mostrador branco.