No ano do seu 50.º aniversário, a Maurice Lacroix tem na linha Aikon a trave mestra da sua coleção — e não está a deixar os seus créditos por mãos alheias: há cada vez mais variantes para corresponder a todos os gostos, incluindo versões em titânio e edições limitadas.
Meio século de vida é já uma idade respeitável, mesmo num meio tão tradicional como o da relojoaria mecânica. A Maurice Lacroix está a comemorar as suas Bodas de Ouro em 2025 e, apesar de um catálogo diversificado com novas linhas e de as criações Masterpiece impressionarem pela sua complexidade técnica, tem na gama Aikon o seu cartão de visita fundamental — e a designação Aikon é perfeitamente adequada, tendo em conta que qualquer marca relojoeira aspira conceber um ícone que seja imediatamente identificável.

O Aikon é reconhecível ao longe e sob qualquer ângulo, mesmo numa altura em que mensalmente se multiplicam, por parte das mais distintas marcas, as novas interpretações da tipologia integrada que marcou o advento do relógio moderno nos anos 70. A Maurice Lacroix antecipou em muito essa onda atual, recuperando em 2016 o design do Calypso estreado em 1990 — e reforçando os seus elementos de estilo sob a nova nomenclatura Aikon, que entretanto já ganhou uma dimensão suplementar particularmente… Aikonic.

O Calypso tornou-se num best-seller instantâneo aquando da sua apresentação, há 35 anos. Caraterizava-se pelas seis ‘garras’ na luneta e ainda apresentava algum perfume estético trazido da década de 80. Conheceu múltiplas variantes de diversos tamanhos até sair de cena em 2003, sendo reencarnado pelo Aikon — muito mais forte e contemporâneo, com uma estética madura e depurada que abriu um infinito campo de possibilidades para a marca de Saignelégier. Ou seja, melhor do que o Calypso original: «even better than the real thing», como cantavam os U2. E isso ficou bem constatado no nosso recente Encontro Espiral do Tempo x Maurice Lacroix, com os presentes a serem naturalmente atraídos pelas várias versões do Aikon (incluindo tiragens limitadas) em exposição.
Versatilidade urbana
Hoje em dia, e com a extensão Aikonic já com sete iterações, a linha mestra Aikon conta com 102 modelos listados no website da Maurice Lacroix, incluindo o recém-apresentado Aikon Quartz Wotto Limited Edition que evoca muito bem o espírito urbano por trás da gama — e também o seu espírito democrático, no sentido monetário e da portabilidade. O primeiro preço está ligeiramente abaixo dos 1.000 francos suíços (o Aikon Quartz Date vale 1.100 euros) e a versão de topo roça os 9.000 (o Aikon Master Grand Date é comercializado por 8.900 euros); o diâmetro mais pequeno situa-se nos 35mm, enquanto o maior é de 45mm, para um total de seis tamanhos. Ou seja, para todas as bolsas e todos os pulsos.

A acentuada versatilidade estende-se às cores utilizadas e aos diferentes tipos de mostrador, para além da resistência que leva os Aikon a estar à vontade para além dos limites citadinos. A estanqueidade situa-se em média nos 200 metros e o sistema patenteado ML Easy Strap Exchange permite mudar facilmente de uma bracelete de aço para outra de cauchu ou pele que proporciona um look completamente distinto. Entre a centena de propostas disponíveis atualmente no catálogo, o núcleo da gama centra-se no Aikon Automatic e no Aikon Automatic Chronograph em aço, com as respetivas variantes em titânio a ganharem crescente adesão.

O titânio é um multifacetado material amplamente utilizado nas indústrias automobilística e aeroespacial devido à conjugação entre leveza e resiliência. É igualmente popular no universo marítimo pela resistência à corrosão provocada pela água salgada. E também é muito utilizado na área médica, graças às suas características anti-alérgicas. Tudo atributos presentes nos novos Aikon Automatic 42mm e no Aikon Automatic Chronograph 44mm, com a Maurice Lacroix a recorrer a dois tipos de titânio (titânio de grau 2 e titânio de grau 5) para acentuar o contraste visual entre os vários componentes metálicos.
Aikon Automatic
O princípio do design integrado na relojoaria, estabelecido na década de 70 e a viver agora um forte revivalismo, assenta numa estrutura em que a bracelete se apresenta como uma extensão da caixa. E a versão básica em qualquer coleção relojoeira de prestígio é o modelo de três ponteiros (ou três ponteiros e data) motorizado por um calibre mecânico. Para o Aikon, a Maurice Lacroix escolheu um fiável calibre automático porque é mais prático, autocarregando-se com o simples movimento do pulso. A única exceção é o Aikon Manual 39mm Collectors Edition, pensada para aqueles que gostam de uma interação mais íntima com o seu relógio através da carga pela rotação da coroa.

O aço inoxidável é, naturalmente e seguindo a tradição do design integrado, o material mais usado. Há também variantes em aço escurecido com tratamentos PVD ou DLC, aço bicolor com plaqué ouro, bronze, cerâmica e titânio. E o titânio, pela sua natureza mate acinzentada, adequa-se especialmente aos relógios de tipologia integrada — não só pelo visual urbano e moderno tão exaltado pela Maurice Lacroix, mas também porque a combinação com uma bracelete metálica torna sempre o conjunto mais pesado e o titânio é especialmente leve. Sem esquecer as restantes e já enumeradas propriedades intrínsecas da liga.

O novo Aikon Automatic em titânio está disponível em duas variantes de 42mm, ambas com mostrador picotado em estilo Clous de Paris, ponteiros facetados para horas e minutos, generosa aplicação de material luminescente Super-LumiNova para facilitar a leitura em condições precárias de luz, ponteiro central dos segundos e indicação da data numa janela às 3 horas. Embora partilhem a mesma composição genética, ambas as referências demonstram características distintas: um elegante mostrador cinza proporciona um look monocromático que acentua os tons frios da arquitetura em titânio; em alternativa, há uma versão mais vibrante em tom roxo.

Tal como sucede nas versões do Aikon noutros materiais (aço, bronze, cerâmica), a estrutura em titânio é dotada de uma sofisticada alternância entre superfícies polidas e escovadas de acentuado contraste. Por exemplo, as icónicas ‘garras’ que adornam a luneta são altamente polidas — num acabamento brilhante que só pode ser alcançado com titânio de grau 5. Essa interação de distintos acabamentos de superfície é difícil e demorada de concretizar, mas o resultado é notável. A justaposição de diferentes acabamentos proporciona sempre um notável jogo de luz.

Quanto aos 42mm das versões em titânio, trata-se de um tamanho que — como sucede em qualquer relógio de tipologia integrada — ‘veste’ abaixo do diâmetro indicado. A caixa e a pulseira ergonomicamente concebidas tornam os modelos Aikon especialmente confortáveis de usar, mesmo os que, no papel, apresentam maiores dimensões. Para complementar a caixa de 42mm, há outras versões automáticas de 35, 39 e 45mm.
Aikon Automatic Chronograph
O Aikon Automatic Chronograph está disponível em 44mm; tendo em conta o peso suplementar de um movimento cronográfico de corda automática a juntar-se à estrutura composta por relógio e bracelete metálica, a alternativa em titânio é especialmente pertinente para todos os que apreciam uma maior leveza — embora haja sempre quem goste de ‘sentir’ o peso de um bom relógio mecânico em aço no pulso.

Nos novos Aikon Automatic Chronograph em titânio, os mostradores são enriquecidos com um peculiar motivo em treliça parente do padrão Clous de Paris, tratamento luminescente nos índices e ponteiros, janela dupla para o dia e a data, e três submostradores contrastantes. Está disponível em duas cores de mostrador diferenciadas: roxo, com contadores prateados; e dourado, com totalizadores pretos. Tal como no Aikon Automatic, a estrutura do Aikon Automatic Chronograph incorpora elementos em titânio de grau 5 polido, proporcionando um brilho resplandecente. A combinação de superfícies escovadas e polidas proporciona sempre um contraste subtil.

A variante cronográfica do Aikon com movimento de quartzo fixa-se nos 42mm e é de preço compreensivelmente mais acessível (1.450 euros) do que os correspondentes modelos mecânicos em aço (acima dos 3.000 euros) ou titânio (acima dos 4.000).
Aikon Automatic Skeleton
Também muito populares são as versões de mostrador esqueletizado que acentua a aura metropolitana do Aikon — uma variante perfeitamente natural, sobretudo tendo em conta que o próprio Calypso também teve as suas declinações esqueletizadas a partir de 1993. A primeira versão do Aikon Automatic Skeleton surgiu em 2022 com 39mm, as mais recentes adições apresentam 42mm.

Há três anos, a Maurice Lacroix estreou um movimento vazado posicionado sob um mostrador de safira transparente — o exclusivo Calibre ML115 de corda automática, fabricado em colaboração com o especialista de movimentos Sellita. A estrutura openworked oferece um maior nível de transparência e permite que a luz passe pelas aberturas, iluminando componentes do movimento que geralmente ficam ocultos.

Alojado numa caixa em aço de 39mm com superfícies escovadas e polidas, o Aikon Automatic Skeleton tornou-se extremamente popular e tem agora três versões adicionais de 42mm que sublimam a vertente mecânica do relógio.
Aikon Quartz Wotto Limited Edition
O mais recente Aikon foi lançado há escassos dias e é motorizado por um calibre de quartzo em tiragem limitada: o Aikon Quartz Wotto Limited Edition de tons escurecidos devido ao revestimento PVD, que complementa a anterior versão em aço gravado Aikon Automatic Wotto Limited Edition. O mostrador é igualmente animado, numa explosão de surpreendentes nuances.

O Aikon Quartz Wotto Limited Edition constitui o segundo capítulo da parceria da Maurice Lacroix com o artista pop britânico Wotto (o alias de Craig Watkins) e destaca-se pela originalidade dos ponteiros dos minutos e dos segundos, para além das inesperadas figuras que vão surgindo no disco da data. A combinação do antracite com os detalhes rosa também dá ao conjunto uma dinâmica cromática muito especial.

As muitas personagens retiradas do universo criado por Wotto e as soluções gráficas adicionais oferecem uma força muito especial ao mostrador — e transformam o relógio numa pequena galeria de arte.
Artigo patrocinado pela Maurice Lacroix, mas redigido de acordo com os critérios editoriais da Espiral do Tempo.




