SIHH 2016: começou a ‘Semana Maravilhosa’

Em Genebra — Já está em curso o que se designa por ‘Geneva Wonder Week’, a semana maravilhosa que reúne anualmente em Genebra algumas das mais representativas marcas do universo relojoeiro. O Salão International da Alta Relojoaria arrancou hoje no Palexpo, mas neste passado fim-de-semana já houve novidades apresentadas noutros pontos da cidade, nomeadamente na World Presentation of Haute Horlogerie do Grupo Franck Muller.

É uma das duas principais reuniões anuais da relojoaria mundial: para além de Baselworld, em março, Genebra congrega em janeiro algumas das marcas mais relevantes em múltiplas apresentações efetuadas em vários pontos da cidade e mesmo nos arredores. Claro que o centro das atenções está centrado no Palexpo com o Salão Internacional da Alta Relojoaria (SIHH) a conhecer este ano a sua 26.ª edição — mas, à boleia desse evento, várias outras marcas apresentam as suas novidades em showrooms e salas de hotel ou mesmo nas suas próprias instalações no caso das companhias sediadas na cidade. Como o Grupo Franck Muller, que organiza a World Presentation of Haute Horlogerie no seu quartel-general de Watchland, em Genthod.

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© Miguel Seabra/ Espiral do Tempo

O SIHH, organizado pela Fundação da Alta-Relojoaria (FHH) em parceria com o Grupo Richemont e ’marcas amigas’, tem este ano uma nova configuração no sentido em que foi criado um espaço relojoeiro para um conjunto de marcas relojoeiras independentes de luxo. Beneficiando do espaço deixado livre pela saída da Ralph Lauren (que tem uma joint-venture com a Richemont na sua vertente relojoeira), foi criado o ‘Carré des Horlogers’ com a Hautlence, Moser & Cie, De Bethune, HYT, Christophe Claret, MB&F, Urwerk, Laurent Ferrier e Kari Voutilainen — todas elas jovens marcas de nicho galardoadas que normalmente vinham apresentando os seus produtos em Baselworld.

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© Miguel Seabra/ Espiral do Tempo

As restantes marcas são sobejamente conhecidas: a A. Lange & Söhne, a Baume & Mercier, a Cartier, a IWC, a Jaeger-LeCoultre, a Montblanc, a Panerai, a Piaget, a Roger Dubuis, a Vacheron Constantin e a Van Cleef & Arpels da Richemont e as independentes Audemars Piguet, Parmigiani e Richard Mille que normalmente vinham estando integradas no portfólio do SIHH. A segurança está um pouco reforçada devido à atual conjuntura internacional, mas também porque há centenas de milhões de euros em produtos mostrados a jornalistas, colecionadores, distribuidores nacionais e retalhistas — ao contrário de Baselworld, onde o público pode aceder mediante compra de ingresso, o SIHH mantém-se um certame exclusivo que é reservado a profissionais e convidados especiais.

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© Miguel Seabra/ Espiral do Tempo

Como sempre sucede, a Espiral do Tempo tem uma equipa de reportagem em Genebra e vai acompanhar ao longo da semana as mais relevantes divulgações… sendo que a primeira surgiu no domingo e fora do âmbito do SIHH: Vartan Sirmakès, o patrão do Grupo que co-fundou com o mestre relojoeiro Franck Muller, anunciou uma extraordinária novidade — afirmou ter adquirido a Tour de l’île, emblemático monumento de Genebra situado no coração do antigo quarteirão dos relojoeiros que integrava um castelo construído no século XIII e que sobreviveu enquanto torre autónoma após a destruição do resto da infraestrutura em 1677. Destaca-se pelo relógio na torre e albergava um banco; o Grupo Franck Muller poderá implementar uma espécie de museu em homenagem à arte relojoeira no local! ET_simb

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