Em Lagos. Há um par de anos, a Raymond Weil diversificou a sua oferta com o lançamento de um modelo de mergulho inserido na sua linha Freelancer. A novidade não é aleatória: o fundador da marca era um apaixonado velejador. E foi precisamente a velejar com a tripulação do Realteam na etapa algarvia do GC32 Racing Tour que fomos conhecer melhor o Freelancer Diver.
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O senhor Raymond Weil, que em 1976 fundou a marca relojoeira com o seu nome, era um velejador emérito e membro do Geneva Yacht Club – a Suíça não tem qualquer contacto geográfico com o mar, mas os seus grandes lagos servem de campo de treino a velejadores de excepção e de competição para algumas das melhores embarcações do mundo… não sendo por acaso que a America’s Cup já foi conquistada pelos helvéticos em mais do que uma ocasião. Pelo que se tornou normal que a Raymond Weil, em homenagem ao seu fundador e para dotar a sua coleção de um modelo desportivo de caraterísticas mais radicais, criasse precisamente um relógio vocacionado para o mergulho e as atividades náuticas.
Paralelamente ao lançamento do Freelancer Diver, a Raymond Weil apoia também a participação da equipa profissional de vela Realteam na prova de D35 no Lago Genebra e sobretudo no campeonato internacional GC32 Racing Tour – que passou recentemente por Portugal, tendo uma das etapas desse circuito destinado a catamarans de 10 metros em fibra de carbono sido realizada em Lagos. O Realteam até surge atualmente no segundo lugar da classificação geral da presente temporada, tendo ficado no quarto posto da etapa lusa realizada na costa algarvia.
Durante a Lagos Cup, pusemos o Freelancer Diver no pulso, experimentámos várias braceletes e fomos velejar com a equipa, percebendo que a tripulação de um barco à vela de competição age como as peças bem oleadas de um mecanismo relojoeiro: a interligação tem de ser perfeita, a solidariedade é fundamental, o tempo e o timing são objetivos cruciais. Como não podia deixar de ser, os elementos da equipa tinham o seu Freelancer no pulso e a marca até já criou edições especiais em sua homenagem.
DESPORTIVO E ELEGANTE
O Freelancer Diver é estanque até 300 metros e assenta numa estrutura de caixa robusta mas não excessiva, mantendo uma certa elegância com os seus 42,5mm de diâmetro. Está disponível em aço ou em aço com tratamento negro PVD, sendo caraterizado por elementos de estilo tradicionais dos relógios de mergulho – como uma luneta rotativa unidirecional de grande qualidade (em cerâmica) e a sua respetiva graduação luminescente (em branco e ainda verde ou laranja nas versões em PVD), bastões como indicadores das horas carregados de luminescência, ponteiros igualmente de grande visibilidade em circunstâncias de luz precária ou coroa de rosca. O toque estético distinto surge com a janela da data às 4 horas aberta em três dias para uma percepção mais intuitiva do período do mês.
Quanto ao mostrador, a versão mais tradicional de mergulho impõe a cor preta. Mas, para além do mostrador negro, o Freelancer está igualmente disponível em outras variantes de mostrador: azul, prateado e branco.
No que diz respeito às braceletes, as mais utilizadas e adequadas à atividade desportiva e sobretudo náutica são a metálica de cinco elos e a de cauchu perfurado – com um fecho de báscula com sistema de segurança e extensão regulável para melhor conforto consoante as condições de utilização e temperatura (que pode alterar o diâmetro do pulso). O relógio também pode ser utilizado com outras correias de pele (couro ou crocodilo) da Raymond Weil ou outras, como as do tipo NATO ou uma em Perlon branco de estilo mais estival que fizemos questão de experimentar no mar.
ESPÍRITO PERSONIFICADO
Cada modelo Freelancer passa por uma extensa bateria de testes que garantem a fiabilidade irrepreensível de todos os relógios lançados no mercado e prontos para qualquer atividade mais radical: resistência ao impacto, à pressão submarina, a ondas magnéticas, a câmbios brutais e súbitos de temperatura.
Elie Bernheim, neto do fundador e CEO da Raymond Weil, refere mesmo que “a relojoaria e a vela partilham os mesmos valores e requisitos, tais como a performance, a precisão e a inovação; a Raymond Weil está feliz por apoiar tão dinâmica equipa suíça de créditos já firmados na vela. O Realteam personifica o espírito de equipa, o know-how e a excelência helvética que são princípios-chave que sustentam a nossa marca”.
A presença do Realteam em Portugal foi acompanhada por José Maria Ramos Amatriain, responsável da marca para o mercado nacional e também membro do clã Raymond Weil através matrimónio com uma das netas do fundador. Dinâmico, empreendedor e sempre muito atento a todos os detalhes, confessou-nos a necessidade e a pertinácia associadas ao lançamento de um modelo como o Freelancer Diver.
“Para nós, atualmente a linha mais emblemática da coleção é a Freelancer. Achámos que lhe faltava algum ‘peso’ na gama de produtos desportivos e a associação ao Realteam possibilitou tanto a criação de um novo modelo como a entrada em novos mercados”, destacou. “Queríamos atingir franjas de mercado que ainda não havíamos explorado anteriormente e agora podemos oferecer um excelente relógio simultaneamente simples mas de grande tecnicidade com coroa de rosca, caixa com fundo de rosca e luneta de cerâmica com um preço abaixo dos dois mil euros”.
O relógio nasceu da derivação da linha Freelancer e também da nossa parceria com o Realteam. O Realteam tornou-se um parceiro natural não só pelo produto em si mas também pelo ADN da marca. Eles são suíços, nós somos Swiss Made. E o Freelancer Diver é um produto que está precisamente em linha com a campanha que fazemos com o Realteam, na área dos extreme sports. Optámos por um tamanho standard em vez de um formato exagerado como o que víamos na década passada em relógios de mergulho de 44 e 45mm, porque é um tamanho que se torna mais consensual e adaptável à maior parte dos pulsos. Na linha Freelancer trabalhamos sobretudo com tamanhos entre os 41 e os 43mm; o Freelancer Diver tem 42,5mm de diâmetro e hoje em dia está disponível em mais de dez declinações, tendo ganho uma posição importante no nosso mercado”, concluiu José Maria Ramos.