Há um tempo que estávamos para recomendar este artigo da autoria de Dan Henry, mas achámos que hoje seria o dia certo, tendo em conta o #halloweenmood que já começa a ser habitual também no nosso país. Olhando assim à primeira vista, os relógios Oswald parecem simples esculturas com um ar… (digamos) um pouco enigmático. Mas depois de se perceber que os seus olhos funcionam como indicadores do tempo, o caso muda de figura.
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Criados nos anos 20 e com patente associada em 1926, como se pode verificar no respetivo documento oficial de patente, os Oswald Clocks foram inventados pelo alemão Fritz Oswald e são relógios em forma de caveiras, cães, mochos, macacos ou até figuras humanas com uns olhos esbugalhados que lhes oferecem um ar meio lunático e até enigmático… Mas esses olhos são mais do que olhos, claro. Na verdade, são olhos rotativos que servem como ponteiros para indicar o tempo. Por trás deles, encontra-se um intricado mecanismo, como não poderia deixar de ser.
Uma grande parte destes relógios foi produzida na zona de Freiburg, na Floresta Negra, pela empresa de Oswald e se, antes da Segunda Guerra Mundial, eram feitos de madeira, acabariam por ser mais tarde concebidos também noutros materiais, à medida da evolução tecnológica dos tempos.
Mas não nos vamos alongar mais…
O brasileiro Dan Henry, bem conhecido pela sua incrível coleção de relógios de pulso vintage e mais recentemente também pela sua marca de relógios inspirados em modelos da sua própria coleção, deixou-se fascinar pelos Oswald Clocks, numa feira de antiguidades, em especial pelo “sentido de humor e qualidade do trabalho em si” que eles guardam. E resolveu publicar um leve artigo no qual explora, sem rodeios, não só as especificidades históricas deste género de instrumentos do tempo, como também relata a sua experiência pessoal enquanto colecionador.
Na verdade, a coleção pessoal de Dan Henry integra atualmente três exemplares de Oswald Clocks: um em forma de bulldog (o primeiro que adquiriu), outro em forma de scottish terrier e outro em forma de caveira (a sua última aquisição).
Para Dan Henry, ter três exemplares deste tipo de relógios é um número com significado. “Psicologicamente, este número marca a fronteira entre o ‘gosto destas coisas’ e o ‘agora sou colecionador destas coisas'”, refere.
Apesar de ter sido publicado há cerca de uma ano, recomendamos, a leitura do breve artigo – “Oswald clocks – a quirky and unique timepiece” – acima de tudo porque é escrito na primeira pessoa, por alguém que os guarda com orgulho, e que acaba por despertar no leitor aquele bichinho “do querer depois saber mais e mais”.
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