O Nabucco Cello Tourbilon foi uma das principais novidades apresentadas para 2015 pela Raymond Weil. Um relógio que surge como o primeiro turbilhão da marca genebrina, mas que surpreende ainda pelos pormenores diretamente inspirados num violoncelo e que reforça a sua estreita ligação ao universo da melomania. O resultado é uma peça marcante, que joga com os poderosos elementos de estilo caraterísticos da linha Nabucco e com delicados pormenores de inspiração musical.
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Não são raros os relógios de pulso personalizados com detalhes alusivos ao mundo automóvel — desde a utilização das cores de escuderias, à evocação de elementos típicos de desportivos, como o velocímetro, as jantes radiais, os pedais ou os pneus, há diversas formas de unir mecânica e micromecânica em relógios que tendem a ser particularmente admirados. Mas não será certamente a Raymond Weil o melhor exemplo no que diz respeito este tipo de personalização. Aliás, desde o início que a abordagem da marca fundada em 1976 está bem traçada: a música no centro de toda a comunicação e no centro de toda a criação relojoeira.
Esta conversa não será nova para muitos: entre nomes de coleções, patrocínio de eventos e a aposta em novos talentos, o nome Raymond Weil é quase sinónimo de música. Algo que o jovem Elie Bernheim, que assumiu a direção geral da marca há cerca de um ano, procurou não mudar. No entanto, algo mudou. Não a ligação à música, claro. Mas o modo como agora a música tem sido explorada. A verdade é que nos tempos mais recentes, a música não se faz ver na marca só através de nomes de coleções ou de patrocínios. De repente, a música passa a fazer parte dos próprios relógios Raymond Weil enquanto peças com detalhes inspirados mais do que nunca nesse mundo.
No final do ano passado, foram apresentados três novos relógios desenvolvidos em estreita colaboração com jovens talentos — o dueto 2Cellos, o músico Miloš Karadaglić e o artista inglês Labrinth — em que cada relógio se destaca por incluir detalhes evocativos do universo de cada um dos artistas em causa (como já vimos no artigo ‘Música no coração ( e no pulso)’). Em Baselworld 2015, foram apresentados o Maestro Frank Sinatra e o Nabucco inspired by Gibson cada um deles com elementos específicos dos modelos de inspiração: por um lado, os olhos azuis de Frank Sinatra bem como a sua data de aniversário; por outro lado, os elementos de afinação automática da Gibson SG Standard. Mas há uma outra novidade da qual ainda não tínhamos falado e que merece toda a nossa atenção — o Nabucco Tourbillon Cello, o primeiro turbilhão assinado Raymond Weil.
Nabucco Cello Tourbillon
O Nabucco Cello Tourbillon terá sido desenvolvido a partir de uma ideia original de Elie Bernheim, ele próprio um violoncelista, e replica em miniatura os mais requintados pormenores de um violoncelo.
«O amor do meu avô pela música a vida toda e a minha própria paixão pelo violoncelo são os dois elementos que nos inspiraram a projetar e a desenvolver o Nabucco Cello Tourbillon, que pretende ser uma expressão da abordagem criativa da nossa marca para o design do relógio», refere Elie Bernheim.
Com efeito, resultou em particular o modo como o violoncelo é evocado num relógio que, apesar de ser em si um modelo especialmente robusto e poderoso, não deixa de ser um objeto de micromecânica. O resultado é duplamente surpreendente: um movimento mecânico de corda manual com turbilhão Calibre RW1842 que parece planar, sendo que o efeito de transparência se deve aos vidros de safira tanto no lado da frente do relógio, como no fundo.
De um modo geral, o Cello Tourbillon surge assim com um relógio de linhas bem marcadas com uma caixa em titânio e aço polido com revestimento PVD preto e fibra de carbono. A luneta recria as cinco linhas de uma pauta musical e emoldura todo um conjunto evocativo do viloncelo: as pontes de movimento que sustentam o turbilhão e o tambor de corda têm a forma dos dois orifícios caraterísticas do instrumento e os ponteiros delgados têm a forma de um arco de violoncelo. Mas o que mais salta à vista neste novo modelo são as quatro cordas que atravessam o mostrador — das 3 às 9 horas − e que fazem deste relógio uma espécie de instrumento musical em miniatura.
Por fim, não poderíamos deixar de referir o delicioso estojo que guarda o Nabucco Cello Tourbillon, tendo em conta, mais uma vez, os detalhes evocativos do violoncelo e, claro, também do próprio mostrador, ou seja, as quatro cordas e as pontes em forma de ‘f’ que atravessam a caixa de um lado ao outro.
Características técnicas
Raymond Weil
Nabucco Cello Tourbillon
Referência/ 1842-BSF-20001
Movimento/ Corda manual, calibre RW1842 com turbilhão às 6 horas, 105 horas de reserva de corda.
Funções/ Horas, minutos, turbilhão
Caixa Ø 46 mm/ Titânio, aço polido com revestimento PVD preto, fibra de carbono; vidro e fundo de safira; estanque até 20 atm
Bracelete/ Pele genuína de crocodilo com fecho de báscula RW em titânio e aço polido
Preço/ €49.500
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Mais informações:
Raymond Weil
Torres Distribuição