A Zenith celebra este ano o seu 150.º aniversário e aposta em grande na divulgação da sua história, com o lançamento de um livro que conta a saga da manufatura relojoeira que tem uma estrela como imagem de marca.
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Quem conhece bem a Zenith está certamente a par de sucessos óbvios como o El Primero — que no livro tem direito a um capítulo especial —, mas a verdade é que há muito mais para descobrir. Nomeadamente, a saga do fundador, Georges Favre-Jacot, que lançou a marca em Le Locle, mas que rapidamente teve a audácia de partir por esse mundo fora para dar a conhecer os seus relógios a um público cada vez mais vasto. No fundo, o fundador da marca enquanto explorador, aventureiro, destemido e empreendedor. Estávamos em 1865. Um pormenor importante reside no facto de ser apresentado o modo como Favre-Jacot soube adaptar-se aos mercados externos, ao avançar na China, por exemplo, com edições especiais personalizadas com iconografia específica do Império do Meio — algo que sempre fez parte da relojoaria e que continua tão atual.
Também interessante é o modo como a origem e a história da marca são contextualizadas ao nível histórico-social, apresentando assim a relação da Zenith com um mundo em constante evolução e descoberta. Da conquista da terra, à conquista dos ares (com os primeiros momentos da aviação), passando pelos caminhos de ferro, pelo mundo militar e das artes. Através desta inter-relação, é possível descobrir a Zenith em momentos-chave da nossa história com a presença de relógios enquanto instrumentos fiáveis e funcionais ou enquanto peças que ficaram ligadas a personalidades incontornáveis — caso do Zenith de Mahatma Gandhi. Destaque para a superior qualidade do livro em si, de capa rígida, para as fantásticas fotos — de relógios, personalidades, calibres, publicidades e contextuais — e para a presença de uma tabela generosa que compila os principais calibres da marca suíça.
Zenith — La saga d’une manufacture horlogère étoilée
/Autor Joël Duval
/Edição
Albin Michel
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