A Louis Moinet acabou de desvelar uma peça cósmica que encerra um recorde para o Guiness: o Cosmopolis contém fragmentos de 12 diferentes meteoritos no mostrador. Aqui ficam cinco factos associados a um relógio espetacularmente sideral.
É mais um extravagante exemplar saído da mente criativa de Jean-Marie Schaller. Segundo o CEO da Louis Moinet, o Cosmopolis é o «segredo do microcosmos do macrocosmos», e não há dúvida de que se trata de uma peça relojoeira impactante — já que cada um dos 12 diferentes meteoritos usados tem uma história para contar, tendo viajado de variados cantos do universo e atravessado biliões de quilómetros. Alguns deles são mais antigos do que o próprio planeta Terra e assistiram à génese do nosso Sistema Solar.
Juntos, valeram ao Cosmopolis o recorde de ‘Mais Inserções de Meteorito Num Relógio’ e à Louis Moinet a terceira certificação nos anais do Guinness World Records. No centro do mostrador e acima de um turbilhão volante situa-se o Meteorito Lunar Dhofar 461, enquanto dez outros estão dispostos como marcadores das horas; o Meteorito Black Chondrite L5 é colocado como fundo sobre o qual está a gaiola do turbilhão.
1. Por trás de um nome
A designação Cosmopolis encontrada para batizar a peça única da Louis Moinet celebra a ligação entre o mundo terrestre e o universo infinito. O prefixo «Cosmo» evoca a imensidão cósmica, ao passo que «Polis» é a palavra de origem grega que evoca a ideia de uma cidade cultural e artística. Ou seja, o Cosmopolis associa o fascínio pelo espaço e a intemporalidade artística da relojoaria mecânica.
2. À dúzia é melhor
A origem dos doze fragmentos cósmicos é muito distinta, tanto na sua proveniência sideral propriamente dita como no local terrestre onde foram encontrados. Devido à raridade, o correspondente valor por grama é muito superior ao das mais preciosas pedras ou metais preciosos. Aqui fica o elenco dos 12 Magníficos:
- 1.º Meteorito lunar Dhofar 461, uma espécie raríssima vinda da Lua e encontrada na região de Dhofar, no Oman;
- 2.º Meteorito marciano Dhofar 1674, vindo de Marte e encontrado na região de Dhofar, no Oman;
- 3.º Meteorito Allende, oriundo de uma chuva de meteoritos e encontrado no México (estima-se que seja a mais antiga pedra do sistema solar);
- 4.º Meteorito Erg Chech, proveniente de um fragmento de asteroide encontrado na Argélia que pertencia a um planeta em formação entretanto desaparecido;
- 5.º Meteorito Jbilet Winselman, oriundo de um fragmento de asteróide encontrado na zona marroquina do Sahara Ocidental;
- 6.º Meteorito Isheyevo, proveniente de um asteróide encontrado na Rússia;
- 7.º Meteorito Aletai Armanty, oriundo de um fragmento de asteróide encontrado na China;
- 8.º Meteorito Aguas Zarcas, proveniente de uma chuva de meteoritos recentemente produzida numa floresta tropical no centro da Costa Rica, em 2019;
- 9.º Meteorito Gibeon, proveniente de um meteorito caído na zona do Gabão em tempos pré-históricos;
- 10.º Meteorito Toluca, proveniente de um fragmento encontrado no México que terá atingido a Terra há mais de 10.000 anos;
- 11.º Meteorito Sahara 97093, encontrado no deserto do Sahara e com a presença de microdiamantes de proveniência interestelar;
- 12.º Meteorito Black Chondrite L5, encontrado no deserto do Sahara e resultante de um choque espacial entre dois asteróides.
3. Turbilhão Volante
Mesmo que Louis Moinet tenha sido o inventor do cronógrafo e existam calibres específicos destinados a reproduzir o sistema solar, a complicação escolhida para acompanhar os meteoritos foi a solução relojoeira encontrada por Abraham-Louis Breguet para combater os efeitos da gravidade: o turbilhão, no caso um turbilhão volante — por dispensar qualquer ponte de suporte do lado do mostrador para que o dispositivo seja apreciado em toda a sua plenitude. O Calibre LM135 de carga manual contém dois tambores de corda para uma autonomia de 96 horas.
4. Caixa em ouro 5N
O ouro é definido como o metal precioso por excelência desde os primórdios da humanidade — e o ouro rosa 5N foi o material escolhido para a caixa do Cosmopolis, com 40,7mm de diâmetro e asas esvaziadas que sublinham a integração da correia em aligátor preto mate.
Jean-Marie Schaller
O carismático CEO da Louis Moinet é uma figura inconfundível do ecossistema relojoeiro devido aos seus extravagantes casacos. É também o diretor artístico da sua própria marca e a ideia para o Cosmopolis surgiu do seu acervo — há vinte anos que coleciona fragmentos de meteoritos. «Mais do que uma obra-prima relojoeira, o Cosmopolis é uma viagem histórica e científica, é um microcosmos do macrocosmos», sublinha.
O preço? 225.000 francos suíços. Visite o site oficial da Louis Moinet para mais informações.