A MB&F e o gravador Eddy Jaquet uniram-se num projeto que deu origem a oito peças únicas inspiradas em romances da autoria de Júlio Verne. Depois de parcerias com relojoeiros, designers e artistas reconhecidos, esta é a primeira vez que a marca destaca um artesão tradicional nas suas criações.
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A MB&F apresentou recentemente oito peças únicas que resultaram da parceria da marca com Eddy Jaquet. Tendo trabalhado já com a MB&F no domínio da gravação das referências escritas que encontramos nos movimentos dos modelos Legacy Machine, o gravador é conhecido no meio relojoeiro pelo modo como consegue fazer do mostrador dos instrumentos do tempo uma tela para contar histórias, algo que podemos também descobrir nos relógios de pulso agora lançados.
Max Büsser, fundador da MB&F, refere que o tema da colaboração com Eddy Jaquet era inevitável: «(…) em brainstorming, um tema que surgiu de imediato foi a escrita de Júlio Verne, porque gosto muito de ficção científica e porque a coleção Legacy Machine em que Eddy esteve a trabalhar é basicamente o relógio que eu teria criado se a MB&F tivesse sido fundada há 150 anos.»
Os oito relógios exclusivos recuperam assim o legado de Júlio Verne (1828-1905) através da gravação nos mostradores da interpretação pessoal de Eddy Jaquet de cenas e momentos-chave de diferentes obras do famoso escritor de ficção científica do século XIX, nomeadamente, Vinte Mil Léguas Submarinas, Da Terra à Lua, A Volta ao Mundo em Oitenta Dias, Cinco Semanas em Balão, Viagens e Aventuras do Capitão Hatteras, Viagem ao Centro da Terra, Michel Strogoff e Robur, o Conquistador.
Tendo em conta a superfície disponível para gravação, a escolha do relógio para levar a cabo o projeto recaiu no Legacy Machine Split Escapement (LM SE) e as gravações foram concebidas respeitando as limitações associadas a esse reduzido espaço, nomeadamente as diferenças de espessura, bem como a sua relação com os componentes do movimento. Porém, o próprio relógio teve de passar por alguns ajustes de modo a maximizar a superfície de gravação. Foram assim criados novos submostradores abertos para a data e a indicação de reserva de corda, assim como placas mais amplas para o mostrador. A luneta foi reduzida em espessura. Estas alterações levaram a alterações nas dimensões da caixa (45,5mm) em ouro vermelho, bem como a produção de um vidro de curvatura menos pronunciada.
Para destacar cada uma das cenas ilustradas, reforçar o seu dramatismo e ajustar o sombreado de cada detalhe, Eddy Jaquet usou uma caneta galvânica de joalharia para aplicar em cada placa do mostrador uma solução que contém iões de uma liga escura de ródio. A MB&F refere ainda que, nesta técnica, o ródio branco-prateado é ligado a uma mistura secreta de outros metais que resulta num revestimento cinza-escuro e brilhante.
Mas independentemente de receitas secretas ou do trabalho que está por trás de cada MB&F x Eddy Jaquet LM Split Escapement ( a marca refere que foram necessárias cerca de 300 horas extra de trabalho para cada relógio, desde as alterações ao componentes até à gravação em si do mostrador), a verdade é que estes novos relógios (re)contadores de histórias revelam mais uma vez o modo como o trabalho artesanal continua a fascinar os criadores em relojoaria – mesmo quando estes criadores são conhecidos por darem origem a peças de pendor absolutamente original, futurista e até espacial. Um pouco à semelhança do próprio Júlio Verne.
Clique na imagem para ver a galeria com o desenho de cada um dos oito mostradores personalizados por Eddy Jaquet para a MB&F:
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Aconselhamos também a visita ao site da MB&F onde pode descobrir todos os pormenores alusivos a esta série especial.
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