Com uma estrutura em espiral projetada para guardar e contar os 145 anos de história da Audemars Piguet, o Musée Atelier Audemars Piguet está finalmente terminado e preparado para receber visitantes. A altura não é a melhor, como sabemos, por isso mesmo a abertura ao público está prevista acontecer a 25 de junho de 2020. As visitas são sujeitas a marcação.
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Foi a 30 de março de 2017 que a Audemars Piguet lançou a pedra que deu início à construção do Musée Atelier Audemars Piguet e este ano foi finalmente anunciada a sua conclusão. Embora num momento menos propenso a visitas. A conclusão do museu foi assim anunciada há poucos meses, mas a sua abertura oficial está prevista apenas para o próximo dia 25 de junho.
O projeto é da autoria do atelier dinamarquês Bjarke Ingels Group (BIG) e, como lemos na descrição apresentada no site archdaily.com.br, «procura ressaltar os principais valores históricos da empresa profundamente enraizada no Vallée de Joux. A estrutura em espiral que brota do chão – a qual remete ao conceito de circularidade do tempo –, oferece um cenário virtuoso onde os artesãos podem executar [o] seu preciso trabalho de manufatura das peças criadas pela empresa, ano após ano, [no] meio das cordilheiras suíças.»
Musée Atelier Audemars Piguet
O Musée Atelier Audemars Piguet está localizado de forma adjacente ao histórico edifício original da Audemars Piguet, em Le Brassus, e apresenta-se como uma enorme espiral que emerge da terra. A estrutura, feita quase na sua totalidade em vidro curvo, foi inspirada na espiral de um relógio mecânico – a fina mola em espiral que, juntamente com o balanço, integra o órgão regulador de um relógio. O telhado em aço é coberto por um espaço verde que, além de permitir regular a temperatura no interior, bem como captar e filtrar a água da chuva, faz com que o edifício se enquadre perfeitamente no bonito cenário montanhoso da Vallée de Joux. Já os enormes painéis de vidro são protegidos por uma armação perfurada de latão que permite filtrar a luz e garantir a sombra fundamental para a manutenção da temperatura no edifício.
No interior, o espaço inclui galerias museológicas que levam os visitantes a percorrer os 145 anos de história da marca suíça, através da exibição de instrumentos do tempo que datam desde o século XIX. O centro da espiral é dedicado às grandes complicações e o final ao Royal Oak, o incontornável modelo octogonal da Audemars Piguet. Mas importa dizer que, além de ser um espaço expositivo, o Musée Atelier Audemars Piguet inclui ainda ateliers de trabalho para os técnicos ligados às grandes complicações e aos relógios com uma forte componente de joalharia e gravação. Uma forma de o visitante poder acompanhar também o processo vivo que representa a criação em relojoaria tradicional.
« O museu é quase um trabalho aberto. Nada é escondido, todos os elementos que se vêm em ação fazem parte da narrativa, curvando suavemente em círculos concêntricos.», refere Ingels à AD, depois de destacar o facto de em relojoaria muitas das disciplinas se centrarem em tirar o máximo de impacto, com o mínimo de material. Algo que revê na estrutura do projeto.
Em breve, podemos ainda esperar perto do museu a abertura do Hôtel des Horlogers, a completa renovação do hotel que pertence à marca suíça.
As visitas ao Musée Atelier Audemars Piguet são sujeitas a marcação. Os bilhetes podem ser adquiridos através do site oficial: museeatelier-audemarspiguet.com/
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