Baselworld 2017: a nossa escolha do dia 1 (Oris, Patek Philippe, Tudor, Zenith)

Baselworld abriu hoje as portas ao público em geral, mas na verdade o evento arrancou ontem com um dia  dedicado em exclusivo à imprensa. E, com seria de esperar, há muita euforia, muitas novidades e muito para contar. Aqui fica assim uma seleção da equipa da Espiral do Tempo alguns dos modelos que mais nos chamaram a atenção neste primeiro momento do maior evento da relojoaria. 

Patek Philippe Ref. 5320G-001

Patek Philippe
Patek Philippe Ref. 5320G-001. © Espiral do Tempo

O Ref.5320G-001 Perpetual Calendar surge com um mostrador típico dos calendários perpétuos  da Patek Philippe desde 1941 –  janelas dia/mês às 12 horas, submostrador analógico para a data e a indicação das fases da lua às 6 horas, embora agora complementado por uma janela circular para o ano bissexto. A caixa em ouro branco ecoa elementos de design dos relógios de 1950 e guarda o movimento de corda automática Calibre 324 S Q. Um calendário perpétuo que está a dar que falar e que nos convenceu pela inspiração obviamente pilot, tanto na cor do mostrador como no design dos numerais árabes. Preço: 76.000 euros

Patek Philippe Ref. 4937G-010 

Patek Philippe Lady
Patek Philippe Ref. 4937 G-010. © Espiral do Tempo

Um relógio muito especial quem vem complementar a coleção de modelos complicados femininos da Patek Philippe. O novo Ref. 4937 G-010 apresenta as mesmas características do anterior Ref. 4948R-001 com indicação das horas, minutos e segundos por meio de ponteiros centrais e complementado pelas funções de calendário (dia da semana e mês em dois submostradores simétricos) e dia do mês (numa janela às seis horas). A indicação das fases da lua é feita através de um disco, numa abertura às seis horas. Mas o que nos levou a escolher este belíssimo modelo foi mesmo a base do mostrador que simula a textura de um tipo de seda chinesa.

Oris Chronoris Date

Oris Chronoris Date
Oris Chronoris Date. © Oris

Com um nome que combina as palavras “Chronograph” e “Oris”, o novo Chronoris Date surge como um modelo neo-vintage inspirado no primeiro cronógrafo lançado pela marca suíça, precisamente em 1970. A caixa de 39 mm, num formato muito típico da década em que foi lançado, serve de moldura para um mostrador com setores em tons de cinzento e preto e pelos apontamentos cor de laranja no ponteiro e nos indexes. Às 3 horas, encontra-se a janela da data e a coroa localizada às 4 horas serve para controlar a luneta rotativa interior. Estamos rendidos a este modelo pela sua personalidade completamente seventies e pelo facto de a Oris estar a começar a ficar craque em recuperar modelos de passado, com ligeiros pormenores de atualidade que resultam na perfeição. Preço: 1550 euros

Oris Hammerhead Limited Edition

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Oris Hammerhead Limited Edition. © Oris

Limitado a 2000 exemplares, este é um relógio que assenta no modelo básico Aquis de segunda geração, com a sua caixa multi-peças de 45,5 mm que garante estanqueidade a 500 metros de profundidade e calibre automático Oris 752. As restantes caraterísticas de base incluem vidro de safira, indicadores luminescentes, protetores da coroa de rosca, luneta unidirecional com recheio em cerâmica negra polida que contrasta com a escala dos minutos em branco e a possibilidade de alternativa entre uma bracelete preta em cauchu ou em aço inoxidável. Porém, apesar de pujante, estamos perante uma interessante combinação de caixa e nova bracelete que oferecem a este relógio um toque simpático de elegância. O preço: 2450 euros.

Zenith Defy El Primero 21

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Zenith Defy El Primero 21. © Espiral do Tempo

Uma escolha obrigatória também pela surpresa: o novo Zenith Defy El Primero 21 é um dos mais interessantes modelos que temos visto nos últimos tempos. Com uma espiral concebida num composite patenteado – Carbon-Matrix – e capaz de apresentar mecanicamente o 1/100º de segundo por meio de um ponteiro central, graças a uma superior frequência de 50 Hz, este novo modelo é dez vezes mais rápido do que o original calibre El Primero, que estabeleceu um novo recorde em 1969. Falamos de uma novidade com certificado COSC e com uma espetacular arquitetura de caixa de certa forma emula, de forma moderna, o seu predecessor original.

Tudor Heritage Black Bay Chronograph

Tudor Heritage Black Bay Chronograph
Tudor Heritage Black Bay Chronograph. © Espiral do Tempo

Dois anos após a introdução do primeiro movimento de manufatura, a Tudor apresenta um novo calibre – um movimento cronográfico automático que dá vida ao novo Heritage Black Bay Chronograph elaborado a partir de um calibre MT5813 de base Breitling. A versão inaugural do Black Bay Chronograph tem mostrador negro e luneta metálica com tratamento escovado circular e gravação a preto da escala taquimétrica. Como acontece com todos os modelos Heritage, o Black Bay Chronograph é distribuído com uma bracelete de metal ou uma correia de couro envelhecida em alternativa a uma bracelete em tecido do tipo ‘Denim’. Escolhemos por ser um passo ousado da Tudor ao criar uma versão cronográfica no seio de uma coleção assente em três ponteiros que tem uma legião de seguidores.

Heritage Black Bay S&G

BLACK BAY S G
Heritage Black Bay S&G (Steel and Gold) © Tudor

Além de um modelo cronográfico, a linhagem Black Bay da Tudor foi enriquecida por novos modelos de três ponteiros que apresentam a novidade de uma janela para a data e diferentes tipos de material e luneta – todos eles com movimento de manufatura. Entre eles, o Heritage Black Bay S&G (Steel and Gold) que combina o metal precioso por excelência com o aço dominante numa versão mais sofisticada, mas que se mantém a um preço bastante acessível abaixo dos 5.000 euros. O mais interessante e ver como os elementos bicolores funcionam na sua relação com as diferentes braceletes. Mais um passo ousado da marca: há quem adore e há quem deteste.

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