Baselworld 2017: a nossa escolha do fim de semana (Bell & Ross, Chopard, Graham, Hermès, Rolex)

Durante o fim de semana, conseguimos visitar mais alguns stands e conhecer ao vivo alguns dos modelos já divulgados, mas que queríamos mesmo conhecer. Porque a feira de Baselworld é um mundo imenso de novidades e porque nem sempre é possível visitar tudo aquilo que pretendemos, vamos assim explorando aos poucos e tentado descobrir os modelos que mais nos fascinam. Aqui fica a nossa seleção.

Rolex Cellini Moonphase

rolex cellini moonphase
Rolex Cellini Moonphase © Espiral do Tempo

A Rolex renovou há dois anos o discreto Cellini e este ano apresenta o Cellini Moonphase, o primeiro Rolex em 50 anos a recuperar a indicação do ciclo lunar. Com caixa em 39 mm, o Cellini Moonphase é lançado em ouro Everose e apresenta um bonito mostrador branco lacado com um disco azul esmaltado às 6 horas no qual está representado o ciclo lunar: a lua cheia surge como um aplique em meteorito e lua nova surge como um círculo.

Cellini Moonphase © Rolex
Rolex Cellini Moonphase © Rolex

Já tínhamos falado nele, mas ainda não o tínhamos visto – por isso podemos dizer que foi mesmo ao encontro das nossas expectativas. Além do impacto estético da indicação em relevo das fases da Lua, o relógio surpreende pela harmoniosa relação de todos os elementos. Para nós, e até ao momento, o mais bem conseguido modelo de perfil clássico de Baselworld 2017.

Chopard L.U.C XPS Twist QF Fairmined

Chopard L.U.C XPS Twist QF Fairmined
Chopard L.U.C XPS Twist QF Fairmined © Espiral do Tempo

É mais um passo da Chopard pelos meandros do luxo sustentável e neste caso salta bem à vista pelo mostrador, que apresenta um efeito inspirado na composição bruta do ouro extraído das minas. O L.U.C XPS Twist QF Fairmined surge como uma edição limitada de 250 exemplares e destaca-se pela interessante combinação de materiais. A coroa, às 4 horas, e o submostrador descentrado dos segundos contribuem para a sua singularidade, numa assimetria que oferece até um toque de irreverência neste que é um relógio de perfil marcadamente clássico e discreto.

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Chopard L.U.C XPS Twist QF Fairmined. © Chopard

Uma correia  de pele de crocodilo tingida com pigmentos à base de plantas é o complemento perfeito. Da nossa parte, este foi um dos modelos de eleição por diversos motivos: pela óbvia qualidade associada aos movimentos L.U.C – neste caso, trata-se do L.U.C Calibre 96.09-L com micro-rotor, 65 horas de reserva de corda, uma frequência de 4Hz e acabamentos fora de série –  e pelo impacto estético do original decoração do mostrador.

Chopard L.U.C XP

Chopard L.U.C XP
Chopard L.U.C XP © Espiral do Tempo

Com caixa de 40 mm em aço, o L.U.C XP da Chopard cativa-nos pela simplicidade, pelo requintado trabalho escovado do mostrador silver e pela elegante bracelete em caxemira azul. No interior bate um movimento L.U.C de corda automática com certificação COSC e 58 horas de reserva de corda para indicação das horas e dos minutos. Adorámos ainda o contraste de elementos no mostrador, potenciado pelos numerais azuis – a condizer com a bracelete -, e temos mesmo de dizer que este é um relógio que serve perfeitamente os seus propósitos: garantir sem qualquer problema a leitura das horas e que responde a quem aprecia um dress watch de personalidade muito contemporânea e muito confortável.

Graham Chronofighter Vintage Nose Art

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Graham Chronofighter Vintage Nose Art © Espiral do Tempo

Depois de em 2016 ter convencido com uma linha Chronofighter de inspiração marcadamente vintage, a Graham dá um passo de irreverência (o tal passo Graham que já conhecemos tão bem): regressa ao mundo da aviação, que está na origem da coleção Chronofighter, mais especificamente às ilustrações da década de 1940 que eram muitas vezes usadas em aviões militares para animar, digamos assim, a moral dos oficiais.

Os mostradores dos relógios apresentam assim a Anna, a Nina, a Sally e a Lilly, quatro jovens sorridentes que animam os contadores. Com caixa em aço, a linha Chronofighter Vintage Nose Art está disponível em dois modelos azuis, um preto e um verde, de 1oo exemplares cada. Escolhemos pela originalidade, pela boa disposição e pela evocação das origens de um modelo que tem vindo realmente a garantir cada vez mais uma posição de destaque no seio da coleção da marca.

Bell & Ross BR X2 Micro-Rotor Automatic

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Bell & Ross BR X2 Micro-Rotor Automatic © Espiral do Tempo

Por vezes, as marcas procuram elevar as fasquias dos seus próprios desafios, procurando superar-se e procurando surpreender e inovar. Foi isso mesmo que a Bell & Ross fez este ano ao tentar criar um relógio que transmitisse a sensação de união entre caixa e movimento. O resultado é este BR X2 Micro-Rotor Automatic com caixa quadrada, inspirada nas caixas BR01 e BR03, especialmente fina em vidro de safira. Lá dentro bate o movimento de corda automática com turbilhão que pode ser apreciado através do fundo, em vidro de safira, claro. Deixámos-nos, assim, levar pelo design e pela combinação dos diferentes elementos para um efeito visual especialmente bem conseguido. Uma espetacular edição limitada de 99 peças.

Slim d’Hermès L’Heure Impatiente

Slim d'Hermès L'Heure Impatiente
Slim d’Hermès L’Heure Impatiente. © Espiral do Tempo

Um espetacular relógio que guarda uma espetacular nova complicação. Em causa está um original alarme que começa a contagem decrescente 60 minutos antes da hora marcada até  soar continuamente uma só vez, na hora que estava definida. O botão às 9 horas permite ligar e desligar o alarme; já a coroa às 4 horas serve para acertá-lo. Ao alarme une-se uma caixa de 40,5 mm em ouro rosa e um mostrador silver marcado por diversos tratamentos decorativos, dos quais saltam à vista os numerais exclusivos da coleção Slim da marca. Por ser especialmente elegante, por integrar uma complicação original e inovadora (também pelo trabalho de construção que lhe está associado) e pelo som límpido e cristalino, o novo Slim d’Hermès L’Heure Impatiente (nome perfeito!) surge como mais uma das nossas escolhas.

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