Cartier reabre a sua boutique em Lisboa

Depois da renovação, a Cartier reabriu as portas da sua boutique no número 240 da avenida da Liberdade, em Lisboa. Um espaço para conhecer a marca francesa e que acaba por ser também uma galeria que presta homenagem à cultura e ao artesanato portugueses. Merece uma visita.

A boutique Cartier, no número 240 da avenida da Liberdade, em Lisboa, esteve fechada durante uns tempos, para um processo de renovação total pelas mãos dos arquitetos Bruno Moinard e Claire Bétaille. Durante este período, a marca manteve atividade numa boutique temporária no mesmo edifício, mas localizada num piso superior. Agora, mesmo a tempo da época festiva, a casa francesa revelou o resultado desta intervenção. A boutique renovada abriu as suas portas e merece uma visita.

A boutique Cartier de Lisboa fica localizada no número 240 da avenida da Liberdade e voltou a abrir portas recentemente | Fotos: Francisco Nogueira, cortesia Cartier

Tributo a Portugal

Com 250 metros quadrados, a renovada boutique Cartier une elementos caraterísticos da própria marca ao património cultural do país que a acolhe. Neste sentido, o novo espaço permite embarcar numa viagem de descoberta da marca através de diferentes salas com decorações especialmente concebidas para cada área de negócio, garantindo ao mesmo tempo uma experiência personalizada e exclusividade no atendimento. As salas têm como pano de fundo obras singulares que traduzem uma vertente de criação artesanal – um dos pontos comuns entre a casa francesa e Portugal – ancorada na história e na identidade cultural do nosso país, num jogo entre tradição, elegância e contemporaneidade. Para tal, a Cartier colaborou com diversos artistas e artesãos que criaram instalações em específico para a boutique.

Boutique Cartier Lisboa
Uma peça da autoria de Vanessa Barragão serve de pano de fundo na zona dedicada à relojoaria, no número 240 da boutique Cartier | Fotos: Francisco Nogueira, cortesia Cartier

Entre os colaboradores portugueses, encontra-se Vanessa Barragão que desenvolveu um painel têxtil, de acordo com a sua linha criativa de inspiração marítima, mas que tem como base as tonalidades do espaço dedicado à vertente de relojoaria na qual está exposto. Em destaque também um impressionante mural em bordado de Castelo Branco, assinado pela Casa do Passadiço, que dá vida à Sala Jardim onde se encontram as icónicas coleções de joalharia Cartier. Os tons de vermelho, amarelo e azul piscam o olho a todo o ambiente da boutique. Já o painel de azulejos da sala privada uniu a histórica fábrica de cerâmica Viúva Lamego ao artista Cédric Peltier, que pintou diretamente nos azulejos uma Panthère em grande plano numa colina de Lisboa.

Boutique Cartier Lisboa
Um painel em bordado de Castelo Branco desenvolvido pela Casa do Passadiço na zona dedicada às coleções icónicas de joalharia da Cartier. Em baixo, na sala privada, o painel de azulejos Viúva Lamego animado por uma Panthère pintada por Cédric Peltier | Foto: Francisco Nogueira, cortesia Cartier

Depois, as referências a Portugal encontram-se um pouco por toda a parte, tanto pela mão de artistas internacionais, como nas temáticas e evocações a elementos do nosso país: na mesma sala privada onde se encontra o painel de azulejos Viúva Lamego, descobre-se o teto baseado na arquitetura da Galeria da Basílica do Palácio de Mafra; na área de joalharia, à entrada da boutique, sobressai um painel da autoria de Lison de Caunes e do atelier Midavaine, com a representação de duas panteras trabalhadas em marchetaria de palha e laca, cujo fundo tem como inspiração os azulejos tradicionais que se encontram no Museu Nacional do Azulejo e na bandeira da Câmara Municipal de Lisboa, e os tons amarelos e azuis evocativos do Mosteiro dos Jerónimos; no mesmo espaço, uma cúpula de vidro criada por Jorge Aragone, preta homenagem ao artesanato Art Nouveau do final do século XIX; e na zona Bridal sobressai uma instalação de Véronique de Soultrait, feita de cordas e madrepérola, evocativa da agitação das ondas e das históricas navegações portuguesas.

O painel com as panteras é da autoria de Lison de Caunes e do atelier Midavaine, a instalação inspirada no mar é da autoria de Véronique de Soultrai e a cúpula no teto é de Jorge Aragone | Foto: Francisco Nogueira, cortesia Cartier

Por fim, destaque para a zona de assistência pós-venda que serve também de espaço para as coleções Arte de Viver e para as fragrâncias da Cartier. Decorada com papel de parede De Gournay, bordado com motivos florais, distingue-se pelos tons vivos em laranja, oferecendo desta forma um toque de sofisticação e de boa disposição. Com inspiração no Mediterrâneo, trata-se de um espaço tranquilo, influenciado também pelo jardim da Quinta da Regaleira, em Sintra.

A zona de atendimento decorada com papel de parede De Gournay | Foto: Francisco Nogeira, cortesia Cartier

Como um todo, a boutique Cartier surpreende não apenas pela decoração cuidada, envolvente e acolhedora, mas também pelo sentido de unidade que sobressai da diversidade de espaços. Cada zona destaca-se por si só e convida a ficar e a descobrir o mundo da casa francesa, assim como os trabalhos desenvolvidos pelos artistas que colaboraram. A marca renova assim os votos com a cidade de Lisboa e convida a visitar: «Desde a sua abertura em 2013, a boutique da Cartier em Lisboa tem acompanhado o renascimento da Avenida da Liberdade para se tornar um destino obrigatório para os visitantes e cidadãos de Lisboa e de Portugal. Com esta renovação, que inauguramos em 2024, o novo espaço Cartier presta homenagem ao rico património cultural português através da visão contemporânea de diferentes artistas locais e tornar-se-á um ponto de encontro para todos os lisboetas e visitantes da cidade» refere Nicolas Helly, Diretor Administrativo da Cartier Ibéria.

Boutique Cartier Lisboa
A zona de passagem para a sala privada que é também uma zona de atendimento onde estão expostos acessórios | Foto: Francisco Nogueira, cortesia Cartier

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