Miguel Gomes da ArtFalco: simbiose pura

Edição impressa | Há pessoas que têm a capacidade de transmitir pelo entusiasmo sincero das palavras as suas verdadeiras paixões. Miguel Gomes, falcoeiro de profissão e de coração, é uma dessas pessoas. Foi ele que, com a paciência de Serenia, tornou possível a concretização da capa desta edição – numa relação que procurámos estabelecer entre o Patek Philippe Ref. 5524G enquanto relógio que presta tributo à conquista dos céus e o falcão. Foi Miguel Gomes também que nos revelou alguns dos segredos da arte da cetraria/falcoaria. Romântico assumido num mundo que vive da relação de cumplicidade, simbiótica mesmo, entre ave e falcoeiro, o fundador da ArtFalco mostrou-nos ainda que entre falcões e relógios mecânicos há mais semelhanças do que alguma vez poderíamos pensar.

Versão integral da entrevista a Miguel Gomes, publicada no número 60 da Espiral do Tempo

Em que consiste o projeto da ArtFalco?
Numa primeira fase, o projeto da ArtFalco nasce da minha paixão pela falcoaria e da tentativa de fazer uma ligação entre a falcoaria – que é uma arte de caça – e a sensibilização ambiental, junto dos mais jovens, muito graças ao facto de as técnicas de treino em falcoaria permitirem voo livre, um voo em completa liberdade de ação. Uma das vertentes essenciais passa pelo reconhecimento dos predadores não como sendo os maus da floresta, mas como sendo parte integrante de uma cadeia alimentar que é necessário preservar. Começámos por fazer algumas atividades em escolas, levando esta ideia – daí o nome ArtFalco – Embaixadores da Natureza: levamos connosco os embaixadores da natureza até aos mais jovens porque se queremos mudar mentalidades temos de trabalhar com a geração seguinte. Depois, como nas escolas públicas acabava por infelizmente existir pouca disponibilidade financeira para investir neste tipo de atividades, a ArtFalco voltou-se também um pouco para os eventos de recriação histórica, que começavam a surgir. Fez-se então um estudo sobre o que era a falcoaria ao longo da história da corte portuguesa, o que acabou por se revelar uma questão bastante interessante…

Interessante em que sentido?
No sentido em que a falcoaria na história da corte portuguesa é uma presença constante, com maior ou menor influência, mas sempre uma presença constante. Por isso, começámos a fazer a recriação daquilo que era o acampamento de falcoaria, o acampamento de caça, em várias épocas, medieval, quinhentista, seiscentista… E essa foi uma forma de manter a ArtFalco saudável e poder continuar a fazer na época menos ativa da parte das recriações históricas o trabalho que sempre gostámos de fazer; um trabalho relacionado com a sensibilização dos mais jovens.

E a reação dos jovens é positiva?
O facto de estarmos a lidar com animais vivos e com os quais existe alguma interatividade acaba por despertar a atenção, e a partir do momento em que conseguimos despertar o interesse do público, temos ali uma janela de oportunidade para passar informação, para sensibilizar para uma série de problemáticas que, marcadas pela presença destas aves, acabam por ficar gravadas na memória e conseguimos uma compreensão diferente, mais alerta.

Miguel Gomes
Miguel Gomes com Bebé, uma águia rapax das estepes. © Paulo Pires/ Espiral do Tempo

E há um entendimento do público em geral sobre o que é a falcoaria?
Normalmente, existe uma possível resistência que tem a ver com o facto de as pessoas não
encontrarem estas aves em completa liberdade de ação, porque quando elas estão expostas estão sujeitas ao banco. Mas depois de perceberem o verdadeiro sentido da falcoaria, a razão pela qual a falcoaria é chamada de arte e não caça desportiva, as pessoas percebem que se existe alguém preocupado com a qualidade de vida e o bem-estar das aves com que lida, esse alguém é um falcoeiro consciente – o falcoeiro de alma e coração. Além disso, quando, em dezembro, a UNESCO, depois de um estudo de mais de um ano, vem reconhecer a forma como os portugueses fazem falcoaria, sendo hoje a falcoaria portuguesa, património cultural e imaterial da UNESCO. Isto acabou por ser um trunfo para mostrarmos ao mundo que se a UNESCO reconhece a forma como nós trabalhamos com as aves como sendo algo dignificante para uma cultura aqui alguma coisa se passa. Principalmente quando falamos de grupos mais radicais de vertente ambiental, em relação aos quais nada tenho contra, mas que por vezes dificultam a passagem correta da informação. Por alguma razão, Félix Rodrigues de la Fuente, falcoeiro maior da Península Ibérica, dizia que quando a falcoaria atinge o seu patamar ideal é uma relação de simbiose pura. Não existe ninguém a mandar; não existe ninguém a obedecer, existe sim um ato simbiótico, um ato em que homem e ave trabalham em conjunto para um objetivo comum, de benefício mútuo, no ato de caçar. A partir do momento em que o falcoeiro abre a mão à sua ave, ela escolhe se quer voltar ou não. Até porque o falcoeiro não tem asas. Ela é que tem de escolher. Para se criar esta relação de simbiose, existe todo um trabalho em que vamos estimular positivamente a ave a reconhecer em nós uma ajuda nos dias em que corre tudo mal. Só desta forma ela nos vai oferecer a parceria nos dias em que tudo corre bem. A falcoaria é um pouco isto e é diferente de um ramo novo que se chama volataria.

Qual é, então, a diferença entre ambas?
A cetraria, se quisermos falar em bom português, – falcoaria é um anglicanismo – é o ato de criar, treinar, cuidar e caçar com as aves de presa melhor dotadas. Se anularmos qualquer uma destas partes vamos deixar de fazer cetraria. Vamos estar a fazer aquilo a que se chama volataria em que acontece tudo menos a caça. E nestes casos são utilizados outro tipo de aves não tão vocacionadas para a caça. Volataria é assim o voo de aves em completa liberdade de ação sem o ato de caça. Mas as técnicas de treino são as mesmas.

Miguel Gomes © Espiral do Tempo
Nota-se bem a relação de cumplicidade entre o falcoeiro Miguel Gomes e Serenia, um falcão fêmea de quatro anos que foi a estrela da capa da edição 60 da Espiral do Tempo. © Espiral do Tempo

Pode explicar que técnicas são essas…
A falcoaria moderna tem uma vertente temporal diferente. É mais rápida, como os dias de hoje. E com a introdução de espécies gregárias, que já vivem em comunidade, acaba por se ter uma forma rápida de se poder treinar. Já a falcoaria clássica era uma prática com mais tempo, isto porque, como falcoeiro era falcoeiro de profissão, tinha uma presença constante junto das aves, logo o tipo de trabalho era diferente. Mas o que acaba por acontecer é sempre o mesmo. O início da prática da falcoaria está dividido em três partes: uma primeira parte é a conquista da ave, que é algo que tem de acontecer rapidamente e demora à volta de 48 horas. Temos de conquistar a ave de modo a que ela aceite ser premiada. Estas aves nascem geneticamente programadas para terem medo do ser humano, logo a primeira aproximação tem de ser gradual porque senão a ave nunca vai aceitar um brinde de alguém que considera um inimigo. Esta primeira aproximação, embora rápida, é de presença constante e chama-se velada porque era feita em tempos idos à luz da vela, durante a noite. A partir do momento em que a ave aceita alimentar-se da nossa mão, ganhámos o primeiro passo. As aves não gostam de festas, entre eles não se tocam, não é normal, portanto só as podemos compensar com alimento. É um estímulo positivo tal como se faz com outros animais. Depois, tudo acontece ao ritmo que a ave nos deixa: se há aves que começam a saltar ao punho para ir buscar a recompensa em dois dias, há outras que demoram mais. E a partir daqui vamos aumentando a distância, vai-se compensando a ave, vai havendo uma presença rotineira, com alguns intervalos porque ela precisa de descanso e do seu próprio espaço. Depois, à hora da alimentação há o treino. No meu caso, quando tenho uma ave a subir-me ao punho no primeiro chamamento, ou quase sem chamamento, apenas com um movimento da luva a 20, 30 metros, está na altura de a soltar. É sinal que reconhece a nossa luva, depois de nos reconhecer a nós, como fonte de recompensa, e aí entramos na segunda parte: o voo livre.

A volataria termina nesta segunda parte. As aves estão afeiçoadas, estão a reconhecer o falcoeiro como alguém que apoia e então fazem o voo livre regressando à mão a cada chamamento. A terceira parte é o que transforma a volataria em falcoaria, ou seja, o ato de caça. Por regra, não há necessidade de esforçar a ave a caçar; o instinto está lá; ela vai despertar naturalmente para a caça e é aqui que se atinge a plenitude da falcoaria; existe a verdadeira simbiose porque a partir do momento em que uma ave consegue capturar uma presa selvagem, ela tem consciência de que é independente e que consegue caçar. Porém, como em qualquer relação simbiótica, ela também tem consciência de que as coisas não correm sempre bem – e aqui não quero sobrevalorizar a inteligência das aves, mas também, não quero desvalorizá-lo. A verdade é que quando uma ave faz uma tentativa falhada depois de ter dado tudo por tudo, o falcoeiro chega ao pé da ave e vai fazer a cortesia (uma palavra bonita), premiar a ave, como se ela tivesse caçado porque o esforço foi o mesmo ou ainda maior. E o falcoeiro teve o maior prémio que poderia ter: assistiu a uma entrega total por parte da sua ave, com um esforço provavelmente maior do que se tivesse havido captura. Portanto para alguém que sente a falcoaria a sério, muitas vezes o lance falhado acaba por ser uma bênção da natureza porque esta comunhão com a natureza, esta forma de podermos ver uma ave de forma tão natural, tão instintiva e sermos nós no final a recompensar é a essência da falcoaria.

Um dos motivos pelos quais achámos que faria sentido estabelecer a relação entre o falcão e o Patek Philippe Calatrava Travel Time Ref.5524G é porque este relógio é definido pela marca como um “tributo à conquista dos céus”. Faz-lhe sentido o nosso ponto de vista?
Faz todo o sentido. De uma forma fácil, quando me perguntam as grandes diferenças entre uma águia e um falcão quando falamos da nossa interação com elas enquanto cetraria, costumo dizer que as diferenças se resumem a uma: com uma águia o trabalho de treino é um processo preciso, cuidado, de construção gradual; quando falamos de um falcão o processo é o mesmo, mas podemos até comparar ao processo de relojoaria – a margem de erro é menor. O falcão tem um coração mais sensível, são aves preparadas para velocidades enormes e dependem do tempo para viver. Basicamente um falcão não pode falhar tanto como uma águia; não tem margem de erro para isso, o metabolismo deles é tão mais rápido que ele não se pode dar ao luxo de falhar…

Tem de ser preciso…
Sim, tem de ser muito mais preciso e esta precisão é ao milésimo de segundo. Estamos a falar de aves que, por exemplo, no caso do falcão peregrino tem velocidades de voo picado acima dos 300 km/h. E a relação que fizeram com a conquista dos céus faz todo o sentido porque para conseguir atingir estes 300 km/h, ele tem de subir em voo ascendente até ter altura suficiente, até ter o teto, para poder ganhar essa velocidade e poder atingir a presa. Portanto, todo este trabalho, mesmo do falcoeiro para com a ave, é um trabalho minucioso, mais de relojoaria, pura. Enquanto que as águias são aves que têm a força como principal característica, o falcão não: é uma questão de velocidade e de precisão no timing.

É giro porque nos relógios, quanto maior é a velocidade do balanço, mais preciso é o relógio, mas mais energia lhe consome…Exige mais, mas a precisão também é maior…
Estamos a falar do falcão precisamente. Sem dúvida nenhuma.

Miguel Gomes © Paulo Pires
Miguel Gomes junto a Serenia com um Patek Philippe Calatrava Travel Time Ref.5524. © Paulo Pires/ Espiral do Tempo

E a construção da relação entre falcão e falcoeiro? Tem algo de especial?
Tem uma coisa muito especial e que já vem de trás. Por algum motivo, de entre as aves de cetraria, o falcão era considerado a ave nobre. Inclusive era proibido alguém do povo ter um falcão. Porquê? Pela nobreza do trato e pela nobreza com que caça. Quando falamos na nobreza do trato é mesmo isso: não quer dizer que seja afetuoso; o relacionamento que existe entre falcoeiro e ave não é de um afeto comum. Para já porque não são mamíferos, e nós em última instância somos parecidos com um cão. Nascemos da mesma forma, crescemos da mesma forma, o toque é-nos agradável, a parte física é algo muito importante. No caso deles é diferente. E no caso dos falcões ainda mais. O relacionamento que se cria entre homem e falcão é um relacionamento menos rude. Se calhar porque o falcão tem o balanço mais rápido, não tem tanta força, tem mais precisão e esta diminuição da força acaba por estreitar relações, acaba por aproximar o falcão do falcoeiro e criar uma relação que depois na lide diária se vai ganhar na distância do voo; enquanto uma águia caça saindo do punho do falcoeiro; o falcão não. O falcão pode estar a voar a 200 metros de altura, a uma distância enorme do falcoeiro, mantendo-se perto. Isto é um ato nobre, é uma parceria. É uma cumplicidade diferente. Da minha conversa dá para perceber que tenho predileção pelos falcões, o que não quer dizer que não tenha relacionamentos interessantes com outras aves. O que acontece é que o falcão tem algo de sedutor. Acho que é como aquele rapaz de 18 anos que acabou de tirar a carta e chega cá fora e o pai diz “olha, se quiseres, tens cinco minutos para experimentar um Ferrari.” E de certeza que o coração vai bater mais rápido. O mesmo acontece com o falcão. Aqueles momentos de união de homem e falcão são esta chave e têm uma grande vantagem: no caso do Ferrari o coração bate mais rápido, no caso do falcão são dois corações a bater mais rápido – o dele e o do falcoeiro – numa parceria milimétrica de quase pura relojoaria, de uma precisão enorme, que tem mesmo de ser necessária.

E quando a ave está a caçar passa por aquela sensação pela qual os pais passam quando o filho vai sair à noite. A dúvida do regresso coloca-se sempre?
No caso do falcão, embora distantes, eles estão normalmente no nosso campo de visão. Tem um voo centrado, até podem subir longe, mas depois centra-se sobre o falcoeiro e espera ali pela presa – está a voar em comunhão. Mais do que comparar com um filho, quando abrimos a mão às piós e deixamos que o falcão voe estamos a possibilitar o sucesso de um casamento; porque só é possível haver fidelidade extrema quando aceitamos comprová-la, oferecendo a liberdade. E é isto que acontece. Quando o falcão vai sair, claro que existe a dúvida do nosso lado a vida toda, afinal são animais selvagens. O ato de caça é um risco constante. Muitos morrem em pleno ato de caça. É arriscado. Agora, eles precisam de caçar e isso nota-se. Uma ave que caça é uma ave mais calma, mais branda, mais tranquila, tem um relacionamento mais afável. Portanto, quando abrimos a mão, mais do que um teste, é a concretização do acreditar. Por algum motivo, no ato de um voo picado de um falcão, no caso de haver uma captura, nós acabamos de joelhos ao lado dele. É isso mesmo: é o reconhecer esta vertigem de nós assistirmos a uma coisa tão natural, mas que é feita para os dois. Se calhar isto está na minha cabeça, e não está na cabeça deles, mas quero continuar a acreditar que sim. E é isto que me move.

Há um mecanismo que nos mostra que se tivermos dois órgãos reguladores sincronizados, eles vão entrar em ressonância que é aquilo que tem de acontecer entre si e o falcão…
A esse propósito tenho um poema que ilustra bem essa relação:

Amigo Hórus
No céu
Um vendedor que me oferece os sonhos
Uma luta constante cortando o vento que te afaga as penas
O esforço a cada braçada que te leva alto, para longe, olhando-me de perto
O sentir-te aqui a cada segundo mais além
A plenitude da completa liberdade partilhada, da liberdade que em fim nos une num só
O meu paraíso nos sentidos teus.
E num instante a vertigem
A queda louca
O mundo que roda, a elipse na direção do jogo da vida
Do jogo que mata e alimenta-Te a minha alma
Mãos como facas que se atiram
O sangue na explosão cruel da natureza ingénua, apaixonada, letal mas tão pura
E por fim…
A reunião, a partilha
O teu regresso
O meu coração que bate forte, tão perto do teu
Agora os sonhos invadem-me o espírito
Até amanhã, até que amanhã me leves de novo nas tuas asas…

Miguel Gomes

Nós temos alguns mestres relojoeiros que ficam recatados no seu canto e é lá que eles são felizes. Querem lá estar fechados sozinhos e não estar a falar ao público do seu trabalho…
Compreendo perfeitamente. Acreditem que Capitan, “Capi”, um verdadeiro mestre falcoeiro, conheci-o dentro da sua garagem, fechado, sentado na mesa onde estava a fazer uma luva – luva essa que curiosamente me ofereceu depois – , com uma fêmea de peregrino de um lado e um cesto com quatro crias do outro. E ele ali estava, já reformado, um problema numa perna impedia-o de caçar. Essa imagem ficou-me para sempre. É aí que ele é feliz. Nota-se perfeitamente a alegria dele enquanto alimenta as crias, aquele mundo é um mundo à parte.

O caparão talvez seja um exemplo de conotação negativa associado à falcoaria, para quem não está dentro do assunto. Pode explicar-nos a sua função?
O caparão é um utensílio que tem de ser visto logo tendo em conta a forma como é feito. Não existem caparões universais. O caparão é algo muito pessoal de dois seres. Cada ave tem o seu próprio caparão que é feito exclusivamente para ela e é algo tão íntimo que se houver dois falcoeiros a voar a mesma ave, fazem-se dois caparões à medida daquela ave que fiquem confortáveis, um para cada falcoeiro. Tendo em conta que o caparão é posto e tirado da ave com o auxílio da boca, porque uma das mãos está ocupada e a forma de abrir e fechar o caparão é sempre com a boca, até por aqui é algo muito pessoal. O facto de ser tão exclusivo da ave vai fazer com que lhe seja confortável. Não existe qualquer desconforto naquela peça de pele que está colocada na cabeça da ave. Falamos de uma peça de pele que no seu interior não tem qualquer tratamento, é pele natural de forma a não causar qualquer tipo de alergia e ergonomicamente tem o afastamento normal dos olhos, tem aberturas na zona do bico ou na zona da cera, mais sensível, para não causar qualquer dano à ave – até porque nenhum falcoeiro quereria encontrar a ave com algum ferimento. A grande vantagem de o utilizar tem a ver com a acuidade dos sentidos. Estamos a falar de animais que têm toda a sua base de vida que se apoia sobre um sentido – a visão. A acuidade dos sentidos é tão diferenciada, a visão tem uma preponderância tão maior do que todos os outros sentidos, que, ao contrário do que aconteceria com o ser humano (ou seja, há outro que tenta ocupar a falha deste), anulando o sentido primordial, os outros vão relaxar, o ritmo cardíaco baixa e a ave fica tranquila. Daí ser utilizado em viagens, em situações que possam causar stress à ave, em todas aquelas situações em que poderia haver algo que não fosse um estímulo positivo. É verdade que há um processo de adaptação, mas a partir do momento em que estão adaptados, aceitam o caparão sem qualquer recusa.

A Espiral do Tempo não pode deixar de agradecer a disponibilidade e simpatia de Miguel Gomes e Maria Pires da ArtFalco.

Para saber mais sobre a ArtFalco, consulte o site ou a página de Facebook oficiais do projeto.

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