Jaeger-LeCoultre: o outro lado da Grande Maison

Le Sentier | A Jaeger-LeCoultre é uma das mais relevantes companhias relojoeiras do Planeta e comemorou o 185.º aniversário em 2018 – mas o seu percurso é bem mais rico e complexo do que aquele que geralmente se conta. Para além da dicotomia inerente ao seu próprio nome, atravessou convulsões familiares, chegou a deter grande parte da Patek Philippe e ainda concebeu aparelhos fotográficos para espiões. Eis as histórias e as estórias daquela que é, incontornavelmente, a verdadeira manufatura da relojoaria suíça. 

Miguel Seabra, com Hubert de Haro em Le Sentier

A Grande Maison é mesmo... grande. Perspetiva atual © Jaeger-LeCoultre
A Grande Maison é mesmo… grande. Perspetiva atual da manufatura em Le Sentier, destacando-se o edifício mais antigo ao centro/direita. © Jaeger-LeCoultre

Na passada primavera, a Jaeger-LeCoultre nomeou uma nova pessoa para presidir aos destinos da marca e que, entretanto, ainda se encontra a arrumar a casa para lançar a companhia de Le Sentier numa nova fase da sua história secular. E ‘arrumar a casa’ não é uma expressão sexista relacionada com o peculiar facto de o cargo de CEO pertencer agora a uma mulher, algo assaz raro no setor. Porque é o que Catherine Alix-Renier está mesmo a fazer, no sentido de potenciar ao máximo todas as enormes valências da Grande Maison – que passa por ser a manufatura por excelência da relojoaria suíça.

CONJUNTO DE MEDALHAS | De 1851 em diante, data da primeira Exposição Universal realizada em Londres, a manufatura Jaeger-LeCoultre é regularmente galardoada com os mais prestigiantes prémios de relojoaria. © Jaeger-LeCoultre
CONJUNTO DE MEDALHAS | A partir da primeira Exposição Universal realizada em Londres, em 1851, a manufatura Jaeger-LeCoultre é regularmente galardoada com os mais prestigiantes prémios de relojoaria. Eis o quadro de honra do certame de Paris em 1900 © Jaeger-LeCoultre

Hoje em dia, o termo ‘manufatura’ assume uma enorme relevância cultural e mesmo psicológica no contexto da indústria relojoeira. Na cabeça de muitos especialistas e aficionados, um relógio tem mais valor se for dotado de um calibre próprio, elaborado pela própria marca – ou seja, um movimento de manufatura. Essa perceção foi sobretudo criada nas últimas duas décadas e depois de um grande trabalho de marketing associado ao renascimento da relojoaria mecânica tradicional, no final dos anos 80 e, sobretudo, a partir de meados da década de 90.

Admiração pela arte relojoeira © Jaeger-LeCoultre
Admiração pela arte relojoeira © Jaeger-LeCoultre

O termo ‘manufatura’ foi sobretudo popularizado para engrandecer o investimento e o mérito das grandes marcas capazes de produzir a maior parte dos seus componentes em sede própria, especialmente movimentos mecânicos específicos cujo pedigree se diferencia dos calibres genericamente utilizados pelo grosso da relojoaria (como os ETA, por exemplo).

O olho, a mão e a precisão © Espiral do Tempo
O fascinante mundo da micromecânica © Espiral do Tempo

Mas a realidade histórica da relojoaria suíça não é propriamente a das manufaturas – é a de um intrincado tecido industrial baseado nas relações democráticas entre marcas e fornecedores exteriores de componentes, desde as caixas aos vidros, passando, obviamente, pelos calibres e partes associadas. E, nesse contexto, a Jaeger-LeCoultre era ‘a’ manufatura, a casa relojoeira que tudo fazia entre portas e que até se dava ao luxo de fornecer movimentos ao mui prestigiado triunvirato composto pela Patek Philippe, Vacheron Constantin e Audemars Piguet, para além de outras marcas de gabarito como a Chopard ou a Piaget. Ainda hoje a Audemars Piguet, da localidade vizinha de Le Brassus na Vallée de Joux, continua a utilizar movimentos JLC, tal como a Ralph Lauren e outras marcas encobertas pelo manto da confidencialidade…

Publicidade da manufatura LeCoultre & Cie que, à data, fornecia movimentos para a indústria relojoeira suíça. © Jaeger-LeCoultre
Publicidade da manufatura LeCoultre & Cie que, à data, fornecia movimentos para a indústria relojoeira suíça. © Jaeger-LeCoultre

Um percurso inusitado

À semelhança de companhias seculares de alta-relojoaria, como a Patek Philippe, a Vacheron Constantin e a Audemars Piguet, o nome Jaeger-LeCoultre vem da associação entre pessoas/famílias distintas; no entanto, ao contrário desses exemplos, a designação ‘Jaeger-LeCoultre’ só surgiu várias décadas depois do estabelecimento do negócio original – que, no caso em questão, remonta a 1833.

A partir de 1886, um motor a vapor alimentava as mais sofisticadas ferramentas mecânicas, assegurando uma fiabilidade sem precedentes. © Jaeger-LeCoultre
A partir de 1886, um motor a vapor alimentava as mais sofisticadas ferramentas mecânicas, assegurando uma fiabilidade sem precedentes. © Jaeger-LeCoultre

Tudo começou com Antoine LeCoultre, descendente de um dos refugiados religiosos huguenotes que, em meados do século XVI, se instalaram na Vallée de Joux – um vale a 1000 metros de altitude isolado no espaço e no tempo durante os prolongados invernos, devido à difícil acessibilidade. Desde o século XVIII que a Vallée de Joux se dedicava à relojoaria, sobretudo durante os rigorosos períodos invernais que mantinham a povoação rural dentro de portas. Foi lá que se aperfeiçoou o sistema de repetição minutos, que foi inventado o cronógrafo na sua versão moderna, em 1844, e reinventado o calendário perpétuo, em 1853. Antoine LeCoultre dedicou-se em particular ao desenvolvimento e aperfeiçoamento de ferramentas destinadas ao fabrico de componentes de mecanismos relojoeiros. Num dos seus raros escritos existentes, conclui mesmo uma missiva com a frase «peço-vos que desculpem os erros de um homem que passou mais tempo a limar do que a escrever».

Esta mala esteve em destaque na campanha publicitária da Jaeger-LeCoultre há uns anos atrás. Como é óbvio, o objetivo passava por salientar o património e know-how da marca em termos de movimentos mecânicos. © Jaeger-LeCoultre
Uma mala que esteve em destaque na campanha publicitária da Jaeger-LeCoultre há uns anos. O objetivo passava por salientar o património e know-how da marca na concepção de sofisticados movimentos mecânicos. © Jaeger-LeCoultre

Antoine começou por trabalhar em caixas de música, mas aos 25 anos partiu para a única escola relojoeira do país, em Genebra, e regressou para desenvolver máquinas que permitiam o fabrico de rodas dentadas de grande precisão. Saiu debaixo das asas do pai, com quem teve muitas altercações, e abriu um atelier com quatro empregados em 1833, o tal ano estabelecido para a fundação da manufatura hoje conhecida por Jaeger-LeCoultre. O fabrico de peças idênticas com grande precisão facilitava a substituição e intermutabilidade, tornando logicamente os mecanismos mais fiáveis. O grande relojoeiro Louis Audemars, da vizinha localidade de Le Brassus, foi um dos seus primeiros clientes. E, em 1844, a criação do revolucionário Milionomètre foi fundamental para a história da relojoaria: passou a ser possível medir o mícron e conceber componentes quase microscópicos com uma precisão absoluta. Em 1847 idealizou um sistema de dar corda sem o recurso a uma chave.

MILIONOMÈTRE | Em 1844, a criação do revolucionário Milionomètre foi fundamental para a história da relojoaria: passou a ser possível medir o mícron e conceber componentes quase microscópicos com uma precisão absoluta. © Jaeger-LeCoultre
MILIONOMÈTRE | Em 1844, a criação do revolucionário Milionomètre foi fundamental para
a história da relojoaria: passou a ser possível medir o mícron e conceber componentes quase microscópicos com uma precisão absoluta. © Jaeger-LeCoultre

Antoine LeCoultre desenvolveu ainda o fabrico de rodas dentadas, balanços, pontes, platinas, galos do balanço, âncoras (o logótipo da marca é precisamente uma âncora estilizada com as iniciais JL) e calibres, mas nunca teve jeito para tratar da parte financeira e comercial da sua empresa – e atravessou tempos complicados, só sobrevivendo com a ajuda das mais abastadas personalidades da região. Em 1859, a companhia tornou-se numa sociedade por quotas denominada LeCoultre-Borgeoud & Cie, numa altura em que muitos artesãos combatiam o recurso a máquinas como o Milionomètre por considerarem que «desvalorizavam o labor humano e alienavam o espírito».

Arte e engenho © Paulo Pires / Espiral do Tempo
O olho e a mão. A arte e o engenho dos mestres relojoeiros da manufatura Jaeger-LeCoultre © Paulo Pires / Espiral do Tempo
Arte e engenho | Manufatura Jaeger-LeCoultre

A partir de 1860, Antoine LeCoultre passou a fazer movimentos mais complicados, que até então eram demasiado frágeis devido a imperfeições no fabrico manual dos seus componentes. Investiu sempre o lucro e inventou mais maquinaria específica. O seu atelier foi crescendo. Entre 1860 e 1900, fabricou mais de 350 calibres diferentes, dos mais simples aos mais complexos e até às grandes complicações que combinavam calendário perpétuo, cronógrafo e repetição minutos. A reforma de Antoine em 1877 e a passagem da empresa aos filhos implicou a indemnização a Auguste Borgeaud (um quarto de milhão de francos) e a mudança do nome para LeCoultre & Cie – claramente a empresa mais importante da região, com 480 empregados, grande capacidade de produção com a ajuda das máquinas mais avançadas e ateliers dotados de eletricidade logo um ano após a criação da primeira rede elétrica por parte de Thomas Edison. Já era então apelidada ‘Grande Maison’. Quase metade da população ativa da região estava empregada, na altura, em empresas com raízes na família LeCoultre e dedicadas à micromecânica.

Jaeger-LeCoultre Double Complication, relógio de bolso de 1928. © Jaeger-LeCoultre
Jaeger-LeCoultre Double Complication, relógio de bolso de 1928. © Jaeger-LeCoultre

Século XX e o casamento histórico

Elie LeCoultre, o filho mais velho de Antoine, manteve-se no patamar da excelência e empurrou a companhia para o século XX. E chegou a preconizar o emprego de mais mulheres, «por o trabalho ser mais regular e menos caro». Em 1888, dirigiu a criação de um novo edifício que ajudou a aumentar a produção. A crise geral que se seguiu deixou a nu falhas de gestão. E foi o seu filho Jacques-David que se tornaria fundamental para o futuro da empresa.

Esq.: Master Grande Tradition Grande Complication © Paulo Pires / Espiral do Tempo; Dta.: Jacques-David LeCoultre © Jaeger-LeCoultre
Esq.: Master Grande Tradition Grande Complication © Paulo Pires / Espiral do Tempo; Dta.: Jacques-David LeCoultre © Jaeger-LeCoultre

‘Nascido’ nos ateliers e formado em todas as especialidades da relojoaria, tornou-se chefe de produção, em 1900, e diretor-geral, em 1906; para além do seu conhecimento técnico, apresentava também um apurado instinto comercial e empresarial: comprou as ações que estavam na posse dos outros herdeiros LeCoultre, integrou todos os mestres relojoeiros na manufatura e internacionalizou o negócio com filiais em Paris, Londres e Nova Iorque. Quis ir mais longe do que a mera produção de componentes e calibres. Foi sob a sua égide que entraram na coleção os lendários relógios Reverso e Duoplan. E se estabeleceu a ligação histórica com o famoso relojoeiro francês Edmond Jaeger – de origem alsaciana e fornecedor de cronómetros de marinha e instrumentação de bordo – por alturas do grande arranque das indústrias do automóvel e da aviação.

Esquerda: publicidade de instrumentos de bordo Jaeger datada entre 1927 a 1933 © Jaeger-LeCoultre. Direita: Jaeger-LeCoultre Master Chronograph, num Cadillac Series 75 de 1947 em cujo tablier se pode observar um velocímetro Jaeger. © Paulo Pires  /Espiral do Tempo
Esquerda: publicidade de instrumentos de bordo Jaeger datada entre 1927 a 1933 © Jaeger-LeCoultre. Direita: Jaeger-LeCoultre Master Chronograph, num Cadillac Series 75 de 1947 em cujo tablier se pode observar um velocímetro Jaeger. © Paulo Pires /Espiral do Tempo

Em 1903, houve um primeiro acordo escrito entre ambas as partes. A partir de 1904, todos os movimentos acabados e montados por Jaeger passaram a ser produzidos pela LeCoultre & Cie. A partir de 1907, Edmond Jaeger também participaria na conceção de relógios lendários da Cartier, como o Santos e o Tank. Por sua vez, Jacques-David fez com que a LeCoultre & Cie se tornasse no fornecedor exclusivo de calibres para a Patek Philippe, que já era cliente de componentes relojoeiros desde 1850. Também se mostrou bem mais próximo dos seus trabalhadores do que os seus antecessores, o que lhe facilitou o controlo da empresa perante as querelas familiares. E a Primeira Guerra Mundial acelerou o sucesso da ligação Jaeger/LeCoultre, devido à necessidade de mecanismos vários e instrumentação para os aviões. Durante o conflito houve 100.000 instrumentos Jaeger, com movimentos fabricados na Vallée de Joux e finalizados em Paris, a equiparem as aviações francesa, inglesa, italiana e americana. O que facilitou a fusão entre a Jaeger e a LeCoultre. A partir do final da guerra, os instrumentos passaram a ser utilizados pelas mais importantes marcas de automóveis da altura, como a Bamford & Martin (depois Aston Martin), Bugatti, Bentley, Delaunay-Belleville, Rover e Cadillac.

Primórdios de um ícone: um Reverso de 1931 com mostrador preto. © Johann Sauty / Jaeger-LeCoultre
Primórdios de um ícone: um Reverso de 1931 com mostrador preto. © Johann Sauty / Jaeger-LeCoultre
Reedição de um ícone: Grande Reverso 1931 Rouge Boutique Edition © Paulo Pires / Espiral do Tempo
Reedição de um ícone: Grande Reverso 1931 Rouge Boutique Edition © Paulo Pires / Espiral do Tempo

As várias unidades de produção Jaeger e o atelier LeCoultre & Cie foram integrados, em 1927, numa holding – a Societé Anonyme de Produits Industriels et Commerciaux (SAPIC, um dos primeiros ‘conglomerados do luxo’), que chegou a adquirir uma quota relevante no capital da Patek Philippe; na altura, a LeCoultre estava dividida em duas companhias, a que produzia os relógios em Le Sentier e a que geria as vendas com base em Genebra. O Duoplan já tinha nascido em 1925, com um movimento em dois planos que permitia incluir um balanço grande (da dimensão dos relógios de bolso, mais precisos) e uma revolucionária garantia de substituição em caso de avaria; em 1929, foi concebido o mais pequeno calibre mecânico do mundo, o 101; e, em 1931, nascia o Reverso, na sequência de um projeto de César de Trey (que então se ocupava dos negócios da LeCoultre & Cie) e Alfred Chauvot (um engenheiro francês).

Atmos, o emblemático relógio de mesa da Jaeger-LeCoultre que se alimenta das oscilações de temperatura na exibição Masterpiece London © Miguel Seabra / Espiral do Tempo
Atmos, o emblemático relógio de mesa da Jaeger-LeCoultre que se alimenta das oscilações de temperatura © Miguel Seabra / Espiral do Tempo

A SAPIC comprou, em 1937, a companhia de Edmond Jaeger, denominada Etablissements Ed. Jaeger, e adquiriu também uma quota relevante na Vacheron & Constantin em 1938. Nessa altura, os relógios eram vendidos nos Estados Unidos sob o nome ‘LeCoultre’, através de uma empresa distribuidora designada Vacheron & Constantin LeCoultre Company. As duas marcas mantiveram-se independentes, se bem que a Vacheron usasse apenas movimentos LeCoultre. Entretanto, ficava decidido que a ligação entre a Jaeger e a LeCoultre se tornaria finalmente formal nos mostradores dos relógios produzidos. Uma designação composta por um nome de origem germânica (via Alsácia francesa) e outro de origem suíça (via colonização francesa) que ficou para a posteridade.

Jaeger-LeCoultre Deep Sea Vintage Chronograph @ Paulo Pires / Espiral do Tempo Boutique Edition
Inspiração rétro: o Deep Sea Vintage Chronograph Boutique Edition © Paulo Pires / Espiral do Tempo
Reinterpretação de um clássico em edição limitada: o Master Memovox de mostrador azul para as boutiques Jaeger-LeCoultre
Reinterpretação de um clássico em edição limitada: o Master Memovox Boutique Edition de mostrador azul © Susana Gasalho / Espiral do Tempo

Integração total e século XXI

Nas décadas de 50 e 60, a Jaeger-LeCoultre era claramente a empresa relojoeira mais integrada do mundo; surgiram nessa época outros modelos lendários, como o Futurematic, o Geophysic, o Geomatic e o Memovox. Depois da Segunda Guerra Mundial, Georges Ketterer tinha assumido o papel de administrador da companhia e, em 1965, trocou ações da SAPIC para se tornar dono da Vacheron Constantin – antes de a vender ao xeique Yamani (três décadas depois, as duas marcas voltariam a estar juntas sob o teto da Richemont). Por sua vez, Roger LeCoultre (bisneto de Antoine) assumiu os destinos da SAPIC, entretanto rebatizada SAPHIR – vendendo-a em 1969 a Henry e Barbara Favre, donos da Favre-Leuba. Com a crise do quartzo, as coisas complicaram-se para todos na indústria relojoeira, até que a SAPHIR foi vendida à VDO Automotive em 1978. Em 1986, a VDO vendeu 40 por cento da SAPHIR à Audemars Piguet, que continuava a precisar de calibres Jaeger-LeCoultre.

Jaeger-LeCoultre Master Ultra Thin Tourbillon © Espiral do Tempo
Jaeger-LeCoultre Master Ultra Thin Tourbillon © Espiral do Tempo
Geophysic True Second © Espiral do Tempo
Geophysic True Second © Espiral do Tempo

Num autêntico emaranhado de marcas e personalidades ao longo da segunda metade do século XX, a Jaeger-LeCoultre (cuja diversificação incluiu o fabrico de máquinas fotográficas utilizadas por espiões!) passou a ter a companhia da IWC no âmbito da VDO, tornada VDO/Mannesmann/Vodaphone – que nomeou Günter Blümlein administrador das duas marcas, sendo depois escudado por Henry-John Belmont na Jaeger-LeCoultre e apoiando Walter Lange na ressurreição da Lange & Söhne, a partir de 1990. As três marcas, juntas sob a nomenclatura ‘Les Manufactures Horlogères’, foram adquiridas pelo grupo Richemont, em 2000, que por sua vez nomeou Jérôme Lambert como responsável pela Jaeger-LeCoultre, em 2001… e deu à Grande Maison um novo élan industrial, tornando-a ainda maior.

JAEGER LECOULTRE - MASTER GRANDE TRADITION GRANDE COMPLICATION: Pormenor da base de apoio do gongo catedral de secção quadrada que fica em contacto com o vidro de safira.
Master Grande Tradition Grande Complication: pormenor da base de apoio do gongo catedral de secção quadrada que fica em contacto com o vidro de safira © Espiral do Tempo

O resto é, como, se costuma dizer, história.

Jaeger-LeCoultre Rendez-Vous Night & Day na Casa da Cerca
A projeção feminina da manufatura © Paulo Pires / Espiral do Tempo

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