Efeito borboleta e reserva de corda como estrelas do mostrador

Dois modelos que fazem da reserva de corda a função estrela e um modelo que se distingue pela peculiar decoração do mostrador: falamos do Master Ultra-Thin Réserve de Marche da Jaeger-LeCoultre, do Lange 31 da A.Lange & Söhne e do Château de Môtiers 40 da Bovet – as novidades que destacamos esta semana.

Jaeger-LeCoultre Master Ultra Thin Réserve de Marche

A histórica linha Master personifica a ideia circular do tempo preconizada pela Jaeger-LeCoultre, por contraponto ao seu ícone retangular Reverso. E os novos Master Ultra Thin de mostrador azul têm de ser devidamente realçados; o Small Second e o Réserve de Marche transportam dois mostradores típicos da coleção para uma variante cromática diferente dos tons prateado e preto dos modelos regulares de catálogo. Dos dois, salientamos o Réserve de Marche.

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Jaeger-LeCoultre | Master Ultra-Thin Réserve de Marche © Jaeger-LeCoultre

Porque o destacamos:

 * Porque é o paradigma da elegância, com proporções ideais a partir da combinação entre um diâmetro contemporâneo (39mm) e uma espessura clássica (9,85 mm).

* Porque é um relógio puro que se cinge aos princípios fundamentais e imediatos do tempo: os segundos (no submostrador às 6 horas), os minutos e as horas, mas acrescenta-lhe ainda um indicador de reserva de corda (às 9 horas) e data (às 2 horas).

* Porque as funções estão devidamente dispostas e organizadas, num efeito quase simétrico e muito harmonioso.

* Porque é um objeto de rara beleza, potenciada pelo contraste entre os seus ponteiros e indicadores prateados sobre o mostrador raiado de um profundo azul.

* Porque é um relógio com movimento próprio de manufatura e que pisca o olho à alta-relojoaria, mas cuja caixa em aço o mantém numa faixa de preço ‘democrática’.

Algumas notas técnicas:
Jaeger-LeCoultre
Master Ultra-Thin Réserve de Marche

Referência/ 137 84 80
Movimento/ Corda automática Calibre JLC 938/1, 41 rubis, 28’800 alt/h, 43 horas de reserva de corda.
Funções/ Horas, minutos, pequenos segundos, data e indicação de reserva de corda.
Mostrador/ Azul, soleillé.
Caixa Ø 39 mm / Aço, vidro de safira com tratamento antirreflexos, vidro de safira no fundo, estanque até 5 bar.
Bracelete/ Pele de aligátor azul.
Preço/  € 8.900

Consulte o site oficial da Jaeger-LeCoultre para mais informações.

A. Lange & Söhne Lange 31

A. Lange & Söhne | Lange 31 © A. Lange & Söhne
A. Lange & Söhne | Lange 31 © A. Lange & Söhne

É uma das especialidades da Lange & Söhne, embora ande um pouco ‘perdida’ entre as muitas outras especialidades tornadas relógios de culto na história contemporânea da manufatura de Glashütte. Entre o Lange 1, as obras-primas com o selo Pour le Mérite, o Datograph, a linha Zeitwerk e tudo o resto é compreensível que o Lange 31 não seja o primeiro modelo que venha à lembrança. Mas, este ano, no Salon International de Haute Horlogerie, o Lange 31 voltou a saltar para a ribalta numa variante em ouro branco com mostrador cinzento.

A. Lange & Söhne | Lange 31 © A. Lange & Söhne
A. Lange & Söhne | Lange 31 © A. Lange & Söhne

Porque o destacamos:

* Porque não nos podemos esquecer que há já mais de uma década que o Lange 31 se mantém como o primeiro e único relógio de pulso dotado de uma reserva da corda de 31 dias e um escape de força constante que distribui energia de modo uniforme. Falamos assim de uma especialidade menos óbvia – o que faz dele um relógio muito particular.

* Porque, à primeira vista, o Lange 31 parece ser um relógio simples – embora não passe propriamente despercebido com a sua monumental caixa de praticamente 46 milímetros de diâmetro (mais exatamente 45,9mm) por 15,9 de espessura.

* Porque o peso revela logo que algo de especial está dentro: um movimento de corda manual que assegura o funcionamento contínuo durante 744 horas graças a dois tambores gémeos de corda com uma mola de 1,85m cada, sendo a precisão assegurada do princípio ao fim do arco de reserva de marcha devido a um dispositivo de força constante que distribui uma quantidade constante de energia ao escape a cada dez segundos; consequentemente, o balanço oscila sempre com a mesma amplitude ideal desde o primeiro até ao trigésimo primeiro dia, quando um dispositivo de segurança limitador bloqueia o movimento. As poderosas molas principais são carregadas através de uma chave fornecida em separado que se insere numa cavidade quadrangular localizada no fundo do relógio.

* Porque, além de ser um prodígio de ordem técnica, também surge como um relógio muito bonito, muito elegante e com um toque de ‘cavalheirismo’ que tanto associamos aos modelos A.Lange & Söhne.

* Porque é uma edição limitada a 100 exemplares.

Algumas notas técnicas:
A.Lange & Söhne
Lange 31

Referência/ 130. 039
Edição limitada a 100 exemplares
Movimento/ Corda manual Calibre Lange L0341.1, 62 rubis, 21’600 alt/h, 31 dias de reserva de corda (744 horas), com a carga máxima.                                                                                                       Funções/ Horas, minutos, pequenos segundos com stop-seconds, indicador de reserva de corda.
Mostrador/ Prata maciça, tom cinzento. Ponteiros em ouro galvanizado.
Caixa Ø 45 mm / Ouro branco, vidro de safira com tratamento antirreflexos, vidro de safira no fundo, estanque até 5 ATM.B
Bracelete/ Pele de aligátor cosida à mão, castanha escura. Fivela em ouro branco.
Preço/ Sob consulta

Consulte o site oficial da A.Lange & Söhne para mais informações.

Bovet 1822 Château de Môtiers 40

Bovet 1822 | Château de Môtiers 40 © Bovet 1822
Bovet 1822 | Château de Môtiers 40 © Bovet 1822

A Bovet 1822 apresentou recentemente, numa estreia mundial, o Château de Môtiers 40 que se distingue pelo bonito mostrador decorado com uma borboleta. Mas o mais interessante é mesmo o segredo que a borboleta guarda. E é essa a principal razão pela fazemos referência a este modelo. Vamos lá então.

Bovet 1822 | Château de Môtiers 40 © Bovet 1822
Bovet 1822 | Château de Môtiers 40 © Bovet 1822

Porque o destacamos:

* Porque o mostrador em madrepérola é decorado com uma técnica inovadora (inédita, segundo a marca) no domínio das artes decorativas: uma combinação de pintura em miniatura com a aplicação em camadas de um material luminescente. O resultado é fascinante, já que a borboleta, centro das atenções, brilha no escuro;

* Porque o processo associado à criação do mostrador chama a atenção. Assim como a apreciação de um relógio como este implica descobri-lo à luz do dia e à luz da noite, também o artesão que o pinta tem de alternar constantemente entre uma sala iluminada e uma sala escura – de modo a ter perfeita noção do andamento do seu trabalho. Basicamente, é utilizado o mesmo nível de detalhe com o material luminescente – como se fossem duas pinturas numa só.

* Porque os originais ponteiros são um pormenor dinâmico, num mostrador que, apesar da decoração, até prima pela simplicidade.

* Porque a opção por uma caixa em ouro rosa com luneta cravejada de diamantes contribui de forma decisiva para enaltecer o trabalho artístico do mostrador. O facto de ter 40mm é o tamanho ideal: nem muito grande, nem muito pequeno. Perfeito porque se destaca sem exageros.

* Porque a asa da caixa para fixação da bracelete faz lembrar um relogio de bolso. Um detalhe que, por outro lado, contrasta com os tons primaveris das braceletes – azul e verde – a combinar com a borboleta.

* Porque no seu todo é um relógio original e  não só se apresenta como uma estreia, como surge como uma edição que complementa o 195º aniversário da marca.

Algumas notas técnicas:
Bovet 1822
Château de Môtiers 40

Referência/ 135 84 80
Movimento/ Corda automática Calibre 11BA15, 28’800 alt/h, 42 horas de reserva de corda.
Funções/ Horas e minutos.
Mostrador/ Madrepérola com pintura em miniatura de uma borboleta
Caixa Ø 40 mm / Ouro rosa, estanque até 30 metros. Luneta e asa superiro para fixação da bracelete cravejada de diamantes.
Bracelete/ Pele de aligátor azul ou verde, consoante a versão, com fivela.
Preço/ Sob consulta

Consulte o site oficial da Bovet 1822 para mais infomrações.

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