Acabámos de aterrar na Ilha do Pico, Açores. Passam poucos minutos das 10 horas da manhã. Foi este o destino prometido ao vencedor do passatempo fotográfico Oris Mar Português, promovido pela Oris, com o apoio da National Geographic Portugal e da Espiral do Tempo e que teve o fotógrafo Nuno Sá como padrinho.
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Reportagem que complementa o test drive publicado no número 57 da Espiral do Tempo (edição outono 2016)
Se bem que estávamos apenas a sair do aeroporto e muito havia ainda para fazer, foi inevitável contemplar o Pico por uns momentos e fazer uma primeira foto sob a luz leitosa e indecisa da manhã. Afinal, majestoso, é o Pico que domina a paisagem.
Durante três meses, a Oris recebeu submissões fotográficas de todo o continente e ilhas.
O prémio era uma viagem à Ilha do Pico para um workshop de fotografia subaquática com Nuno Sá, padrinho do passatempo. Mas a viagem serviria também para fazer um teste no terreno a alguns modelos da marca suíça.
Uma curta viagem de táxi até Madalena, onde ficámos alojados, um almoço rápido e eis que chega o consagrado fotógrafo português.
Apresentações feitas, boa disposição reinante até que o Nuno abre as hostilidades com um pragmático:
— Então, prontos para mergulhar?
Oris Aquis Small Seconds
Bem dito, bem feito. Foi terminar de beber o café e começar a organizar o equipamento para uma viagem de barco até perto da Ilha do Faial onde iria mergulhar com o seu Aquis Depth Gauge Chronograph e a equipa da Espiral do Tempo iria captar umas imagens (à superfície claro!).
O mundo subaquático estaria a cargo do próprio Nuno Sá e do dive master Pascal que nos acompanhou.
Não pudemos perder a oportunidade de registar alguns momentos, antes de embarcarmos, com o Aquis Small Seconds que tínhamos levado desde Lisboa.
Largámos amarras e que experiência fantástica!
Navegar a toda a velocidade pelo canal entre as Ilhas do Pico e do Faial, abrandando aqui e ali, onde o Nuno e o Pascal avaliavam as condições de visibilidade do mar para as fotos subaquáticas. O inacreditável mar açoreano, o rude negro da rocha vulcânica e o luxuriante verde fizeram-me pensar em como estão certos todos aqueles que consideram os Açores como um paraíso terreno.
Eu, pessoa não muito dada a profundidades, dei por mim a olhar a rocha vulcânica, porosa, rompida por arbustos e a pensar em como Miguel Torga teria gostado desta paisagem rudemente bela.
A uma indicação do Nuno Sá, o skipper Mark Cardoso lançou ferro. «Será um mergulho entre os 8 e os 10 metros de profundidade. Preparam-se as câmaras.» Capto esses momentos o melhor que posso devido à ondulação. Irei ficar no barco com Pedro Esteves, vencedor do passatempo, enquanto Nuno e Pascal vão desaparecer no azul durante perto de duas horas.
Uma longa espera
Foi uma longa espera… o barco balançava ao sabor da ligeira ondulação e, apesar da tranquilidade e da beleza do cenário, o tal almoço rápido começou a querer fazer o caminho inverso. O skipper ria-se deste pobre habitante citadino e o Pedro Esteves mordiscava bolachas tranquilamente.
Eis que surgem o Nuno e o Pascal. A missão deles era fotografarem o Oris Aquis Depth Gauge Chronograph, mas também verificar se o profundímetro característico deste modelo correspondia ao anunciado pela marca. Às 12 horas existe uma abertura que deixa entrar água para um pequeno tubo circular que acompanha luneta. A profundidade é indicada pela pressão que ‘empurrando’ ou deixando ‘retrair’ a água nos indica o valor.
A abertura a que nos referimos está logo por cima da palavra ZERO, situada às 12 horas no mostrador.
Voltando à nossa história, Nuno e Pascal surgem e partilham que conseguiram boas imagens. O profundímetro funcionou em pleno e a visibilidade debaixo de água também mereceu destaque. Well done Oris!
Oris Aquis
Quanto a mim, já refeito do orgulho ‘às voltas’, só conseguia pensar em azul e amarelo. Afinal são também as cores da bandeira açoreana, e estava deliciado por poder captar alguns momentos, no terreno, naquele enquadramento, juntamente com novos amigos que, além da relojoaria, partilhavam também a paixão pela fotografia.
Admito que o Oris Aquis Depth Gauge Chronograph é um belo objeto, é bonito ao olhar. Sim é uma peça mecânica, complexa e forçosamente robusta e precisa. Para todos aqueles que, como o Nuno Sá, mergulham diariamente a várias profundidades, este instrumento tem que ser absolutamente fiável. Para todos aqueles que fazem do mergulho um hobbie, as mesmas exigências são requeridas e para todos aqueles que apenas gostam do aspeto sólido e robusto de um relógio funcional este Oris tem tudo – é um relógio belo e poderoso.
Espíritos em alta com a missão cumprida rumámos ao porto da Ilha do Faial onde iríamos tomar uma bebida no mais célebre dos bares atlânticos, o Peter Café Sport.
Eu usei o Aquis Small Seconds desde Lisboa e se, de início, senti o peso no pulso, sobretudo com a bracelete em aço, rapidamente essa sensação deu lugar à de ter um relógio três ponteiros/ data, simples, preciso, legível e, sobretudo, robusto, no pulso. E parecem ser estas as palavras de ordem, creio eu, quando nos referimos à coleção Aquis: legibilidade e robustez.
Final de dia
Uma bebida no Peter Café Sport, o Sol já a decair e rumámos de volta ao Pico, numa travessia algo agitada, visto que rapidamente as condições do mar se alteraram. Nada que o Marco Cardoso não soubesse lidar com sentido de humor e competência.
Cheguei ao hotel, tomei um banho e não quis desperdiçar a maravilhosa luz dourada que entrava pelo porto aquela hora. Saí e levei comigo o Aquis Small Seconds. Naquele momento não estava de todo interessado nos aspetos funcionais ou de robustez, estava apenas interessado em captar uns fotogramas naquele maravilhoso cenário de final de tarde.
A verdade é que quando se adquire uma peça de relojoaria mecânica, seja a este nível, seja ao nível da alta-relojoaria, podemos recorrer a todos os argumentos racionais para justificar a compra mas… no final de tudo, naqueles breves segundos que antecedem a decisão, creio que o argumento mais recorrente é: «sacana do relógio, é mesmo giro»!
No final do dia foi altura para partilhar algumas emoções com os meus colegas em Lisboa e enviar imagens para a atualização da página de Instagram da Espiral do Tempo.
Foi um dia fantástico mas o programa do dia seguinte prometia novas descobertas. A alvorada seria às 06h00 para rumarmos à Lagoa do Capitão…
Galeria de imagens
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