Perante a surpresa geral, a Raymond Weil lançou uma nova coleção em 2023 que não só apanhou toda a gente desprevenida como lhe valeu logo depois um prestigiado galardão no Grand Prix d’Horlogerie de Genève. Este ano, a linha Millesime está a ser enriquecida com um cronógrafo e um modelo dotado de fases da Lua.
Por vezes é preciso um passe de mágica ou um toque de Midas. A Raymond Weil tem prosseguido com o seu trajeto independente num universo mediático dominado sobretudo pelos conglomerados de luxo, pela alta-relojoaria independente e também pela proliferação de micromarcas num patamar de preço mais acessível — como tem sido apanágio desde a sua fundação, em 1976, a marca genebrina mantinha uma coleção competente e bem definida para o seu público-alvo, mas ultimamente estava a precisar de algo de diferente. E surgiu a linha Millesime.

‘Millesime’ significa vintage, em francês corrente. Mas a nova coleção não se trata de uma qualquer reinterpretação ou uma imitação do passado, com patina forjada ou luminescência em tons que imitam o desgaste dos relógios antigos. A linha Millesime é a realização contemporânea de uma coleção transposta de outros tempos. Como se os relojoeiros das décadas de 40 e 50 tivessem chegado a 2024 numa máquina do tempo.

O advento da gama Millesime surpreendeu muita gente, a começar pela imprensa especializada. Os relógios Raymond Weil caraterizavam-se pelo equilíbrio entre ergonomia, harmonia e sobriedade, numa simbiose entre técnica e estética patente nas diversas linhas que compunham o catálogo da marca e andavam normalmente entre o clássico e o contemporâneo. Faltava um relógio que apelasse mais para os puristas, um modelo que capturasse o imaginário dos aficionados. E o Millesime conseguiu esses objetivos, com uma estética apelativa assente em elementos de estilo rétro e um tamanho especialmente versátil… a um preço muito atrativo. Essas valências permitiram à Raymond Weil ganhar a categoria ‘Petite Aiguille’ (relógios de preço até 2.000 euros) com o seu Millesime Small Seconds no Grand Prix d’Horlogerie de 2023.

Millesime: novidades 2024
Este ano, a Raymond Weil puxou naturalmente pela coleção millesime no Watches and Wonders. Apresentou um novo tamanho de 35mm, uma nova variante com fases da lua, uma versão cronográfica e também novas cores de mostrador. A marca apresenta-os como «relógios de inspiração vintage perfeitamente em sintonia com a vida moderna», que «prestam tributo à rica herança e tradição relojoeira ao mesmo tempo que celebram a simplicidade do design sofisticado». Os mostradores são reminiscentes dos chamados sector dials das décadas de 1920 e 1930, assim apelidados por estarem seccionados; outro elemento de estilo da velha guarda é a discreta cruz (denominada crosshair) central.
A coleção começou com modelos dotados de um submostrador de pequenos segundos e segundos centrais, em caixas de aço com 39,5mm de diâmetro. Os primeiros tons de mostrador usados foram o prateado e o antracite. Entretanto, a paleta de cores já se estendeu às tonalidades azul, verde, encarnada e salmão.




E depois das caixas em aço surgiram também as de aço com revestimento dourado a PVD para um look mais quente. Obviamente, o sucesso implicou também um tamanho midsize de 35mm mais adequado a pulsos menos grandes, a senhoras e a apreciadores de diâmetros mais pequenos. Também já surgiram braceletes metálicas (de cinco elos, uma tradição da marca) como alternativa às correias de pele com costura ‘mosca’.

As novas variantes com fases da Lua e cronógrafo também prometem seduzir uma alargada clientela. No caso do millesime Moon Phase, o disco das fases da Lua apresenta o satélite da terra com um bem humorado rosto humano. Já o millesime Chronograph apresenta uma figuração tricompax, entre contadores contrastantes para oferecer mais vivacidade ao mostrador ou monocromáticos para um visual mais discreto. Todos os modelos são motorizados por movimentos de base Sellita de carga automática, devidamente personalizados com massas oscilantes da Raymond Weil.


Algumas das novidades só estarão disponíveis a seguir ao verão, mas já há muito para escolher — e o potencial da linha millesime é tal que há muitas direções que podem ser tomadas para a enriquecer. O que abre excelentes perspectivas para a companhia fundada em 1976 por Raymond Weil, sogro do anterior CEO, Olivier Bernheim, e avô do atual CEO, Elie Bernheim.
A Raymond Weil começou por ocupar um lugar de destaque no seio da relojoaria suíça nos finais da década de 70 e ganhou excelente reputação em Portugal na década de 80. Para essa fama muito contribuiu uma notável capacidade de adaptação face aos desafios colocados pelo setor da relojoaria nas últimas quatro décadas: primeiro apoiando-se na revolução do quartzo para conceber relógios elegantes e de rosto tradicional; depois acompanhando a tendência de regresso aos calibres mecânicos; atualmente registando um desenvolvimento harmonioso no universo do luxo — mas sem nunca perder a identidade familiar e mantendo uma independência pouco comum no atual panorama relojoeiro.

Visite o site oficial da Raymond Weil para mais informações.