Qual a melhor forma de celebrar os 90 anos de um relógio incontornável no portefólio de uma marca? Celebrando em grande. Foi isso mesmo que a Jaeger-LeCoultre fez este ano. Não contente com as duas faces do seu Reverso, a Grande Maison inspirou-se e acrescentou-lhe mais duas. Conseguindo ainda juntar-lhe 11 complicações. O novo Reverso Hybris Mechanica Calibre 185 é uma verdadeira surpresa e um universo de pulso também.
A Jaeger-LeCoultre celebra este ano os 90 anos do Reverso em grande ao apresentar não apenas o primeiro relógio de pulso com quatro mostradores, mas também o Reverso mais complicado de sempre.
O novo Reverso Hybris Mechanica Calibre 185 é o resultado de mais de seis anos de desenvolvimento, e combina diversas áreas de conhecimento fundamentais da marca com complicações astronómicas. O relógio compreende assim 11 complicações, nomeadamente, calendário perpétuo, repetição de minutos e três indicações do ciclo lunar (nunca antes apresentados juntos num relógio de pulso), o que obrigou ao requerimento de 12 patentes. Aqui ficam então seis razões (entre muitas) para ficarmos rendidos a este novo relógio de pulso.
1 | É um Hybris
A coleção Hybris é um símbolo da ambição e da expansão de horizontes da relojoaria suíça preconizados pela marca suíça. Depois de ler este artigo, verá que tudo faz sentido, ou seja, não é à toa que o novo Reverso vem integrar a família Hybris Mechanica. Lançada em 2003 com o Atmos Mystérieuse, a coleção engloba já vinte criações de cortar a respiração, não apenas pelo lado inovador, como pelos designs conseguidos e complexidade acrescida. E todos eles são relógios que brindam a um dos lados que mais nos fascinam no âmbito da relojoaria mecânica: a inventividade sem medos, mas estruturada e ancorada num legado de respeito.
2 | É complicado, mas pensado para ser usado no pulso
Se pensamos em relógios com demasiadas complicações – ou seja, com muitas funções além das horas e dos minutos – talvez nos possa ocorrer que é um relógio para ficar guardado, que tem difícil leitura ou que terá a complicação acrescida da sua usabilidade no pulso. Mas foi mesmo isto que se quis contrariar: a marca refere que ter muitas complicações num relógio só faz sentido se elas puderem ser exibidas de modo legível e compreensível, e se o relógio puder ser usado confortavelmente.
Por isso, o novo Reverso Hybris Mechanica combina relojoaria de precisão, relojoaria acústica e complicações celestiais no espaço de uma caixa reversível com 51 mm x 31 mm x 15 mm em termos de dimensões. Tudo muito bem arrumadinho. E a sua complexidade e virtuosidade dizem-nos que este é um relógio pensado para ser usufruído. Mesmo sabendo que se trata de uma edição limitada a apenas 10 exemplares, não tem de ser necessariamente encarada como uma peça de museu. Por mais estranho (ou não) que possa parecer.
3 | É um relógio com quatro faces
Sendo um Reverso, o novo relógio tem desde logo a vantagem de ter duas faces. A surpresa passa, no entanto, pelo aproveitamento de outras faces graças à caixa reversível, pelo que o Reverso Hybris Mechanica Calibre 185 é o primeiro relógio de pulso com quatro mostradores. Daí também o nome Quadriptyque que lhe está associado. No fundo todas as faces da caixa são aproveitadas, inclusive a base onde ela assenta, bem como o fundo dessa mesma base.
Tal foi possível graças a uma solução que foi usada pela primeira vez no Reverso Hybris Mechanica Grande Complication à Triptyque, de 2006: todos os dias, à meia-noite, um pino estende-se para fora do mecanismo principal para ativar um corretor mecânico na base da caixa, que faz avançar os mostradores desta. O mecanismo que impulsiona os mostradores da base da caixa é inserido na própria base, sem placa de movimento adicional.
4 | É um relógio com 11 complicações
À partida parece difícil descortinar as 11 complicações. Mas vamos então tentar. O mostrador principal indica as horas e minutos por meio de ponteiros e inclui um turbilhão voador – sem ponte superior, portanto – que realiza uma rotação por minuto e que permite indicar também os segundos. Neste mesmo mostrador temos ainda um calendário perpétuo – que apresenta a data correta, apesar do número irregular de dias de cada mês, tendo também em conta os anos bissextos – com indicação do dia, mês, ano bissexto, claro, e ainda do dia e da noite. Às 5 horas, encontra-se a grande data para melhor legibilidade. As indicações de calendário mudam instantaneamente à meia-noite.
Ao virar sobre si mesma, a caixa revela o segundo mostrador e é aqui que nos podemos deliciar com o lado musical deste relógio de pulso. Na base da caixa descobrem-se os pequenos martelos que, batendo em gongos, indicam-nos o tempo sonoramente. E o melhor é que podemos assistir ao espetáculo porque o mecanismo de repetição, ativado por meio da alavanca junto à coroa, mantém-se à vista. O batimento dos martelos em notas graves corresponde ao número de horas, o batimento em par alternado de notas agudas e graves indica os quartos de hora e, por fim, uma sucessão de notas agudas, indica o número de minutos que devem ser acrescentados aos quartos de hora para totalizar as horas certas. A juntar ao lado acústico encontra-se ainda uma indicação digital saltante das horas e dos minutos com a mesma hora do mostrador principal e da repetição de minutos.
A base interior da caixa, revelada graças à reversibilidade do relógio, apresenta a indicação de diversos fenómenos associados ao ciclo lunar. A parte superior do mostrador indica as fases da Lua no Hemisfério Norte, que exige apenas um ajuste após 1111 anos, o Ciclo Lunar Draconiano (altura da Lua), o Ciclo Lunar Anomalístico (distância variável entre a Terra e a Lua), o mês e o ano. Este é o primeiro relógio de pulso a concentrar em si a indicação de todos estes fenómenos associados ao ciclo lunar, o que permite, por exemplo, determinar eclipses e fenómenos como as superluas. Por fim, a face exterior da base da caixa funciona como um quarto mostrador no qual é exibida a representação das fases da Lua no Hemisfério Sul, com um bonito mapa celeste como fundo.
5 | É um relógio que une precisão, acústica, astronomia e artes
Com quatro faces, este relógio foi meticulosamente pensado, construído e decorado. Tudo nele são detalhes fruto também do legado da própria marca, nas diversas áreas que permitiram construir um relógio como este. Por exemplo, o sistema de repetição de minutos reúne uma série de elementos que fazem parte do know-how da Jaeger-LeCoultre no que diz respeito a complicações acústicas, entre eles um sistema silencioso para regular o toque, patenteado pela Manufatura em 1895, os gongos de cristal, acoplados diretamente ao vidro para melhor aproveitamento das propriedades acústicas deste material (solução dominada também pela manufatura), o perfil transversal e quadrado dos gongos ou ainda os martelos articulados denominados Trebuchet. Todos estes elementos contribuem para uma experiência ímpar na hora de ouvir o tempo a passar.
Depois temos o lado estético e decorativo, perfeitamente exemplificado pela decoração Clous de Paris do mostrador principal ou pelos elementos associados às indicações dos ciclos lunares, tais como as representações do Sol, da Terra, da Lua ou do próprio fundo celeste repleto de estrelas. Micropintura em esmalte, gravação e guilloché são algumas das artes aqui representadas.
6 | É entregue num estojo muito especial
Para acomodar o novo modelo, a marca criou um estojo com mecanismo integrado que permite definir rapidamente todas as indicações de calendário e astronómicas depois de o relógio ter sido usado. Na lateral do estojo encontra-se uma coroa que permite definir o número de dias que se passaram desde que o relógio foi usado pela última vez. A segunda posição da coroa permite dar corda de modo a que o relógio possa regressar à data atual em todas as indicações de calendário. Tal é possível com o relógio assente no suporte de correção. A marca refere que não há risco de sobrecorrigir ou de danificar o movimento, pois todo o processo é controlado pelo mecanismo corretor do estojo.
Visite o site oficial da Jaeger-LeCoultre para mais informações.
Características Técnicas
Jaeger-LeCoultre
Reverso Hybris Mechanica Calibre 185
Edição limitada a 10 exemplares
Referência | Q7103420
Movimento | Calibre Jaeger-LeCoultre 185 de corda manual, 50 horas de reserva de corda
Funções |
Mostrador 1: Horas, minuto, turbilhão (indicando os segundos), calendário perpétuo instantâneo, grande data, dia, mês, ano bissexto, dia e noite.
Mostrador 2: Horas saltantes digitais, minutos, repetição de minutos.
Mostrador 3: Fases da Lua no Hemisfério Norte, Ciclo Lunar Dracónico (altura da Lua), Ciclo Lunar Anomalístico (apogeu e perigeu), mês, ano.
Mostrador 4: Fases da Lua no Hemisfério Sul.
Caixa 51,2 x 31 mm | Ouro branco, estanque até 30 metros.
Espessura | 15,15 mm
Bracelete | Pele azul de crocodilo
Preço | Sob consulta