SIHH 2017: Girard-Perregaux Tri-Axial Planetarium: uma viagem ao espaço

As complicações astronómicas estão ao rubro na edição de 2017 do Salon International de la Haute Horlogerie (SIHH). O Tri-Axial Planetarium da Girard-Perregaux é um espetacular exemplo desta realidade e mostra-nos bem que afinal é possível ter o céu no nosso pulso sem fazer viagens ao espaço.

Com toda a certeza do mundo, o Tri-Axial Planetarium é, para nós, a grande vedeta da Girard-Perregaux, em 2017: um instrumento do tempo espetacular que apresenta duas complicações astronómicas através de delicadas miniaturas pintadas à mão, num surpreendente efeito 3D.

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Girard-Perregaux Planetarium Tri-Axial. © Girard-Perregaux

A caixa de 48 mm em ouro rosa é o palco onde um globo rotativo, localizado às 4 horas, indica o dia/noite e um disco, às 12 horas, indica as fases da Lua. Além disso, o relógio também apresenta um fabuloso turbilhão tri-axial de alta velocidade e, como não poderia deixar de ser, um submostrador para indicação das horas e dos minutos. Afinal, trata-se de um relógio de pulso.

Lieu : Genève - Suisse / Droits d'utilisation uniquement pour GIRARD-PERREGAUX
O disco para indicação das fases da lua é pintado à mão. © Girard-Perregaux

Em termos técnicos, recordamos que o turbilhão é um dispositivo que foi criado para compensar os efeitos da gravidade num relógio mecânico e a Girard-Perregaux tem um currículo invejável neste domínio do qual o turbilhão tri-axial de alta velocidade que vive neste novo relógio faz parte.

Turbilhão tri-axial
No Planetarium Tri-Axial Tourbillon da Girard-Perregaux o turbilhão tri-axial está localizado às 9 horas e tem espaço suficiente para girar graças às cúpulas que sobressaem do vidro de safira.  © Girard-Perregaux

Como a própria marca refere, «trata-se de um turbilhão equipado com um regulador que opera em três eixos de rotação, em vez de apenas um. Com um peso de 1,24 gramas, este dispositivo tem uma gaiola estilizada em forma de lira (evocativo da assinatura da marca desde 1880), realizando uma rotação por minuto, e está montado numa estrutura que gira num segundo eixo em ciclos de 30 segundos. Numa relação em que ambas as estruturas estão depois integradas numa outra que roda, em cada dois minutos, num outro eixo.»

Parece complicado? Talvez o vídeo seja mais explícito:

Ao turbilhão junta-se um globo em miniatura que completa uma rotação em 24 horas. É desta forma que temos acesso à indicação do dia/noite, graças a um indicador em forma de seta que permite distinguir em que zona do globo é dia e em que zona do globo é de noite — informação que fica completa olhando para o fundo do relógio. Ou seja, a parte do globo que se vê através do fundo representa as zonas do globo que ainda dormem.

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O pequeno globo pintado à mão completa uma volta em 24 horas e indica o dia e a noite nas diversas zonas do globo. © Girard-Perregaux

Já o disco das fases da Lua — que, tal como o pequeno globo terrestre, é pintado à mão — roda numa janela à 1 hora e é dotado de um mecanismo de precisão que só requer um ajuste a cada 122 anos, através do corretor situado às 2 horas.

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O disco das fases da Lua é espetacular e contribui para o efeito 3D do relógio. © Girard-Perregaux

É claro que uma peça como esta só poderia ter sido enriquecida com os mais nobres acabamentos decorativos — e nenhum à toa. O calibre de corda manual  GP09310-0001 que anima este modelo é composto por 386 compenentes e tem uma reserva de corda de 70 horas. A platina visível no fundo tem acabamento arenoso e surge em tom escurecido para dar o tal efeito de noite que completa o cenário do globo terrestre.

Juntem-se a estes pormenores a inspiração para o globo terrestre — de acordo com o modo como o globo era representado no ano de criação da manufatura (em 1791) — e para a Lua — pintada à mão evocando a representação selenográfica do século XVII, ano da invenção do telescópio.

Destaque ainda para o mostrador prateado guilloché, num trabalho que lembra os meridianos terrestres, e para os ponteiros, numerais e indexes em ouro rosa, a combinar com a caixa.

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O minúsculo globo terrestre foi pintado à mão e representa o mundo de acordo com a perspetiva de 1791, ano da criação da Girard-Perregaux. © Girard-Perregaux

Mas por mais pormenores e detalhes que queiramos destacar, importa dizer que toda a complexidade técnica associada ao Tri-Axial Planetarium da Girard-Perregaux se torna ainda mais espetacular por poder ser devidamente apreciada graças a um jogo de transparências potenciado pela discreta abertura na lateral da caixa, pelo fundo em vidro de safira e pelas cúpulas que sobressaem do vidro de safira tripartido. A dinâmica dos elementos ganha assim mais importância: o globo parece elevar-se do mostrador e o turbilhão assume a dimensão que merece. ET_simb

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Uma espécie de escotilha na lateral da caixa oferece mais um possível ângulo de observação do movimento. © Espiral do Tempo / Miguel seabra

Consulte o site da Girard-Perregaux para mais informações sobre esta peça.

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