Stefanos Tsitsipas: um campeão clássico

Clube de Ténis do Estoril | A Rolex fez o pleno no Millennium Estoril Open; para além de ser o relógio oficial do maior evento tenístico português, teve um embaixador seu a erguer o troféu com um Daytona no pulso e a conviver com os convidados da marca: a jovem estrela Stefanos Tsitsipas. Mas, no rescaldo ao torneio, há mais algumas histórias e companhias relojoeiras a salientar.

O court central do Clube de Ténis do Estoril © Pau Storch
Casa cheia durante a final do Millennium Estoril Open: o court central do Clube de Ténis do Estoril © Pau Storch

A quinta edição do Millennium Estoril Open concluiu-se da melhor maneira – com o campeão ideal na perspetiva da organização, dos aficionados e… da marca relojoeira associada ao evento. Claro que seria excelente que um tenista luso tivesse ganho e o triunfo de João Sousa em 2018 foi mesmo o momento mais apoteótico na história da modalidade em Portugal. Mas Stefanos Tsitsipas é a nova estrela ascendente do circuito profissional masculino, chegou ao Clube de Ténis do Estoril na condição de primeiro cabeça-de-série em virtude do seu oitavo lugar no ranking e correspondeu às hierarquias pré-estabelecidas ao arrecadar o título do maior evento tenístico nacional. O seu único percalço? Ainda precisa de aperfeiçoar a sua técnica de abertura de garrafas de champanhe – ainda bem que o seu Daytona, estanque até 100 metros de profundidade, também é à prova de bolhas…

A hora do champanhe: um Daytona à prova de bolhas © DR
A hora do champanhe na comemoração do título: um Daytona à prova de bolhas © DR

Desde o ano passado que a Rolex assumiu o estatuto de ‘Relógio Oficial’ do maior evento tenístico português. Como se sabe, a Rolex é uma das empresas mais intransigentes do mundo – e sobretudo extremamente criteriosa no que diz respeito ao sponsoring. A ligação da marca da coroa ao Millennium Estoril Open é um atestado de qualidade ao torneio português, um de apenas três eventos entre 39 de categoria 250 do ATP Tour a que a Rolex escolheu associar-se: todos os restantes eventos são de categoria superior, incluindo todos os quatro torneios do Grand Slam e todos os nove torneios Masters 1000. A escolha de Stefanos Tsitsipas também diz muito sobre a aura que já rodeia o jovem tenista helénico, o mais recente embaixador de um esquadrão de elite que tem Roger Federer como máxima figura.

A conferência de imprensa do campeão © DR
Um jovem educado e eloquente: Stefanos Tsitsipas na conferência de imprensa do título © Américo Simas

E quem é Stefanos Tsitsipas? Aos 20 anos de idade, é já há muito o melhor tenista grego de todos os tempos e também um dos mais populares jogadores da atualidade, devido ao estilo clássico e carismática personalidade. E gosta do nosso país: tanto ele como o pai (Apostolos, que o acompanha no circuito como treinador) e a mãe (Julia Salnikova, uma antiga tenista de topo da União Soviética) são grandes apreciadores da cultura portuguesa e da zona de Cascais, onde dizem querer adquirir residência no futuro. Um dos momentos mais relevantes da carreira do jovem grego surgiu mesmo em Oliveira de Azeméis no ano de 2016: ganhou o quinto e último título Future do seu currículo (após bater o local João Domingues nas meias-finais), dando a partir daí o salto para o escalão Challenger e para os eventos do ATP Tour depois de ter sido número um mundial de juniores.

Sempre ao ataque: Stefanos Tsitsipas à rede durante a final face a Pablo Cuevas © Fernando Correia
Sempre ao ataque: Stefanos Tsitsipas à rede durante a final diante de Pablo Cuevas © Fernando Correia

Mas foi em 2018 que se deu a conhecer ao mundo, sobretudo a partir da temporada de terra batida, com a final em Barcelona (só perdeu com Rafael Nadal) e as meias-finais no Millennium Estoril Open (travado in extremis por João Sousa). No verão, o trajeto épico até ao derradeiro encontro do Masters 1000 de Toronto valeu-lhe um recorde especial: tornou-se no mais jovem da história do ATP Tour a derrotar quatro adversários do top 10 no mesmo torneio (Dominic Thiem, Novak Djokovic, Alexander Zverev e Kevin Anderson), sendo apenas travado por Rafael Nadal e pelo cansaço acumulado. A época transata ficou concluída com o seu primeiro título do ATP Tour em Estocolmo e o triunfo na NextGen ATP Finals, sendo eleito ‘Most Improved Player’ pelos seus pares do circuito profissional masculino. Entretanto, ficava oficializada a sua associação à Rolex.

Stefanos Tsitsipas de visita ao stand da Rolex no Slice Lounge do Millennium Estoril Open © DR
Stefanos Tsitsipas de visita ao stand da Rolex no Slice Lounge do Millennium Estoril Open © DR

Este ano, disparou para o top 10 ao derrotar o ídolo Roger Federer a caminho das meias-finais do Open da Austrália; depois ganhou em Marselha e foi finalista no Dubai. Com o regresso à temporada de terra batida na Europa, deu um novo salto na sua carreira: em semanas consecutivas, ganhou o Millennium Estoril Open, foi finalista no Masters 1000 de Madrid após derrotar Rafael Nadal e chegou às meias-finais do Masters 1000 de Roma – subindo até à sexta posição do ranking, a sua melhor classificação de sempre.

O campeão, o troféu e o relógio © DR
O campeão, o troféu e o relógio © DR

Com o seu já caraterístico visual de bandana e físico longilíneo, ‘El Greco’ apresenta-se como o mais tecnicista da sua geração, destacando-se a esquerda a uma mão como crucial no seu plano de jogo. É excelente comunicador, revela uma educação exemplar e uma cultura admirável. Não admira que seja considerado o principal sucessor ao trio de supercampeões que tem dominado o ténis há década e meia: Roger Federer, Rafael Nadal e Novak Djokovic.

O estilo clássico de Stefanos Tsitsipas neste vólei de esquerda do jovem grego © Fernando Correia
O estilo clássico de Stefanos Tsitsipas neste vólei de esquerda do jovem grego © Fernando Correia

Durante o Millennium Estoril Open, Stefanos Tsitsipas teve a oportunidade de conviver com os convidados da Rolex em duas ocasiões – uma primeira com jornalistas, incluindo a equipa da Espiral do Tempo (até nos deu o seu autógrafo na capa da última edição da revista!) e uma segunda depois de se ter sagrado campeão, com um grupo convidado pela Rolex Portugal a assistir à final. Como a esmagadora maioria dos tenistas, o grego não joga de relógio – mas logo após a conclusão de cada encontro coloca o seu Daytona de mostrador branco e luneta preta em Cerachrom no pulso. E teve a oportunidade de tirar um wristshot num dos seus passeios por Cascais durante a semana do torneio.

Stefanos Tsitsipas com o seu Daytona no farol de Santa Marta, em Cascais © Miguel Seabra / Espiral do Tempo
Stefanos Tsitsipas com o seu Daytona no farol de Santa Marta, em Cascais © Miguel Seabra / Espiral do Tempo

Entre os restantes participantes no Millennium Estoril Open, o jovem americano Taylor Fritz surgiu igualmente com um Daytona em virtude da sua ligação à Rolex. Também João Sousa surgiu ocasionalmente com um Daytona idêntico ao de Stefanos Tsitsipas e Taylor Fritz, alternando-o com um Hublot Classic Fusion. O melhor tenista português de todos os tempos (ainda) não tem o patrocínio oficial de qualquer marca relojoeira; a sua coleção inclui também um Baume & Mercier Riviera e um Omega Seamaster.

Classic Fusion na companhia de Frances Tiafoe, embaixador TAG Heuer © Álvaro Isidoro
Prestes a descolar em helicóptero: João Sousa e o seu Hublot Classic Fusion na companhia de Frances Tiafoe, embaixador TAG Heuer © Álvaro Isidoro

Já o espanhol Pablo Carreño-Busta, ex-membro do top 10 e campeão do Millennium Estoril Open em 2017, tem uma ligação de vários anos à Bovet e trouxe para Portugal um valioso Pininfarina OttantaSei 10-Day Tourbillon com caixa ultraleve em titânio escurecido com tratamento DLC (Diamond-Like Carbon).

O Bovet Pininfarina OttantaSei 10-Day Tourbillon de Pablo Carreño-Busta com um Maurice de Mauriac Chronograph Modern Le Mans © Miguel Seabra / Espiral do Tempo
O Bovet Pininfarina OttantaSei 10-Day Tourbillon de Pablo Carreño-Busta com um Maurice de Mauriac Chronograph Modern Le Mans © Miguel Seabra / Espiral do Tempo

A TAG Heuer também se fez notar graças a dois dos seus jovens embaixadores. A marca, official timekeeper do Masters de sub 21 (ATP NextGen Finals) que se realiza no termo de cada temporada em Milão, investiu no patrocínio de vários elementos da chamada NextGen do circuito profissional masculino – incluindo o americano Frances Tiafoe e o australiano Alex de Minaur, tendo ambos usado em Portugal distintas versões do Carrera Heuer 01. Um cronógrafo que já foi devidamente escalpelizado nas páginas da nossa revista e no nosso website.

Alex de Minaur em posição acrobática © DR
Com logotipo relojoeiro na manga: o jovem australiano Alex de Minaur, embaixador TAG Heuer, em posição acrobática © Fernando Correia

O príncipe Charles-Philippe d’Orléans, chefe de protocolo do Millennium Estoril Open e responsável das áreas VIP do torneio (Slice Lounge e Slice Restaurant), fez-se acompanhar ao longo da semana do torneio pelo seu Crystalball Round Bamboo da Badollet — uma marca genebrina de alta-relojoaria de nicho especializada em turbilhões.

O príncipe Charles-Philippe d'Orléans, responsável de protocolo do Millennium Estoril Open, com um turbilhão Badollet © Miguel Seabra / Espiral do Tempo
O príncipe Charles-Philippe d’Orléans, responsável de protocolo do Millennium Estoril Open, com um turbilhão Badollet © Miguel Seabra / Espiral do Tempo

Pela zona VIP do Millennium Estoril Open passaram muitas figuras de destaque da vida portuguesa – incluindo da vida desportiva, com vários futebolistas de nomeada a visitar o torneio. Como João Felix, a nova coqueluche do Sport Lisboa e Benfica, que exibiu no pulso um Audemars Piguet Royal Oak.

O futebol no ténis: João Félix e o seu Audemars Piguet Royal Oak © Pau Storch
O futebol no ténis: João Félix e o seu Audemars Piguet Royal Oak © Pau Storch

Ainda há que dar menção honrosa a uma linha especial da Seiko que também já foi devidamente abordada nas páginas da Espiral do Tempo: a linha Save the Ocean, escolhida por Edward LaCava – o Communications Manager do ATP Tour de serviço no Clube de Ténis do Estoril, que para além da edição de 2018 do Seiko Prospex ‘Turtle’ Save the Ocean tem também um Seiko ‘Turtle’ dos anos 80 herdado do pai.

Seiko 'Turtle' Save the Ocean © Miguel Seabra / Espiral do Tempo
O azul do Seiko Prospex ‘Turtle’ Save the Ocean em contraste com a terra batida © Miguel Seabra / Espiral do Tempo

Para terminar a reportagem, aqui ficam mais algumas imagens relojoeiras que fazem parte do portefolio recolhido pela equipa da Espiral do Tempo durante o Millennium Estoril Open:

A capa da Espiral do Tempo 66 assinada por Stefanos Tsitsipas. | © Paulo Pires/Espiral do Tempo
A capa da Espiral do Tempo 66 assinada por Stefanos Tsitsipas © Paulo Pires / Espiral do Tempo
Durante a final: um Rolex Explorer com vista privilegiada © Miguel Seabra / Espiral do Tempo
Durante a final: um Rolex Explorer com vista privilegiada  © Miguel Seabra / Espiral do Tempo
O autor do texto, o campeão e dois relógios: Tudor Black bay Blue e Rolex Daytona
O campeão, o autor do texto e dois relógios com relação de parentesco: o Rolex Daytona e o Tudor Black Bay Blue © Álvaro Isidoro
À beira do court: um Tudor Heritage Black Bay © Miguel Seabra / Espiral do Tempo
À beira do court: um Tudor Black Bay Blue © Miguel Seabra / Espiral do Tempo
A presença da Rolex no Slice Lounge, a zona corporate do Millennium Estoril Open © Pau Storch / Millennium Estoril Open
A Rolex a marcar o tempo no Slice Lounge, a zona corporate do Millennium Estoril Open © Pau Storch

O próximo grande compromisso tenístico do calendário é Roland Garros – o maior torneio do mundo em terra batida e o único evento do Grand Slam que ainda não estava sob a égide da Rolex, que dentro de uma semana terá pela primeira vez relógios seus nos courts parisienses.

Omnipresença no ténis: a Rolex no Millennium Estoril Open e em todos os principais eventos do circuito ATP Tour © Pau Storch
Omnipresença no ténis: a Rolex no Millennium Estoril Open e em todos os principais eventos do circuito ATP Tour © Pau Storch

 

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