Em Marraquexe | Alta cilindrada em Marraquexe: a Espiral do Tempo esteve no Circuito Moulay el Hassan para o arranque da temporada 2019 no WTCR e acompanhar a equipa de cronometragem oficial da TAG Heuer. Mas houve também uma forte componente portuguesa com o regresso do herói Tiago Monteiro à competição, uma espetacular travessia do deserto e uma inesquecível aventura de balão.
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Foi um animado fim-de-semana prolongado em Marraquexe e não só por causa do arranque da Taça do Mundo de Carros de Turismo (WTCR) no Circuito Moulay el Hassan – para além do interesse puramente desportivo relacionado com a prova em si (que foi composta por múltiplas corridas) e com a prestação do piloto português Tiago Monteiro (após uma longa recuperação na sequência de um grave acidente), houve uma pequena cimeira nacional da TAG Heuer que incluiu visita à sala de cronometragem e ainda um programa de atividades paralelas no deserto.
A TAG Heuer é cronometrista oficial do WTCR (competição que em 2018 substituiu o Mundial de Carros de Turismo/WTCC) e em Marraquexe estiveram presentes sete fortes marcas (Hyundai, Audi, Volkswagen, Honda, Cupra, Lynk & Co e Alfa Romeo) com um leque de pilotos que é dos mais fortes dos campeonatos da Federação Internacional do Automóvel/FIA (sete campeões do mundo, incluindo o lendário italiano Gabriele Tarquini). As fases de qualificação e as corridas foram extremamente competitivas e sobretudo duras num circuito quase claustrofóbico por se desenrolar praticamente ‘entre paredes’, sem muitos pontos de ultrapassagem.
Vários sensores distribuídos ao longo do trajeto e ainda uma vasta equipa de especialistas com contadores de mão contribuíram para a cronometragem oficial da prova, a cargo da TAG Heuer – mais uma etapa na longa ligação da marca aos desportos motorizados e que teve um período marcante no estabelecimento de sistemas inovadores de contagem entre os finais da década de 60 e a década de 70 na Fórmula 1, primeiro através da associação à escuderia Ferrari e depois enquanto cronometrista oficial da disciplina rainha do automobilismo. Esse sistema inicialmente montado por Jack Heuer e pelo seu adjunto Jean Campiche (também com a ajuda de Gerd-Rüdiger Lang, que depois fundaria a Chronoswiss) foi aperfeiçoado ao longo das últimas décadas e constitui a base da cronometragem que se faz hoje em dia, embora com meios tecnológicos naturalmente mais desenvolvidos e computorizados.
São vários os portugueses com presença de destaque no WTCR, desde o diretor de prova adjunto Rui Marques ao diretor técnico da FIA Carlos Barros – passando pelo piloto do safety car Bruno Correia e ainda diversos mecânicos e um engenheiro que integram o staff das equipas concorrentes. Mas o grande protagonista luso do fim-de-semana foi indubitavelmente o piloto Tiago Monteiro, de regresso ao volante de um Honda Civic Type R após ano e meio de recuperação – um regresso a tempo inteiro depois do grave acidente sofrido numa sessão de testes a 7 de setembro de 2017, em Barcelona, quando liderava o campeonato.
O menu de cada prova WTCR consiste em três corridas, uma ao sábado e duas ao domingo, com pontos extra atribuídos aos cinco mais rápidos das duas sessões de qualificação – e entre as 10 etapas de 2019 está o circuito de Vila Real, sexta corrida do calendário e que está agendada de 5 a 7 de julho. Em Marraquexe, na prova inaugural, os holofotes estavam mesmo centrados em Tiago Monteiro, considerado um herói entre os seus pares e entre os aficionados pelo modo como regressou de lesões cerebrais e oculares das quais muito poucos conseguem recuperar.
O acidente e as sequelas afastaram-no durante 18 meses; o balanço do portuense no fim-de-semana em Marraquexe não foi mau, embora pudesse ter sido melhor: 20 pontos e a nona posição na classificação de pilotos – após um sexto lugar na corrida 1, um oitavo na corrida 2 e o frustrante abandono na corrida 3, mais dois pontos de bónus relativos ao quarto melhor tempo na qualificação de domingo.
Esse quarto tempo qualificativo permitiu-lhe arrancar mais à frente na grelha de partida mas, ainda durante a primeira volta, uma atrapalhação do colega de equipa Esteban Guerrieri (Honda Civic Type R TCR) promoveu uma colisão com Yann Ehrlacher (Link & Co. 03 TCR) e ficaram os dois fora de prova. «O mais importante foi revelar-me competitivo e confirmar que tenho carro para o campeonato. Os 20 pontos somados são muito importantes», confessou o piloto nacional – que ganhou novos amigos/admiradores portugueses: a dezena e meia de representantes dos agentes oficiais da TAG Heuer em Portugal, que estiveram no Circuito Moulay el Hassan para acompanhar a prova e não só.
Da programação do fim-de-semana português em terras magrebinas constou também uma travessia do deserto em Moto Quad e ainda uma manhã de balão com as nevadas montanhas do Atlas à vista.
Claro que também houve muitos relógios TAG Heuer em destaque ao longo do fim-de-semana, sendo a história mais original aquela que se prende com o TAG Heuer Carrera Heuer 01 de Bruno Correia – o piloto português do safety car: foi o lendário Lotthar Matthaeus, antigo capitão da seleção alemã de futebol, que lho ofereceu!
Mas viu-se um pouco de tudo no pulso de elementos da organização, dos pilotos, da comitiva portuguesa e também do enviado especial da Espiral do Tempo. Em destaque: um crono-turbilhão TAG Heuer Carrera Heuer 02T, várias versões do cronógrafo Carrera Heuer 01, o Autavia Heuer 02, a reedição do Autavia ‘Jo Siffert’, o Monaco Calibre 11, o Monaco Calibre 12, o Carrera, o Aquaracer e a reedição Silverstone… modelos TAG Heuer para todos os gostos, quase todos eles inspirados precisamente pelos desportos motorizados. Aqui fica um portefólio:
Em suma: um fim-de-semana alucinante em Marraquexe!
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