Em Lisboa — Com uma oferta relojoeira que cada vez mais se destaca no portfólio atual da marca, a Montblanc ganhou sobretudo fama graças à reputação dos seus instrumentos de escrita. Uma recente exposição em Lisboa dedicada aos exemplares inspirados por grandes vultos da literatura representou também uma viagem no tempo.
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Há já quase 110 anos que a Montblanc tem colocado o seu selo de qualidade em tudo o que faz: uma estrela branca, que simboliza também o pico coberto de neve do Monte Branco. A criação da famosa caneta Meisterstück, em 1924, transformou-a numa marca de culto e a reputação granjeada justificou a expansão para outras áreas complementares de acessórios — como a marroquinaria, ótica, artigos de secretária e um departamento relojoeiro que tem crescido exponencialmente no decurso da última década.
Mesmo com a inauguração de uma manufatura que tem lançado a Montblanc para a alta-relojoaria, o seu nome está intrinsecamente ligado às canetas. E os instrumentos de escrita Meisterstück têm assinado alguns dos mais relevantes contratos e escrito várias páginas importantes na história da humanidade, emprestando uma caligrafia personalizada a um universo atualmente dominado pela frieza dos caracteres informáticos. Em canetas de tinta permanente, esferográficas ou rollerball, a Montblanc garante uma fiabilidade absoluta e elegância para todo o tipo de situações — e a sua coleção de instrumentos de escrita vem sendo regularmente enriquecida com edições especiais dedicadas a personalidades que marcaram a história da humanidade nas suas mais distintas facetas, desde a música à literatura.
Em Portugal, a Montblanc inaugurou oficialmente a sua nova Boutique mono-marca no Centro Comercial Colombo com um notável acervo retrospetivo de todos os instrumentos de escrita Writers’ Edition desde 1992, uma iniciativa pioneira em Portugal e que contou com a colaboração de um colecionador privado. A exibição colocou em evidência praticamente duas décadas e meia de homenagens aos mais brilhantes escritores dos últimos séculos. As histórias contadas pelos autores homenageados são tão diferentes como as vidas que viveram e as épocas em que se destacaram. Essa diferença está bem patente nos estilos tão distintos de cada caneta.
A série arrancou com o tributo a Ernest Hemingway, em 1992. Seguiram-se Agatha Christie, Oscar Wilde, Voltaire, Alexandre Dumas, Fiodor Dostoievski, Edgar Alan Poe, Marcel Proust, Friedrich von Schiller, Charles Dickens, L. Scott Fitzgerald, Júlio Verne, Franz Kafka, Miguel de Cervantes, Virginia Woolf, William Faulkner, George Bernard Shaw, Thomas Mann, Mark Twain, Carlo Collodi, Jonathan Swift, Honoré de Balzac, Daniel Defoe e Leon Tolstoi. Um belo naipe, ao qual se juntam personalidades de outros quadrantes que também se destacaram na escrita, como Leonardo da Vinci (das edições limitadas Grandes Personalidades) ou John Lennon (Special Edition).
A escrita é desde sempre a forma por excelência da disseminação da cultura e um marco na evolução da civilização. Através da escrita contaram-se histórias deslumbrantes que comoveram gerações e influenciaram movimentos culturais — a exposição Writers’ Edition acabou por contar, através de canetas, um pouco dessas histórias escritas por tão distintos autores.
A exibição decorreu em frente à nova Boutique Montblanc na Praça Central do Centro Comercial Colombo, resultante de uma parceria entre a Montblanc e a Canetas & Companhia mas com toda a gama de produtos da marca fundada por Claus-Johannes Voss, Alfred Nehemias e August Eberstein em 1906. A nossa edição preferida? A de Mark Twain — o jornalista e escritor americano que certo dia afirmou «Quem gosta de bom tempo vai para o Céu, quem gosta de boa companhia vai para o Inferno». E por isso aqui fica um wristshot de um cronógrafo ‘Homage to Nicolas Rieussec’ precisamente em frente à caneta dedicada a Mark Twain.
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