Nascido do apelo dos colecionadores, o Odysseus é o relógio mais diferenciado da A. Lange & Söhne. Com a ajuda de Anthony de Haas, fomos descobrir a odisseia por trás do Odysseus e as diferentes nuances inerentes à coleção – numa detalhada análise ao inesperado modelo desportivo da manufatura germânica que, após uma polarizante estreia, rapidamente se tornou num favorito para os aficionados.
Imagem de abertura: A. Lange & Söhne Odysseus | Ref: 363.117 | Titânio | Ø 40,5mm | Corda automática | © Paulo Pires / Espiral do Tempo
Exclusivo na edição impressa | Já era uma tradição da A. Lange & Söhne: o relógio em formato gigante à entrada do stand da marca germânica no Salon Internacional de la Haute Horlogerie assumia o protagonismo entre as novidades apresentadas. A mudança de nome do certame para Watches and Wonders não veio alterar esse hábito; este ano, o modelo escolhido foi o novo Odysseus em titânio. Na verdade, o ainda mais exclusivo Richard Lange Minute Repeater até poderia ter sido o eleito devido à superior complexidade mecânica e clarividência estética – com um preço milionário condizente. Ou mesmo o novo Grand Lange 1. Mas, após dois anos de apresentações virtuais devido às restrições provocadas pela pandemia, a A. Lange & Söhne quis mesmo celebrar fisicamente a ave rara da sua coleção.
O Odysseus faz mesmo figura de ave rara no catálogo da manufatura saxónica. Paradoxalmente, nasceu da necessidade de quem se apaixonou assolapadamente pelos modelos Lange mais típicos. Os grandes colecionadores insistiram tanto na criação de um relógio que os pudesse acompanhar em atividades de maior lazer ou mais aquáticas que os responsáveis da marca tiveram mesmo de refletir sobre o assunto, muito antes de os chamados relógios desportivos de luxo influenciados pelos ícones da década de 70 terem regressado à ribalta nos últimos cinco anos. O Odysseus começou a ser conceptualizado ainda na era de Fabien Krone, no final da primeira década do século XXI; quando o seu sucessor Wilhelm Schmid passou por Portugal, em 2013, e afirmou que a A. Lange & Söhne nunca iria fazer relógios desportivos, o tema já estava a ser devidamente estudado em segredo. E o segredo é mesmo a alma do negócio: o Odysseus foi inesperadamente introduzido no final de 2019.
Leia a reportagem completa no número 79 da Espiral do Tempo (verão 2022).
