Edição impressa | A IWC lançou, este ano, novos modelos na coleção Aquatimer. Relógios possantes, com presença e com um caráter marcadamente técnico, que garantem segurança efetiva, tanto em terra, como nas profundezas do mar. Em destaque quatro edições limitadas que apoiam o trabalho da Charles Darwin Foundation e da Cousteau Society.
—
Texto originalmente publicado no número 47 da Espiral do Tempo.
No vídeo de apresentação da nova geração Aquatimer da IWC, o arquipélago das Galápagos surge como pano de fundo. Em apenas três minutos somos levados numa viagem entre o mar e a terra, lado a lado com as mais características espécies daquelas ilhas. A diversidade animal ilustrada deixa clara a razão pela qual o arquipélago das Galápagos é um mundo por si só. Basta referir que ali vivem cerca de 4.000 espécies, das quais 40 por cento são endémicas, o que significa que não podem ser encontradas em ambiente natural em nenhum outro lugar do nosso Planeta. Tal realidade deve-se à privilegiada e distante localização geográfica das ilhas, bem como às suas particulares condições climatéricas. Foi esta remota área que lançou as bases para a fundamentação da teoria da evolução de Charles Darwin, segundo a qual a sobrevivência de uma espécie se deve não à sua força ou à sua inteligência, mas à sua capacidade de adaptação à mudança.
As Galápagos são assim o cenário perfeito para a apresentação de uma linha de relógios de mergulho. No pequeno filme, os relógios Aquatimer vão surgindo no meio de lava em ebulição, descobrem-se entre agitados cardumes, entre divertidos leões e ágeis iguanas marinhas. Relógios de mergulho que, quais novas espécies, e como muitos animais das Galápagos, estão aptos a viver em dois mundos. Assim o reforça a marca: relógios preparados para enfrentar a terra e o mar.
O regresso três anos depois
Robustez, segurança, caráter — numa primeira análise, a nova geração de cronógrafos e relógios Aquatimer da IWC apresentada este ano (nove versões na totalidade, excluindo diferentes variantes dentro da mesma versão) não esconde toda uma tradição ligada ao mundo das profundezas que remonta a 1967, ano de lançamento do Aquatimer inaugural. Nas mãos, os novos relógios são carismáticos, têm presença e convidam a pulsos um pouco mais robustos, mais pela dimensão do que propriamente pelo peso. No pulso, o conforto faz-se sentir e a legibilidade é uma evidência.
«A Aquatimer é uma linha de relógios desportivos, masculinos, dinâmicos e profissionais», refere Georges Kern, CEO da IWC Schaffhausen. Nos novos modelos «é evidente a influência dos lendários elementos de desenho e das cores herdadas dos relógios Aquatimer. A nova geração apresenta-se, porém, com formas ainda mais puristas do que as dos modelos que a precederam. A impressão geral é poderosa, sendo ainda mais acentuada pela inovadora luneta giratória, típica dos relógios Aquatimer da IWC.» Para perceber melhor os novos modelos há assim que recuar um pouco no tempo. De acordo com Christian Knoop, diretor criativo da marca, «a coloração mais discreta, bem como a configuração funcional do mostrador retomam o look dos primeiros Aquatimer de 1967 e as lunetas exteriores com pegas de forma suavemente arredondada foram inspiradas no lendário desenho Porsche do Ocean 2000 de 1982».
Importante ainda é o retomar da escala interna que tinha sido abandonada nos últimos modelos apresentados (em 2011), um elemento também evocativo do primeiro Aquatimer, mas que, em vez de ser operado por meio da coroa, é regulado através da própria luneta externa. O segredo está na engenhosa solução SafeDive que consiste num sistema de acoplamento que transmite o movimento rotativo da luneta ao anel rotativo interior, por meio de um eixo situado no interior da caixa. Ao mesmo tempo, os vedantes no sistema de acoplamento impedem a entrada de água e de outros resíduos. Visualmente, este sistema faz-se ver na lateral da caixa, às 9 horas, através de uma saliência semelhante a uma coroa, que até pode levar a pensar que se trata de uma válvula de hélio. Na prática, quando a luneta rotativa externa é movimentada no sentido contrário ao dos ponteiros do relógio — uma questão de segurança que impede a movimentação inadvertida da escala — o anel interno gira, permitindo controlar o tempo de mergulho. O sistema SafeDive combina, desta forma, o melhor de três mundos ao garantir estanqueidade, uma prática utilização e uma segurança efetiva.
Mas há mais novidades na coleção Aquatimer: a aposta em mais calibres de manufatura e a introdução de um sistema patenteado de troca rápida de bracelete, segundo o qual uma patilha engata sem esforço na mola de fixação (tanto para as braceletes de cauchu, como para as braceletes de metal). A coleção é ainda, pela primeira vez, enriquecida por um calendário perpétuo com indicação digital da data e do mês, na linha seguida pela marca de introdução de altas complicações também nas coleções desportivas, numa variante que estreia os materiais preciosos na coleção, graças a uma intimidante caixa de 49 mm em ouro rosa.
Por outro lado, a variante Deep Three, em titânio, surge como um verdadeiro tubarão, já que, à semelhança do GST Deep One e do Aquatimer Deep Two das gerações anteriores, está equipada com batímetro mecânico. Este sistema permite indicar as profundidades máxima e real de mergulho até aos 50 metros por meio de dois indicadores de cores diferentes: vermelho e azul. Em todos os modelos, o tradicional símbolo de um peixe surge gravado no fundo, ao lado do limite de estanqueidade.
Legibilidade
Em traços gerais, a nova geração Aquatimer distingue-se ainda pela preocupação com a legibilidade, um requisito fundamental no domínio dos relógios de mergulho. Por um lado, a caixa sobredimensionada permite mostradores mais abertos; por outro lado, as cores dos próprios mostradores permitem um contraste mais que desejável debaixo de água. Os mostradores brancos são complementados com indexes pretos e os mostradores escuros, pretos ou azuis, consoante a versão, são complementados por indexes brancos. Ressalva para a edição especial Aquatimer Chronograph 50 years science for Galapagos Edition, que é um peixe diferente do cardume. Neste caso, o destaque vai para uma estética totalmente preta com uma caixa e um mostrador, dos quais sobressaem indexes azuis-escuros. E, em todas as variantes Aquatimer, a surpresa vê-se no escuro ou debaixo de água, quando a luminescência em Superluminova® dos ponteiros e dos indexes dá uma inesperada vida a todo o conjunto em dois tons. O objetivo desta opção é diferenciar a indicação das horas, das indicações de tempos de mergulho.
Edições exclusivas pelas Galápagos
Regressando às Galápagos, e como seria de esperar, a relação da IWC com este frágil arquipélago não passa somente pela apresentação de uma nova geração de relógios de mergulho. As novidades no âmbito da linha Aquatimer não param por aqui. A especificidade deste local, inscrito na lista do património da humanidade, levou a marca a associar-se a instituições ligadas à preservação deste arquipélago. Georges Kern refere que «não há muitas regiões da Terra que ofereçam uma tão grande diversidade de espécies». E já que falamos em diversidade, a nova geração Aquatimer também se adequa na perfeição ao espírito das preciosas ilhas. Para além dos modelos ditos regulares — apenas o Aquatimer Perpetual Calendar surge como uma variante em vias de extinção por ser uma edição limitada a apenas 50 exemplares — a IWC apresenta também este ano quatro edições exclusivas com o objetivo de sensibilizar o mundo para as especificidades do arquipélago das Galápagos.
Com características próprias e fundos gravados com motivos diferentes — quase todos os modelos regulares têm um escafandro gravado no fundo — cada uma das quatro edições especiais apoia as Galápagos de uma maneira especial. Entre elas, destaque para o Aquatimer Chronograph Expedition Charles Darwin Edition que presta homenagem à expedição realizada por Charles Darwin em 1835 e que representou um ponto de viragem na fundamentação da teoria da origem das espécies. O relógio tem uma caixa em bronze — outra novidade na coleção — evocativa dos materiais de mergulho utilizados na época. Com estas quatro edições a manter debaixo de olho nos próximos tempos, pois chegam a Portugal já em finais de julho, a IWC reforça o apoio à Estação Científica Charles Darwin, uma instituição da Charles Darwin Foundation, sediada nas Galápagos, cuja atividade se centra na preservação da biodiversidade do arquipélago, bem como à Cousteau Society, que deu continuidade aos trabalhos de investigação e de proteção dos oceanos levados a cabo pelo francês Jacques-Yves Cousteau (1910-1997).
Em última análise, as edições exclusivas da nova geração IWC reforçam uma coleção que se revela especialmente madura e bem estruturada, principalmente quando comparada com os modelos lançados em 2011. Os puristas Aquatimer Automatic ganham aqui força pela simplicidade, enquanto os cronógrafos dão resposta aos adeptos mais exigentes. Já o recordista em profundidade é o Aquatimer 2000 com uma caixa em titânio. «A coleção Aquatimer 2014 está totalmente no espírito da evolução: todos os que pretenderem ter sucesso têm de continuar a aperfeiçoar-se», diz Goris Verburg, diretor de marketing e comunicação da IWC. E os amantes de relógios de mergulho agradecem.
—