Já começou a 112ª edição do Open da Austrália, a mais importante manifestação desportiva anualmente realizada no hemisfério sul. Os melhores tenistas do mundo estão nos Antípodas para discutir o primeiro torneio do Grand Slam de 2024 sob o signo da Rolex, que é official timekeeper em Melbourne Park.
Nos tempos idos, depois de se descobrir que a terra era mesmo redonda e que havia uma região austral habitada, acreditava-se que as gentes do lado oposto do mundo tinham os pés ao contrário — eram os antípodas. Mas não, não há por lá ninguém com os calcanhares para a frente. Há é muita gente ‘a dar ao calcanhar’, especialmente em Melbourne Park.

É lá que, ao longo desta segunda quinzena de janeiro, se realiza a 112.ª edição do Open da Austrália — que cronologicamente é o primeiro dos quatro torneios do Grand Slam que anualmente integram o circuito profissional de ténis e tem como relógio oficial a Rolex. Tal como Roland Garros (que se realiza entre maio e junho em Paris), Wimbledon (primeira quinzena de julho, nos arredores de Londres) e o Open dos Estados Unidos (entre agosto e setembro, em Nova Iorque). O ténis é um dos pilares fundamentais na estratégia de comunicação da Rolex, numa ligação de quase meio século que remonta a 1978 e cuja visibilidade começou com um discreto logótipo no famoso scoreboard do vetusto Centre Court de Wimbledon. No mundo do patrocínio desportivo não há melhor e mais longevo casamento do que a ligação entre a Rolex e Wimbledon.

Desde o início desse já lendário ‘matrimónio’, ao longo de mais de quatro décadas e com maior incidência desde o início do presente milénio, a Rolex fortaleceu exponencialmente os seus laços com o ténis, as principais instituições que regem os destinos da modalidade e os principais torneios — para além de muitos dos principais intérpretes da raqueta, desde velhas glórias como Rod Laver, Bjorn Borg ou Chris Evert, campeões de um passado recente como Stefan Edberg, Jim Courier, Justine Hénin e Caroline Wozniacki, campeões contemporâneos como Roger Federer (já retirado), Dominic Thiem, Alexander Zverev, Stefanos Tsitsipas ou Caroline Garcia, e jovens campeões do presente e do futuro próximo como Carlos Alcaraz, Jannik Sinner, Holger Rune, Ben Shelton, Iga Swiatek ou Coco Gauff.

Exceptuando o já retirado Roger Federer, que sempre foi encarado como o mais perfeito embaixador que a Rolex já teve pelo seu estilo e elegância (para além de ser suíço!), vários dos nomes mencionados estão na linha da frente no que diz respeito à candidatura aos troféus da 112.ª edição do Open da Austrália. Os vencedores de singulares recebem este ano cerca de dois milhões de euros, mas um título do Grand Slam representa muito mais do que uma verba choruda para quem se sagrar campeão no fim de semana de 27 e 28 de janeiro: é o concretizar de um sonho de criança, a recompensa de muitos anos de treino e competição, a entrada para o lote dos imortais.

Os quatro torneios do Grand Slam são muito diferentes entre si e todos são apelativos de maneiras distintas. O Open da Austrália tem o cognome de ‘Happy Slam’, reputação alicerçada no modo easy going como os australianos vivem a vida e na participação de animados grupos nacionais orgulhosamente vestidos com as cores das bandeiras ou as camisolas das seleções de futebol dos respectivos países; o facto de se realizar no pico do verão austral faz com que a maior parte dos espetadores se vista quase como se estivesse na praia e a cerveja que jorra em abundância para matar a sede também sempre ‘contribui’ para alegrar ainda mais o ambiente. Para além de a Austrália ser mesmo um destino exótico, com localidades de nome Wagga-Wagga ou Mundiwindi e bicharocos que não existem em mais lado nenhum como o koala, o ornitorrinco, o canguru, o wombat ou o kokaburra…

A Austrália é um país tão fantástico que é publicitado como sendo a terra de Oz. Ironicamente, é um país que foi colonizado pelos piores criminosos… mas tornou-se numa espécie de Brasil com uma rígida herança anglo-saxónica: sólidos valores morais e organização exemplar. Claro que há sempre as clivagens sociais inerentes à condição humana, mas a maneira como as pessoas se tratam é saudável — menos presunçosa e mais informal, tanto ricos como pobres andam de havaianas. E são todos fanáticos por desporto; para o comum australiano, jogar ou ver desporto dá-lhe um dos principais sentidos da vida, enfatizando valores como a lealdade, competitividade, ambição, camaradagem. Mas desde 1976 que não há um campeão masculino no Open da Austrália, após a geração de ouro liderada por Rod Laver que dominou o ténis entre as décadas de 50 e 60; na vertente feminina, Ashleigh Barty venceu em 2022 e retirou-se de seguida…

O Open da Austrália é o primeiro grande torneio de 2024 que tem a Rolex como official timekeeper e em Portugal pode ser acompanhado diariamente nos dois canais do Eurosport — a partir da meia-noite e até por volta das 13 horas do dia seguinte, sendo que na fase terminal os encontros começam pelas 8h30 da manhã em Portugal.

Entre provas do Grand Slam, torneios Masters 1000, torneios de encerramento de época e principais competições por equipas, o calendário dos eventos tenísticos mais importantes da temporada, todos eles realizados sob a chancela da Rolex e alguns mesmo tendo a ‘marca da coroa’ como title sponsor, é o seguinte:
— Open da Austrália (Melbourne), 14–28 Janeiro
— BNP Paribas Open (Indian Wells), 4–17 Março
— Miami Open (Miami), 17–31 Março
— Rolex Monte-Carlo Masters (Monaco), 6–14 Abril

— Mutua Madrid Open (Madrid), 22 Abril–5 Maio
— Internazionali BNL d’Italia (Roma), 6–19 Maio
— Roland-Garros (Paris), 26 Maio–9 Junho
— The Championships, Wimbledon (Londres), 1–14 Julho

— The National Bank Open Canada (Montreal), 4–12 Agosto
— Western & Southern Open (Cincinatti), 11–19 Agosto
— US Open (Nova Iorque), 26 Agosto–8 Setembro
— Laver Cup (Berlim), 20–22 Setembro
— Rolex Shanghai Masters (Xangai), 2–13 Outubro
— Rolex Paris Masters (Paris), 28 Outubro–3 Novembro
— Davis Cup Finals (Málaga), 19–24 Novembro
— WTA Finals (a determinar), 3–10 Novembro
— Nitto ATP Finals (Turim), 10–17 Novembro
— Laver Cup (Berlim), 20–22 Setembro
— Davis Cup Finals (Málaga), 19–24 Novembro