Eternal Instant é o título de um novo coffee table book obrigatório para todos aqueles que têm um gosto especial pela Chanel, mas acima de tudo pelo J12 – o inconfundível relógio de pulso em cerâmica que celebrou duas décadas no ano passado.
No rescaldo da celebração dos 20 anos do J12, a Chanel lançou um livro com uma maravilhosa compilação de imagens que traduzem, em certa medida, o percurso do inconfundível relógio de cerâmica criado por Jacques Helleu.
O dealbar do novo milénio trouxe consigo uma refrescante folia criativa, empurrada pela recuperação da relojoaria tradicional e a afirmação do relógio mecânico como acessório de status quo. E foi nessa fase de experimentalismo que o lançamento do J12 pela Chanel apanhou a indústria de surpresa no ano 2000: além de ter surgido como ‘primeiro’ em diversas vertentes – primeiro relógio masculino, primeiro relógio desportivo e primeiro relógio automático da marca francesa -, apresentava-se com um visual disruptivo e como o primeiro relógio inteiramente concebido em cerâmica negra.
Este material era já usado em relojoaria, mas o novo relógio veio então contribuir para a sua mais alargada utilização, ao mesmo tempo que veio provar a sua adequação ao mundo do luxo, tão associado à Chanel.
Em 2003, a Chanel presentou uma variante totalmente branca ainda mais revolucionária. E tão marcante que, no 20º aniversário do lançamento, foi precisamente a cerâmica branca a ser escolhida para uma edição comemorativa dividida em duas tiragens limitadas de 2020 exemplares. Ambas carregadas de simbologia alusiva ao universo de Coco Chanel.
Os novos modelos foram lançados precisamente um ano depois de Arnaud Chastaingt, diretor criativo do departamento de relojoaria da Chanel, ter liderado o processo de recriação do J12 – redesenhando-o por completo, sem parecer que nada tinha mudado.
Eternal Instant é assim o título do novo livro lançado recentemente sobre este incontornável relógio de pulso. Ao todo, são cerca de 140 páginas de imagens e citações, complementadas por uma introdução da autoria do especialista Nicholas Foulkes, que nos fala um pouco da história da Chanel enquanto criadora de relógios, ao mesmo tempo que contextualiza o J12 como fundamental nessa mesma história.
Na prática, trata-se de um livro de celebração de duas décadas que passaram, mas, como é referido na introdução, redesenhar este modelo foi apenas «o início dos próximos 20 anos.» Pelo que a história do J12 promete continuar…