Chanel apresenta exposição de alta-relojoaria em Lisboa

Até ao próximo dia 4 de novembro, a Chanel apresenta, na Torres Joalheiros da Avenida da Liberdade, em Lisboa, uma exposição de 25 peças de alta-relojoaria. Esta é a primeira exposição na Europa de alta-relojoaria da marca. A não perder.

Até ao dia 4 de novembro de 2023, pode visitar a exposição de alta-relojoaria da Chanel | © João Maria Catarino

Não é todos os dias que se tem a oportunidade de conhecer ao vivo os caminhos relojoeiros pelos quais a Chanel se move. A casa francesa tende a ser muito associada ao mundo da moda, em geral; no entanto, a franja de ação ligada à criação de relógios de pulso tem muito que se lhe diga. Falar em relojoaria Chanel não é falar de uma marca de moda que também cria relógios de pulso. É antes falar de uma marca que contempla uma carreira relojoeira focada, coerente e de qualidade, sempre alinhada com os seus próprios valores e identidade — e que inclui a participação em prestigiadas instituições relojoeiras como a F.P. Journe, a manufatura de movimentos Kenissi ou a companhia G&F Chatelain especializada em caixas e braceletes de cerâmica. É falar ainda de um percurso que sabe unir elementos incontornáveis do nome Chanel nas suas diversas valências, sem nunca parecer forçado.

Mostrador do Chanel Mademoiselle J12 Acte II
A originalidade do Mademoiselle J12 Acte II © Chanel

E é isso mesmo que se vê na primeira exposição na Europa de alta-relojoaria da marca que está patente na Torres Joalheiros da Avenida da Liberdade, em Lisboa, até ao próximo dia 4 de novembro. A iniciativa tem uma duração inferior a uma dezena de dias, pelo que vale a pena aproveitar a ocasião e ver de perto um admirável acervo de exemplares únicos e modelos de excepção.


A exposição de alta-relojoaria da Chanel é uma oportunidade para conhecer 25 peças de alta-relojoaria da marca francesa | © João Maria Catarino
A exposição de alta-relojoaria da Chanel é uma oportunidade para conhecer 25 peças de alta-relojoaria da marca francesa | © João Maria Catarino

«É uma honra estar ‘em casa’ do nosso partner principal em Portugal. Não é a primeira vez que organizamos um evento juntamente com a Torres Joalheiros — mas é a primeira vez a nível europeu, e obviamente a primeira vez a nível local, que apresentamos a haute horlogerie da Chanel», explica à Espiral do Tempo, Alexandre Massines, responsável do departamento Watches & Fine Jewelry da griffe parisiense para a Península Ibérica.

Mademoiselle Privé da Chanel : um exemplo da vertente de cravação de pedras preciosas associada às peças de alta-relojoaria da marca | © Cesarina Sousa/ Espiral do Tempo

Já Rita Torres, membro do Conselho de Administração e Diretora de Joalharia da Torres Joalheiros, considera: «Somos os únicos a ter joalharia Chanel em Portugal no corner da nossa flagship store Torres Joalheiros na Avenida da Liberdade e é um privilégio e um orgulho sermos também os primeiros na Europa a apresentar uma tal exposição de alta-relojoaria — uma coleção que inclui peças que muito raramente saem da boutique da marca na Place Vendôme. Há muito poucos sítios no mundo que possam apresentar peças de tão elevado nível da Chanel e queremos mostrar o que a maison consegue fazer a nível de alta-relojoaria, porque é algo que as pessoas em Portugal não estão habituadas a ver. É uma oportunidade única de os visitantes e os nossos clientes poderem conhecer tudo aquilo que a Chanel pode proporcionar no âmbito da alta-relojoaria.»

A exposição

O espaço da exposição evoca o universo Chanel | © João Maria Catarino

Como refere Alexandre Massines, trata-se de uma exposição que contempla «25 peças únicas provenientes de três diferentes universos: o primeiro é o dos movimentos mecânicos, o segundo é o dos diamantes e o terceiro é o dos métiers d’art. O que podemos aportar nesta exposição é a criatividade ao serviço da mulher, embora também haja relógios masculinos; queremos mostrar a ambição da Chanel no mundo da alta-relojoaria». São assim comtemplados modelos das coleções Mademoiselle Privé, Première, Boy-Friend, J12 e Monsieur.

Exposição de alta-relojoaria da Chanel em Lisboa. À direita: Mademoiselle Privé Bouton | © Cesarina Sousa / Espiral do Tempo

Na vertente de métiers d’art, destacamos o Mademoiselle Privé Bouton, um surpreendente relógio inspirado na manga do incontornável casaco preto Chanel, sempre trançada e marcada por um botão. O segredo do tempo é assim guardado por este botão que, na verdade, é também uma tampa deslizante cravejada, ao mesmo tempo que conserva a função de abertura e fecho da bracelete.

relógio senhora; diamantes; chanel
Dois formatos de alta-joalharia: um Chanel Première X-Ray com caixa transparente em safira e um Mademoiselle Privé | © Miguel Seabra / Espiral do Tempo

Na vertente de cravação de pedras, destacamos o Mademoiselle J12 Cosmic, integrado na coleção cápsula Chanel Interstellar. Neste relógio, o mostrador preto pontuado de ‘estrelas’ tem como estrela principal a figura animada de Coco Chanel — cujos braços servem de ponteiros. Assente numa estrutura de caixa e bracelete em cerâmica, como é apanágio da coleção J12, o Mademoiselle J12 Cosmic ostenta uma luneta completamente cravejada de diamantes de corte baguette.

A exposição está patente na Torres Joalheiros da avenida da Liberdade, em Lisboa | © João Maria Catarino

Por fim, na vertente de complicação técnica, que traduz o lado mais especificamente relojoeiro da marca, esta é a oportunidade para descobrir o Monsieur Watch, um relógio que surgiu originalmente em 2016 e que surpreendeu pela sua qualidade intrínseca e palpável, pela arquitetura estabelecida, pela estética dos seus acabamentos e pela técnica apurada. Além disso, foi na altura apresentado como sendo o primeiro relógio exclusivamente masculino da marca, já que o emblemático J12 sempre foi considerado unissexo.

O relógio Monsieur de Chanel que está em exposição da Torres Joalheiros.
Monsieur Watch, uma das peças em exposição na Torres Joalheiros | © Miguel Seabra / Espiral do Tempo

O mostrador reúne três diferentes conceitos de mostrar o tempo: um submostrador circular de pequenos segundos, um ponteiro retrógrado dos minutos e uma janela para as horas digitais saltantes (para reforçar a importância dos algarismos para a marca, como o 5 alusivo ao perfume criado em 1921). A particularidade retrógrada passa pelo ponteiro que salta para trás mais do que 180 graus (no caso, um arco de 240 graus destinado a não afetar os segundos) e também pode ser ajustado para trás, dois aspetos que mostram o cuidado no desenvolvimento técnico de um calibre que demorou cinco anos a operacionalizar.

De 26 de outubro a 4 de novembro, uma seleção exclusiva das mais recentes peças de alta relojoaria Chanel num espaço efémero, elegante e requintado | © João Maria Catarino

E em todos os relógios mencionados pode-se sempre encontrar elementos que cruzam os diversos universos da casa francesa. Por exemplo, a janela de formato octogonal das horas digitais do Monsieur Watch pisca o olho à tampa do perfume Nº 5 e à própria configuração da Place Vendôme; a bracelete em pele de um dos Mademoiselle Privé Bouton ali expostos é decorada com o padrão acolchoado caraterístico da mala clássica da marca, mas tratada de modo a suportar as especificidades associadas a uma experiência de pulso.

Oportunidade única

Como dissemos, a exposição está patente na Torres Joalheiros da Avenida da Liberdade, em Lisboa, até ao dia 4 de novembro. A longa montra exterior bem marcada por um círculo que emoldura cinco peças incontornáveis da coleção Chanel não engana de todo. É no 225 225A.

Novo espaço Chanel na Torres Joalheiros © Carlos Carvalho Photography
Para além da exposição temporária: o corner permanente da Chanel na Torres Joalheiros © Carlos Carvalho Photography

«Há muito poucos sítios no mundo que possam apresentar peças de tão elevado nível da Chanel e queremos mostrar o que a maison consegue fazer a nível de alta-relojoaria, porque é algo que as pessoas em Portugal não estão habituadas a ver. É uma oportunidade única de os visitantes e os nossos clientes poderem conhecer tudo aquilo que a Chanel pode proporcionar no âmbito da alta-relojoaria.», explica Rita Torres. E fica assim o convite.

A exposição está patente na Torres Joalheiros da avenida da Liberdade, em Lisboa | © João Maria Catarin

* com Miguel Seabra

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