São 1791 diamantes de lapidação brilhante em homenagem ao ano que é considerado como o ano de fundação da Girard-Perregaux. O Laureato 34 High Jewelry é um relógio literalmente brilhante, mas é também uma peça única que poucos poderão realmente ver.
Enquanto marca com o nome que conhecemos, a Girard-Perregaux vive em La Chaux-de-Fonds desde 1906, depois de Constant Girard, que tinha já a sua firma de relojoaria ali sediada, ter casado com Marie Perregaux, filha de um reputado criador de cronómetros. Mas antes deste matrimónio, há uma história que remonta a 1791, ano em que Jean-François Bautte, relojoeiro de Genebra, começou a assinar os relógios que criava. Não vale a pena esmiuçar as trocas, aquisições e mudanças de nome que foram acontecendo entre 1791 e 1906. O que importa salientar é que, algures no tempo, a empresa original de Bautte foi adquirida pela Girard-Perregaux e essa fusão garantiu o acesso a todo um património relojoeiro que influenciou o percurso da marca até aos dias de hoje. E é precisamente o ano de 1791 que o novo Laureato 34 High Jewelry vem homenagear.
Laureato 34 High Jewelry
O Laureato 34 High Jewelry da Girard-Perregaux dá uma nova vida a outro marco da história da casa suíça: o Laureato, lançado em 1975, de estrutura integrada. Temos assim todos os códigos associados a esse modelo, mas recriados com o brilho de 1791 diamantes de lapidação brilhante, número evocativo do ano em que Jean-François Bautte, aos 19 anos, começou a assinar os seus primeiros relógios em Genebra.
Com caixa de 34mm em ouro rosa, o novo relógio brilha a olhos vistos e, ao contrário do que eventualmente se poderia esperar, a concentração de diamantes permite sublinhar e não desvirtuar toda a geometria e a personalidade do Laureato. Nele, tímidas fileiras de ouro rosa criam a separação entre as gemas de vários tamanhos, sugerindo discretamente diferentes padrões mais ou menos lineares que, juntamente com os ângulos associados aos elementos base do relógio se traduzem num intenso jogo de reflexos e de brilho.
E há sempre um apontamento a destacar: as fileiras do mostrador piscam o olho ao padrão Clous de Paris caraterístico dos mostradores dos modelos regulares da família Laureato. A caixa, a luneta octogonal assente numa base circular, o mostrador, a bracelete e respetivos elos distinguem-se assim claramente enquanto elementos isolados, mas oferecem um sentido de unidade potenciado pela sua luminosidade que, ao vivo, dever ser certamente quase hipnotizante.
Os reflexos do relógio derivam da quantidade de diamantes, claro, mas também da tradicional técnica em grão através da qual os diamantes foram engastados. O processo implica a cravação de cada diamante em cavidades feitas previamente no ouro, com recurso a pequenos ajustes, para garantir a sua perfeita acomodação. O ouro é esculpido para formar quatro grãos de metal em torno de cada gema, mantendo-a firmemente no lugar. Depois, as cavidades em torno dos diamantes são suavizadas para criar um efeito perolado. Segundo a marca, este relógio concentra em si um total de 86 horas de cravação manual de diamantes. A técnica de engaste em grão permite acentuar os reflexos das pedras, tendo em conta o seu discreto suporte metálico.
A cereja no topo do bolo é a coroa ornamentada com um cabochão de ametista, cuja tonalidade contrasta de forma evidente com o brilho incolor que domina o relógio.
No interior, vive o Calibre GP013100 de quartzo, com 90 componentes que permite indicar as horas e os minutos por meio de dois ponteiros centrais a condizer com a caixa. Os indexes também em ouro rosa e a referência à marca no lugar das 12 horas complementam o conjunto.
Apesar da sua espetacularidade que vem mostrar que os diamantes continuam a ser muito requisitados e a ser uma aposta segura em determinados segmentos da relojoaria, o Laureato 34 High Jewelry da Girard-Perregaux foi criado enquanto peça única. Além disso, está disponível (se ainda estiver) apenas na boutique da marca em Genebra, em parceria com a Bucherer.