Laureus World Sports Awards: Portugueses e azul na noite Laureus

Em Berlim — A 17.ª edição do Laureus World Sports Awards voltou a celebrar o papel do desporto enquanto atividade de integração e as suas vedetas enquanto exemplos positivos — numa noite de gala em que muitos ‘Portugueses’ estiveram em destaque graças à IWC.

Laureus World Sports Awards
Edição limitada Laureus de 2014: o Portugieser Chronograph Classic © Espiral do Tempo / Miguel seabra

O azul foi claramente a cor dominante entre as novidades apresentadas este ano em Baselworld, mas há já uma década que tem sido a cor dominante numa linha muito especial de relógios da IWC — a linha de edições limitadas que a marca de Schaffhausen tem dedicado anualmente à associação mantida desde 2005 com a Laureus Sport for Good Foundation. Para a fundação que utiliza o desporto para abrir novas perspetivas a crianças desfavorecidas, o azul é a cor da esperança e esse tom reflete-se naturalmente no mostrador dos modelos da IWC que lhe são dedicados. O mais recente foi desvelado na semana transata em Berlim, no âmbito da 17.ª edição dos Laureus Awards.

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© Espiral do Tempo / Miguel seabra

A cerimónia exclusiva teve lugar no imponente Palais am Funkturm, construído nos anos 50 — e, para além de haver naturalmente uma predominância maior da Alemanha enquanto anfitriã, o outro país mais representado foi… Portugal. Na verdade, apenas três portugueses estiveram na sala: este vosso escriba, o colega da imprensa relojoeira Carlos Torres e o campeoníssimo Luís Figo, nomeado novo embaixador da fundação Laureus. Mas havia dúzias de relógios Portugieser da IWC no pulso dos presentes. Incluindo algumas edições precisamente relativas à associação com a Laureus, mas não só. Por exemplo, o espanhol Raul, também ele nomeado novo embaixador, subiu ao palco com um cronógrafo Portugieser da coleção regular. E o campeão do mundo de Formula 1, Lewis Hamilton, usou um Portugieser Perpetual Calendar em ouro rosa.

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© Espiral do Tempo / Miguel seabra

Entre os 10 relógios lançados com mostrador azul em homenagem aos Laureus, quatro pertencem à linha Portugieser (a IWC pede que seja utilizada a nomenclatura original em alemão, porque havia demasiadas traduções: Portuguesa ou Português, Portugaise, Portuguese…): logo no primeiro ano da associação, o modelo inaugural de 2006 foi o Portugieser Chronograph; em 2007 foi uma versão do Pilot Chronograph; em 2008 e 2009 escolheu-se o Da Vinci Chronograph.

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No pulso: o Da Vinci Chronograph edição limitada de de 2009 pertencente ao presidente da Laureus Foundation, o campeoníssimo Edwin Moses. © Espiral do Tempo / Miguel seabra

Em 2010, a opção recaiu sobre o Portugieser Automatic; em 2011 foi o Ingenieur Automatic; em 2012 a opção recaiu no Portofino Chronograph; em 2013 foi o Portugieser Yacht Club; em 2014, o Portugieser Chronograph Classic; em 2015 novamente o Ingenieur Automatic; e este ano, com alguma surpresa, a manufatura de Schaffhausen apresentou um relógio mais pequeno e menos desportivo — o Portofino Automatic Moon Phase 37 mm.

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Portofino Moon Phase 37 ‘Laureus Sport For Good Foundation’ © Espiral do Tempo / Miguel seabra

Oficialmente designado Portofino Automatic Moon Phase 37 mm ‘Laureus Sport For Good Foundation’, o modelo Laureus deste ano é um relógio que não é declaradamente feminino — é um tamanho designado ‘midsize’ que fica bem em pulsos de senhora e pulsos masculinos menos grandes, ou dedicado aos homens que não gostam de relógios sobredimensionados. Claro que os diamantes discretamente colocados nos indicadores das horas o tornam ainda mais apelativo para o público feminino — e para as embaixatrizes da fundação, como Nadia Comaneci, a lendária romena que se tornou na primeira ginasta a conseguir a nota 10 (e teve várias notas perfeitas, nos Jogos Olímpicos de Montreal) e que esteve presente aquando do lançamento do novo modelo.

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Portofino Moon Phase 37 ‘Laureus Sport For Good Foundation’ © IWC Schaffhausen

O Portofino Automatic Moon Phase 37 mm ‘Sport For Good Foundation’ (Ref. IW459006) está limitado a 1500 exemplares, sendo que o mostrador e a indicação das fases da Lua apresentam a já tradicional cor Laureus; doze diamantes completam os indexes das horas e o look azul é complementado com a correia em pele de crocodilo azul da célebre marca italiana de sapatos Santoni. No interior, um movimento automático mecânico — o calibre 35800 com uma reserva de corda de 42 horas.

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Portofino Moon Phase 37 ‘Laureus Sport For Good Foundation’ © IWC Schaffhausen

Para além do característico tom azul, a gravura no fundo da caixa é outra propriedade das edições especiais Laureus. Todos os anos a IWC estabelece um concurso de pintura para crianças e jovens no âmbito dos projetos da fundação Laureus e um júri seleciona o desenho vencedor de entre as participações, que depois será gravado no fundo do relógio. Para a décima edição especial, a seleção recaiu sobre o trabalho da jovem cipriota Eleni Partakki, de 16 anos.

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Desenho vencedor, de Eleni Partakki. © IWC Schaffhausen

O seu desenho sobre o tema do concurso ‘Time for Sport’ representa raparigas e rapazes num jogo de bola. Eleni Partakki integra os PeacePlayers International (PPI), um projeto em que jovens greco-cipriotas e turco-cipriotas do dividido Chipre são encorajados a jogar basquetebol em conjunto. A Laureus Sport for Good Foundation aproveita o poder do desporto para promover o desenvolvimento da personalidade de crianças e jovens, assim como na integração de pessoas jovens desfavorecidas a nível social, económico ou a outro nível. O desporto não é apenas a ferramenta ideal para criar mais autoestima, autoconsciência e competência social — ajuda também a manter saudáveis pessoas jovens. A nível mundial, a Laureus Foundation ajuda mais de 1,5 milhões de crianças e jovens, em 34 países com mais de 150 projetos.

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Portofino Moon Phase 37 ‘Laureus Sport For Good Foundation’ © IWC Schaffhausen

Na cerimónia propriamente dita realizada no Palais am Funkturm, o ténis saiu como a modalidade vencedora — já que os ‘Atletas do Ano’ eleitos foram precisamente os tenistas Novak Djokovic e Serena Williams. A seleção neo-zelandesa dos All Blacks ganhou o troféu de ‘Equipa do Ano’, o golfista americano Jordan Spieth foi a ‘Revelação do Ano’, o neo-zelandês Dan Carter eleito ‘Regresso do Ano’, o triatleta alemão Jan Frodeno ‘Action Sportsperson of the Year’ e o nadador brasileiro Daniel Dias foi consagrado ‘Sportsperson of the Year With a Disability’.

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Com o Atleta do Ano: Novak Djokovic ganhou o galardão pela terceira vez!. © Espiral do Tempo / Miguel seabra

Conheço razoavelmente bem o Novak Djokovic desde 2007, quando — ainda teenager — ganhou o Estoril Open que antes se realizava no Jamor e nessa ocasião levei-o mesmo, a pedido dele, a ver o dérbi lisboeta entre Benfica e Sporting no Estádio da Luz. Desde então encontrámo-nos muitas vezes em torneios internacionais (devido à minha outra especialização jornalística, o ténis) e recentemente até lhe fiz uma entrevista exclusiva em Londres para a revista Revolution, com produção fotográfica a acompanhar; enquanto jornalista, não costumo pedir para tirar fotografias com ídolos do desporto ou figuras mediáticas, mas ali, na after party dos Laureus e logo após ele ter sido consagrado Atleta do Ano, fez-se uma exceção…

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Ich Bin Ein Berliner: o incontornável wristshot de um Portugieser Chronograph num pulso português em frente às Portas de Brandenburgo. © Espiral do Tempo / Miguel seabra

O after party da cerimónia dos Laureus é algo de surreal, tão grande é a densidade de supervedetas por metro quadrado. E é sempre bom ver antigos campeões aproveitarem a sua fama em prol do desporto e de ações de beneficência que incentivam a prática desportiva. Como é de realçar quando uma marca relojoeira se associa a uma tão admirável causa. Para além de promover a relojoaria fina: a bancada de relojoeiro que a IWC tinha à porta da sala onde decorreu a cerimónia foi muito visitada e admirada pelos presentes. ET_simb

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