A 25 de Janeiro começa o Ano do Rato e inicia-se, também, um novo ciclo de 12 anos no ciclo do zodíaco chinês. Até 11 de Fevereiro de 2021 estaremos regidos por um animal que costuma estar associado à prosperidade. Trata-se de um momento que, desde há vários anos, é aproveitado para diferentes marcas apresentarem atraentes relógios alusivos ao calendário chinês.
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Tal como sucedeu em 2008, 1996, 1984, 1972, 1960, 1948, 1936 ou 1924, o ano de 2020 é regido pelo Rato. Sucedendo à primeira Lua nova, inicia-se o Ano Novo chinês. Se o calendário gregoriano (seguido pela maioria dos países) é baseado no movimento de translação da Terra, o calendário chinês é organizado a partir das fases da Lua e da posição do Sol. O zodíaco chinês é formado por 12 signos e cada animal é influenciado pelos 5 elementos fundamentais do Universo: metal, água, madeira, fogo e terra. Em 2020 inicia-se, com o Rato de metal, um novo ciclo, que só será encerrado em 2031 com o Porco de metal. A partir de 2032 os 12 animais que compõem o zodíaco chinês passarão a ser influenciados pelo elemento água, começando mais um ciclo de 12 anos. No conjunto passam-se 60 anos até que a rotação dos 12 signos sob os cinco ciclos lunares seja completada.
De acordo com a tradição, os animais da criação foram convocados por Buda para uma reunião. Mas como apenas 12 atenderam ao seu pedido, esses seres acabaram por ser distinguidos, tornando-se símbolos da astrologia chinesa e passaram a representar os anos do calendário. Segundo a lenda, a posição dos 12 animais foi definida de acordo com a ordem de chegada junto de Buda: rato, boi, tigre, coelho, dragão, serpente, cavalo, cabra, macaco, galo, cão e porco. E assim ficou estabelecido o calendário que rege o milenar Império do Meio. Influências suficientes para as grandes marcas de relógios apresentarem, todos os anos, propostas que celebram um momento fundamental para a cultura chinesa e, também, para surgirem com produtos que apelam a um dos mais importantes mercados globais.
São, todas elas, obras de sonho, esteticamente muito atraentes. A Panerai surge com o seu Luminor Sealand – 44mm, com que a marca celebra o ano novo chinês. Trata-se de uma edição especial e vistosa, de 88 unidades decoradas, onde o rato surge representado na tampa em aço, um trabalho feito por artesãos que utilizaram a antiga arte de “sparsello”. Com uma caixa de ouro de 33 mm surge também uma bela peça com mostrador de porcelana, na colecção Métiers d’Art da Blancpain. Três ratos, pintados à mão, em busca de comida ilustram este relógio comemorativo de que foram produzidos 81 exemplares. Baseado na complicação Chinese Calendar da casa, combina referências do calendário gregoriano com caracteres chineses, num equilíbrio muito sofisticado.Inspirada pela astrologia chinesa, a Piaget apresenta uma edição diferente do Altiplano, com um trabalho “Grand Feu” enamel de Anita Porchet, numa caixa de ouro branco de 38 mm adornada por 78 diamantes. Foram apenas feitas 38 unidades.
A Chopard traz-nos uma edição limitada do L.U.C XP Urushi, criada com o artista japonês, especialista em lacados, Yamada Heinado. Nele o rato surge como símbolo da abundância e longevidade, enquanto as cores usadas (azul, verde e ouro) simbolizam a sorte. A Vacheron Constantin, por seu lado, sintetiza duas tradições artesanais (suíça e chinesa) no seu muito tentador Métiers d’Art Legend. A Jaquet Droz apresenta quatro variações do seu Petit Heure Minute, numa proposta de dois pares com diferentes designs e tamanhos, com movimento automático. O primeiro par surge em formatos de 35 mm e 39 mm. O segundo é uma aproximação tri-dimensional ao tema. Onde romãs são presenças obrigatórias ao lado do rato. Também a Harry Winston não ficou indiferente ao ano do Rato, com o Premier Chinese New Year Automatic. O design foi buscar inspiração à antiga técnica do corte de papel pelos chineses no tempo da dinastia Tang. Onde surge um rato cercado de diamantes. Só estarão disponíveis oito peças, o número da sorte da numeralogia chinesa.
Todas estas diferentes propostas surgem como verdadeiros objectos de coleção, através de uma estética muito elegante e rica de detalhes. Não é um acaso. O rato simboliza o começo de um novo dia. No fundo a celebração do Ano Novo chinês desenvolveu-se para ser uma forma de atrair boas energias para o próximo ano e para limpar as energias más do ano que passou. Um novo ciclo de tempo começa.
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