É um dos mais cobiçados relógios de pulso existentes: com a assinatura de François-Paul Journe, o Chronomètre à Résonance abriu novas fronteiras para a técnica de medir o tempo graças ao princípio da ressonância. Em 2019, o mestre marselhês celebra o aniversário do relógio com o lançamento de uma edição especial com disco de 24 horas, ao mesmo tempo que anuncia que todas as versões do relógio (inclusive a nova) serão depois descontinuadas.
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Não foi propriamente a pensar num modelo dual-time que François-Paul Journe idealizou o seu Chronomètre à Résonance original, mas a fabulosa complicação relojoeira que abrilhanta o relógio também permite que os dois submostradores possam funcionar em dois fusos horários diferentes. Mas, na verdade, o protagonismo mecânico base do relógio assenta no fenómeno da ressonância. O conceito é simplesmente genial, empregando o princípio físico da ressonância como meio de auto-regulação. François-Paul Journe adaptou os efeitos positivos da ressonância e idealizou um movimento com dois mecanismos manuais distintos e dois balanços diferentes, que se movem segundo o pressuposto de que um corpo animado transmite uma vibração ao espaço circundante e que outro corpo capta essa energia para vibrar com a mesma frequência. Os dois mecanismos vigiam-se mutuamente e autocompensam-se de modo a assegurar uma precisão ótima; se qualquer choque ou aceleração súbita fizer com que um balanço aumente a frequência, o outro balanço desacelera na mesma ordem – e ambos os balanços retomam seguidamente a sua frequência comum.
O relógio foi originalmente lançado em 1999 e, na altura, surgiu declinado com caixa de platina ou de ouro com 38 ou 40 milímetros de diâmetro, acompanhada de uma coroa estilizada colocada às 4 horas; uma outra, mais discreta, surgia integrada às 12 horas. O fundo transparente revelava os dois mecanismos siameses, com os dois balanços em destaque na parte inferior do original calibre – que, como todos os modelos de François-Paul Journe concebidos a partir de 2004, foi construído maioritariamente em peças de ouro maciço.
Os ponteiros das horas e minutos dos submostradores podiam ser regulados para dois fusos através de uma mesma coroa (a tal localizada às 12 horas); os dois pequenos ponteiros dos segundos podem ser colocados automaticamente no zero através da coroa localizada às quatro horas. As soluções estéticas (submostradores aparafusados em prata massiça guilloché, ponteiros azulados) típicas de François-Paul Journe surgiram harmoniosamente explanadas num mostrador (cinza ou cobre) de grande personalidade que incluía ainda um indicador de reserva de marcha.
Entretanto, este relógio conheceu mais tarde uma nova geração, em que num dos submostradores os ponteiros foram substituídos por discos rotativos. Agora, para celebrar o 20º aniversário do Chronomètre à Résonance, a marca anuncia o nascimento em 2019 de uma terceira geração – mas é um nascimento que traz consigo uma adenda menos boa para quem tem profunda admiração por este modelo de F.P.Joure. É que esta edição especial vai ser produzida só para a celebração desta efeméride. Depois, todos os relógios da coleção serão descontinuados…
Tal com as anteriores versões, o novo Chronomètre à Résonance surge com 40 mm de diâmetro, em versões com caixa em platina ou ouro rosa que guardam o mesmo Calibre 1499.3 de arquitetura simétrica e inconfundível que garante a leitura do tempo em dois fusos horários. A diferença maior reside novamente no mostrador. Desta vez, o disco do lado esquerdo deu lugar a um submostrador de 24 horas, numa solução que facilita a leitura dos dois fusos horários. Os pequenos segundos mantêm simetricamente o seu lugar, na zona inferior dos submostradores e já a indicação da reserva de corda é apresentada às 12 horas. Ambas as versões estão disponíveis com correia em pele de aligátor ou com bracelete metálica do mesmo material da caixa.
O novo (e temporário) Chronomètre à Résonance estará também disponível com caixa em platina e mostrador preto.
Visite o site oficial da F.P.Journe para mais informações.
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