A saga do quinquagésimo aniversário do Monaco ficou concluída com o lançamento do quinto modelo comemorativo em Xangai – uma nova variante que evoca a mais recente década de vida do lendário cronógrafo quadrilátero da TAG Heuer e que se carateriza pelo tom antracite dominante, acompanhado por totalizadores contrastantes e detalhes a vermelho.
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Cinco meses depois, ficou concluído o pentatlo a que a TAG Heuer se propôs para celebrar os 50 anos de vida do seu mais emblemático cronógrafo em 2019. O último dos cinco Monacos comemorativos foi apresentado neste fim-de-semana em Xangai num contexto modernista bem presente no modelo em edição limitada dedicado à década 2009-2019 – uma versão que é aparentemente ‘normal’ porque à primeira vista parece ter um layout já visto anteriormente, mas que esconde vários detalhes que marcam a diferença.
A escolha do Space Plus de Xangai foi feita para ir precisamente de encontro ao urbanismo subjacente ao Monaco representativo da presente década e também à vertiginosa modernização da China no mesmo período. Depois do Monaco ‘1969-1979’ lançado precisamente no âmbito do Grande Prémio do Mónaco e que celebrou a funky década de 70, do Monaco ‘1979-1989’ desvelado nas 24 Horas de Le Mans e que personificou a omnipresença do vermelho nos anos 80, do Monaco ‘1989-1999’ apresentado em Nova Iorque e que traduz o espírito street da década de 90, e do Monaco ‘1999-2009’ revelado em Tóquio com códigos do novo milénio, o quinto modelo foi dado a conhecer na principal metrópole costeira chinesa com a presença dos embaixadores Cara Delevingne e Li Yifeng, para além de Stéphane Bianchi, CEO da divisão relojoeira do grupo LVMH Watchmaking Division e da TAG Heuer, e de Frédéric Arnault, responsável de estratégia e da área digital da TAG Heuer.
A presença de Stéphane Bianchi e de Frédéric Arnault também é simbólica no sentido em que formam a dupla que vai liderar a marca na próxima década, após quatro anos de vigência de Jean-Claude Biver. A temática do Monaco ‘2009-2019 Special Edition’ é o design minimalista dos objetos de luxo da nova geração. Aparentemente preto, o mostrador é na verdade antracite com efeito radial e combina com a caixa de inédito acabamento microbillé; os submostradores contrastantes são galvanizados num tom ligeiramente metalizado e também têm o mesmo acabamento raiado. E depois há os pequenos grandes detalhes que sobressaem de modo mais ou menos visível: ponteiros dos submostradores e ponteiro do cronógrafo num vermelho flamejante; ponteiros das horas e dos minutos pretos plaqueados a ouro com tratamento luminescente SuperLuminova.
Tal como no Monaco inaugural de 1969, que estreou então o revolucionário movimento cronográfico Chronomatic/Calibre 11, também a coroa surge à esquerda e os botões do cronógrafo à direita – uma nuance então decorrente da arquitetura do calibre original e que hoje em dia surge de uma adaptação do calibre automático Sellita de base sob o módulo cronográfico Dubois-Dépraz. Havia curiosidade em ver se alguma das cinco edições especiais teria botões redondos e/ou coroa à direita, mas nesse aspeto não houve qualquer alteração: a configuração é, mais uma vez, fiel à do Monaco Calibre 11 de produção regular presente no catálogo da TAG Heuer.
A correia volta a ser perfurada como sucede nas quatro edições comemorativas anteriores, embora desta vez apresente costuras acinzentadas no couro preto para combinar com o acabamento cinzento mate da caixa. É curioso salientar o facto de todos os cinco exemplares das Bodas de Ouro terem correias de couro e não em pele crocodilo, como sucedeu em muitas das variantes do Monaco na sua segunda fase de vida (ou seja, após a reintrodução em 1998), o que acaba por respeitar mais o espírito racing do cronógrafo quadrilátero na sua primeira fase de produção (1969 a 1975)
O fundo da caixa do Monaco dedicado à presente década é idêntico ao dos seus quatro ‘irmãos’: ostenta o logo ‘Monaco Heuer’ gravado, juntamente com as frases ‘1979-1989 Special Edition’ e ‘One of 169’. Porque, tal como se verificou com os modelos anteriores, só 169 exemplares serão comercializados… e serão escassos os que virão para Portugal. Por fim, e enaltecendo o design do modelo original, o fundo da caixa de aço escovado segue um padrão de acabamento vertical e circular.
Primeiras Impressões
Depois de três edições em que a cor assumiu um papel determinante, as duas últimas do quinteto ‘Special Edition’ são mais escuras e praticamente bicromáticas. Mas a mais recente não é propriamente preta, como a quarta o era, e apresenta-se sofisticadamente estilizada – com uma personalidade mais urbana do que qualquer um dos modelos anteriores. Será uma peça de coleção muito procurada pelos aficionados e afortunados serão aqueles que conseguirão deitar-lhe a mão. Mais sortudos ainda serão os colecionadores que conseguirão reunir as cinco peças para uma ‘manita’ histórica…
Características Técnicas
TAG Heuer
Monaco ‘2009-2019 Special Edition’
Edição limitada a 169 exemplares.
Referência/ CAW211Z.FC6470
Movimento/ Mecânico de corda automática, Calibre 11, 28.800 alt/h, 40 horas de reserva de corda.
Funções/ Horas, minutos, pequenos segundos às 3h, data e cronógrafo com minutos e segundos.
Caixa Ø 39 mm/ Aço, luneta fixa em aço inoxidável, vidro de safira, coroa de aço polido às 9 horas e botões nas 2 e nas 4 horas, estanque até 100 metros, fundo da caixa de aço com as inscrições ‘2009-2019 Special Edition’ e ‘One of 169’.
Mostrador/ Preto carvão, contadores brancos raiados banhados a ródio, índices e ponteiros das horas e minutos luminescentes e banhados a ouro preto, toques em vermelho nos ponteiros e index das 12 horas.
Bracelete/ Pele de calfe preta com fecho de báscula em aço inoxidável.
Preço/ Sob consulta.
Visite o site oficial da TAG Heuer para mais informações.
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