A história do Patek Philippe Calatrava ref. 530 que sobreviveu ao Holocausto

Nisto dos relógios (e já o dissemos tanto por aqui…), as histórias têm muito valor. Na verdade, são elas que, muitas vezes, atribuem a um relógio o estatuto de objeto especial e até único – aquele estatuto que faz com que um relógio não seja apenas um relógio. E é isto mesmo que se passa com o Patek Philippe Calatrava ref. 530 em ouro amarelo de 14 kt que vai à praça em Nova Iorque, pela Christie’s, no próximo dia 7 de dezembro. Mais do que um relógio raro pela suas características, é um relógio com uma história ligada ao Holocausto.

O culto do vintage continua em grande força na relojoaria, com os leilões de relógios antigos a estabelecerem recordes e as marcas a inspirarem-se no passado para lançarem reedições e reinterpretações — ou então a conceberem modelos de raiz baseados em códigos retro.

A verdade é que, de uma forma ou de outra, o culto do vintage nota-se cada vez mais também nos próprios sites de informação relacionados com relógios e de, semana para semana, é ver artigos centrados nos leilões – que não páram de acontecer – ou em relógios que, mais do que relógios são objetos com algo de especial para contar. É o caso do Patek Philippe Calatrava ref. 530 em ouro amarelo de 14 kt que vai à praça no próximo dia 7 de novembro, em Nova Iorque, no leilão “An Evening of Exceptional Watches” e que, além de ser um relógio com caixa de 36,5 mm que o torna bastante desejável, tem um mostrador preto, que o torna raro.

Mas há mais: a juntar às suas características, o Patek Philippe Calatrava ref. 530 guarda com ele uma história ligada ao Holocausto. Segundo a atual proprietária: o relógio sobreviveu ao Holocasto.

E esta história que recomendamos neste início de semana. Por um lado, recomendamos a leitura do artigo The Extraordinary Story of the Patek Philippe that survived the Holocaust, da autoria de de Su Jia Xian; por outro, recomendamos a leitura da especificações do relógio no próprio site da Christie’s, a leiloeira.

Sob o lote 40, este Patek Philippe faz parte de um catálogo recheado com uma série de outros relógios bastante interessantes pela ligação a nomes de referência. É o caso de um Patek Philippe que pertenceu a Joe DiMaggio, um Cresarrow Watch Co. de 1932 que pertenceu a Amelia Mary Earhart, um Gruen cravejado de diamantes que pertenceu a Billie Holiday e um Patek Philippe de senhora datado de 1928 que pertenceu a Florence Preston Graves.

No entanto, chamamos a atenção para o Patek Philippe Calatrava ref. 530, graças à sua história muito particular. E graças às palavras de  Su Jia Xian:

“Todos os relógios vintage possuem algum tipo de memória, invisivelmente gravada no metal, mas poucos conseguem transmitir uma incrível história de amor, perda e esperança como este relógio o faz.”

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