Tendo como ponto de partida o ano de 1970, o retalhista The Hour Glass, de Singapura, apresentou, no início desta mês, uma exposição online, que documenta cinco décadas da relojoaria artesanal contemporânea, destacando George Daniels e Derek Pratt, bem como François-Paul Journe, Philippe Dufour, Kari Voutilainen, entre outros nomes de referência.
É uma oportunidade para conhecer melhor as últimas cinco décadas da relojoaria artesanal independente. O retalhista The Hour Glass, de Singapura, desvelou no início deste mês a exposição virtual The Persistence of Memory que tem como objetivo criar um «repositório online de membros cruciais no domínio do movimento relojoeiro independente contemporâneo, documentando a sua linha do tempo de desenvolvimento e fotografando e arquivando os seus relógios mais importantes».
Como resposta aos tempos em que vivemos, a exposição levou à procura da melhor solução online para ser concretizada e acaba por ser uma excelente surpresa. O ponto de partida é a década de 1970 com criações de George Daniels e Derek Pratt, seguindo pelo percurso de uma relojoaria «não-utilitária» através de François-Paul Journe, Philippe Dufour, Kari Voutilainen e Denis Flageollet. Por fim, são apresentadas as contribuições mais atuais de Roger Smith, Felix Baumgartner e Rexhep Rexhepi.
«Em 1969, o falecido Dr. George Daniels assinou seu primeiro relógio de bolso – um desenvolvimento notável não apenas pela habilidade envolvida em inventar e construir um relógio de corda manual do zero, mas também porque Daniels o fez no início da crise do quartzo. A alternativa proposta por Daniels ao relógio eletrónico foi uma abordagem que heroicamente ‘fetichizou’ tanto o tempo do relojoeiro na bancada, como a verdadeira habilidade manual. E, ao fazê-lo, foi consagrado como o pai da relojoaria artesanal moderna, inspirando gerações a seguir um caminho semelhante», refere-se no site da The Hour Glass.
As peças apresentadas são assim no fundo um reflexo do lado mais heroico e persistente da relojoaria artesanal, traduzindo na perfeição o modo como os grandes desenvolvimentos tecnológicos não têm de significar necessariamente o esquecimento do passado. Muito pelo contrário.
Online desde o dia 11 de março, a exposição The Persistence of Memory contempla assim este mundo fascinante, numa plataforma envolvente, devidamente contextualizada e documentada com imagens de grande qualidade.
Para iniciar a sua visita, basta clicar no seguinte link: ovr.thehourglass.com