A nova geração do IWC Ingenieur

A IWC recuperou um grande favorito do seu historial: o Ingenieur, de 1976, com a assinatura de Gérald Genta. Mas, numa altura em que a tendência do design integrado parece mais forte do que nunca, o regresso do Ingenieur ‘de Genta’ dá-se em moldes completamente distintos da sua geração anterior e da atual concorrência. A reportagem completa sobre este novo lançamento pode ser lida em breve no nº 82 da Espiral do Tempo.

Imagem de abertura: Ingenieur Automatic 40 Silver Plated | © IWC Schaffhausen

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Com movimento de corda automática, os novos Ingenieur têm 40mm, uma leve curvatura da caixa que melhora a ergonomia e mostrador decorado com uma textura grid | © Miguel Seabra / Espiral do Tempo

Em Londres | Fundada por um americano (Florentine Ariosto Jones), com emblemáticas linhas associadas a Portugal (Portugieser) e Itália (Portofino), e até edições especiais dedicadas a um escritor francês (Antoine de St. Exupéry), a International Watch Company também faz jus ao seu nome através do sucesso granjeado à escala global e ainda é a mais germânica de todas as manufaturas relojoeiras suíças — não só pelo facto de estar sedeada em Schaffhausen, muito perto da fronteira com a Alemanha, mas também devido à matriz que sempre regeu a marca. E é esse seu pendor teutónico que melhor carateriza o principal (re)lançamento da IWC em 2023: o do Ingenieur. Não o Ingenieur original de 1955, de caixa redonda, mas sim o Ingenieur SL estreado em 1976 com traçado integrado de Gérald Genta.

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Ingenieur Automatic 40 Black | © IWC Schaffhausen
IWC Ingenieur SL de 1975 | © IWC Schaffhausen

Se o Royal Oak e o Nautilus, os outros dois protagonistas da celebrada ‘Troika de Gérald Genta’, tiveram uma génese lúdica e uma inspiração náutica mais condizente com o estilo de vida da Riviera na década de 70 e a necessidade de um relógio que transitasse do iate para o casino, o Ingenieur já tinha nascido antes com um objetivo bem mais sério: o de equipar profissionais que, graças ao enorme avanço da ciência e da tecnologia no período pós-Segunda Guerra Mundial, começavam a lidar mais frequentemente com campos magnéticos de uma amplitude sem precedentes até à altura. Como os engenheiros. O Ingenieur Automatic 500’000 A/m (amperes), Ref. 666, foi lançado nos anos 50 com um pequeno diâmetro de 32 mm e uma espiral antimagnética extremamente cara, feita de nióbio e zircónio; a caixa interior era de ferro macio e tinha o primeiro rotor Pellaton de carga bidirecional.

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Ingenieur Automatic 40 Aqua | © IWC Schaffhausen

O Ingenieur ressurgiu depois com um visual moderno completamente distinto do modelo clássico original: em 1976, foi lançado o Ingenieur SL de maiores dimensões e, por isso, apelidado de ‘Jumbo’; vieram depois as versões de 34 mm lançadas em 1983 (Ref. 3505) e em 1993 (Ref. 3521). A segunda geração do Ingenieur ‘de Genta’ foi lançada em 2005 e saiu do catálogo em 2017… numa altura em que se notava já o regresso em força do design integrado, com reedições de modelos históricos em geral e a sobrevalorização de outros modelos emblemáticos desenhados por Gerald Genta em particular. A terceira geração foi meticulosamente preparada. À boa maneira alemã.

Uma reportagem para ler no nº 82 da Espiral do Tempo (primavera 2023) que estará em breve nas bancas.

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