A propósito do Dia Internacional dos Museus

Celebrado desde 1977, o Dia Internacional dos Museus foi instituído pelo Conselho internacional de Museus com o objetivo de consciencializar o público em geral para a importância dos museus. A esse propósito, recordamos seis museus relacionados com o mundo da relojoaria que tivemos a oportunidade de visitar e que recomendamos hoje e sempre.

Museu Patek Philippe: o templo

Museu Patek Philippe, em Genebra | Foto: Cesarina Sousa/ Espiral do Tempo
Museu Patek Philippe, em Genebra | Foto: Cesarina Sousa/ Espiral do Tempo

Com cinco séculos de história da medição do tempo guardados pelas suas paredes, o Museu Patek Philippe, em Genebra, é um daqueles lugares que nos levam a respirar fundo antes de neles entrarmos. Ali não se fala apenas da Patek Philippe, fala-se do todo que a relojoaria e artes que lhe estão ligadas representam. O Museu foi fundado em 2001 numa manobra de generosa ( e de génio) pela parte do então presidente da marca, Philippe Stern, que resolveu fazer da sua própria coleção de relógios a base de um museu aberto ao mundo. Hoje este lugar desperta o imaginário de muitos e nele o tempo assume verdadeiro protagonismo em salas e salas repletas de peças nunca escolhidas ao acaso. Uma reportagem que poderá ler aqui, muito em breve, no nosso site…

(Re)visitar o Museu do Relógio

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O Museu do Relógio, em Serpa, numa visita que a Espiral do Tempo fez em 2020 | Fotos: Paulo Pires/ Espiral do Tempo

A 26 de maio de 2020, o Museu do Relógio, em Serpa, reabria as suas portas depois de ter estado encerrado devido à pandemia de Covid-19. Durante o período de encerramento, a família Tavares d’Almeida, proprietária do Museu, aproveitou para levar a cabo a renovação e rejuvenescimento do espaço, assim como transformar o antigo escritório numa nova sala expositiva. Nessa altura, o Museu do Relógio celebrava 25 anos e nesse mesmo ano a Espiral do Tempo revisitou este lugar quase mágico e repleto de histórias. Sempre que ali chegamos o tiquetaque, quase hipnotizante, dos inúmeros relógios diz-nos que estamos numa cápsula de caraterísticas únicas que nos faz viajar no tempo. Mas, para o atual diretor e proprietário, este constante som de fundo representa um mar de histórias, e faz de tal modo parte da sua vida que consegue abstrair-se, a ponto de não ouvi-lo. O Museu do Relógio nasceu de um sonho romântico tornado realidade e continua a pulsar ao ritmo de uma verdadeira paixão, em Serpa e em Évora.

A casa do tempo

A entrada do Museu International d’Horlogerie, em La Chaux-de-Fonds | Foto: Espiral do Tempo

O Musée International d’Horlogerie é a casa mágica onde se guarda a história do tempo e da relojoaria. E não poderia localizar-se noutra cidade. La Chaux-de-Fonds foi, ao longo dos últimos séculos, a alma e o coração da indústria relojoeira suíça. O Museu aqui residente é um guia essencial para entendermos as razões por que a relojoaria se tornou central na vida das sociedades e dos seres humanos. A reportagem, da autoria de Fernando Sobral, dedicada a este museu foi publicada no número 74 da edição impressa da Espiral do Tempo (primavera 2021).

Museu L.U.CEUM: refúgio e contemplação

O museu L.U.C.EUM. Fotografia do espaço e do tecto com vigas de madeira.
Um ambiente elegante proporcionado pelo teto esconso e pelas estruturas de madeira. Como um autêntico chalet suíço. | Foto: Paulo Pires/ Espiral do Tempo

Localizado em Val-de-Travers, o Museu L.U.CEUM fica em Fleurier, na Suíça, mais especificamente no andar superior da manufatura Chopard. Em 2011, visitámos este lugar muito especial que beneficia de um ambiente elegante proporcionado pelo teto esconso e pelas estruturas de madeira. Como um autêntico chalet suíço. Vale a pena passar novamente por lá pelo testemunho de Miguel Seabra.

Os encantos musicais do Museu Speelklok

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Momento da visita guiada na sala dos relógios no Museu Speelklok | Foto: Bruno Candeias

A pequena cidade Holandesa de Utrecht esconde um fantástico museu que explora a estreita relação entre a música e a contagem do tempo. O museu Speelklok (holandês para relógio musical) expõe uma vasta coleção de objetos capazes de tocar música de forma autónoma através de engenhosas técnicas mecânicas. Uma reportagem, da autoria de Bruno Candeias, para redescobrir aqui, no nosso site.

Terrassenbau: degrau a degrau

Pormenores de alguns protótipos de mostradores e o edíficio Terrassenbau, em Schramberg
Pormenores de alguns protótipos de mostradores Junghans e o Terrassenbau, em Schramberg, hoje um museu | Fotos: Susana Gasalho / Espiral do Tempo

A Junghans está sediada na cidade de Schramberg, em plena Floresta Negra, e junto às suas infraestruturas atuais de produção, ergue-se o Terrassenbau, símbolo incontornável na relojoaria pela sua arquitetura em escada, projetada para aproveitar ao máximo a entrada de luz nas oficinas que outrora ali existiam. Nos dias que correm, o peculiar edifício tornou-se um museu de visita obrigatória, guardador de memórias, de relógios de cuco e de autómatos musicais. É também ali que se viaja ao longo dos mais de 160 anos da marca alemã. A reportagem da nossa visita foi publicada no número número 77 da Espiral do Tempo (Inverno | 2021). No nosso site, pode recordá-la em imagens.

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