A Jaeger-LeCoultre anunciou a colaboração com Brendi Wedinger, uma artista reconhecida pelo seu trabalho em artes digitais 3D, escultura e floricultura. O resultado é uma coleção digital de flores de ouro, inspirada no Vallée de Joux.
A Jaeger-LeCoultre anunciou a colaboração com Brendi Wedinger, uma artista de multimédia que vive em Los Angeles, reconhecida pelo seu trabalho em artes digitais 3D, em especial na criação de flores. Esta parceria surge no âmbito do programa Made of Makers promovido pela casa suíça que tem como objetivo alargar o diálogo que tende a existir entre relojoaria e arte.
Neste sentido, a Jaeger-LeCoultre tem desenvolvido colaborações com artistas, designers e artesãos de áreas fora da relojoaria que partilham os valores de criatividade, experiência e precisão com os quais a marca se identifica. Entre eles, Alex Trochut e Guillaume Marmin.
Com Brendi Wedinger, a Jaeger-LeCoultre centra-se mais no mundo da arte contemporânea. Brendi é uma artista e designer multidisciplinar cujas obras de arte digitais tridimensionais confundem a fronteira entre a vida real e a fantasia. Tendo a natureza como foco de inspiração – com ênfase na biodiversidade, sustentabilidade, renovação e um gosto especial pelas flores – combina vários elementos para formar uma realidade visual nova e surreal. Quase tangível, surge como ocasionalmente abstrata e muitas vezes escultural.
Em relação ao seu trabalho, Brendi Wedinger explica: «Em vez de usar um programa de computador para projetar o trabalho desde o início, começo sempre por usar ferramentas técnicas para esculpir à mão os elementos tridimensionais maiores, como as pétalas de uma flor, e desenhar à mão os detalhes mais finos. Depois de concluída essa etapa, utilizo muitas equações matemáticas para criar texturas, transparências e efeitos de camadas. O que me atraiu no meio digital é que ele me dá mais ferramentas para brincar e um mundo mais amplo de experimentação, para que o meu trabalho se torne uma homenagem mais expressiva à natureza, em vez de uma representação literal dela.»
Brendi Wedinger: o desafio proposto
Para cada colaboração do programa Made of Makers, a Jaeger-LeCoultre encomenda uma obra original. Mas não uma obra qualquer: a marca convida o artista a expressar, através da sua área de atuação específica, um tema de interesse para a Maison. Neste caso, o tema foi a natureza, um dos valores fundamentais da marca. Mais especificamente, as flores. Um desafio que foi ao encontro dos interesses da própria artista. Brendi passou assim um tempo na Jaeger-LeCoultre, no Vallée de Joux, para conviver com o lado artesanal da relojoaria e explorar o mundo natural que rodeia a Manufatura.
O resultado foi a criação de uma série de três flores digitais que combinam elementos de todos os aspetos da visita que fez: «Tudo naquela visita – desde as flores silvestres nos campos, à incrível complexidade e pequena escala dos componentes do relógio e à paciência e habilidade de todos os diferentes artesãos da Manufatura – foi como um mundo de fantasia romântica, tão longe dos relâmpagos e ritmo acelerado da vida moderna» refere a artista. «Além da beleza natural do vale, senti-me muito inspirada pelos relógios de alta complexidade e pelos detalhes únicos que neles se encontram. Queria que as flores fossem complexas e únicas, como os relógios, com toda a beleza e imensos detalhes que podem ser encontrados em ambos.»
Cada uma das criações é uma homenagem a uma variedade de flores encontradas no Vallée de Joux ao longo das estações, em vez de uma espécie específica que existe na natureza.
Flores 3D
«Quando as pessoas olharem mais profundamente para cada trabalho, irão ver que cada elemento é reconhecível e rastreável até uma flor natural, mas remixei e coloquei os detalhes em camadas para enfatizar a sua natureza surreal», explica a artista. A ideia era que as flores fossem digitalmente renderizadas num dos metais preciosos usados pela Jaeger-LeCoultre. Desta forma, criou-se o uma ilusão hiperrrealista de sombras e reflexos de luz incidindo sobre o ouro polido. Brendi brincou deliberadamente com contrastes – a oposição entre a suavidade orgânica da natureza e a solidez fria do metal, o digital e o físico, o efémero e o estático.
Cada flor recebeu nomes oficiais em latim com equivalentes formais em inglês. Ligando-as à sua história, a Jaeger-LeCoultre acrescentou ao nome o ano de origem do Reverso, o icónico relógio reversível da marca. Assim, elementos de papoila, de pasque alpino e de parnassia foram combinados para criar à Flos Montis Fluit, ou seja, a Papoila Dourada 1931. Elementos de narciso selvagem, urtiga de cânhamo vermelho e orquídea-aranha tardia deram origem à Gemma Vallis, ou Orquídea Dourada 1931. Para a terceira flor, elementos de hortelã-d’água, de escabiose e de cardo alpino foram combinados para criar a Rhapsodia Petalorum Alpinorum, ou Cardo Dourado 1931.
Por fim, a Jaeger-LeCoultre contratou ainda um criador de plantas francês para identificar uma flor que se assemelhasse à forma da Orquídea Dourada 1931 e criar um híbrido em exclusivo para a Maison. Chamada de Orquídea Branca 1931, é uma representação natural e física da obra de arte de Brendi Wedinger. As flores – tanto na sua forma física quanto virtual – farão parte da identidade visual da Jaeger-LeCoultre e passarão a marcar presença em futuras iniciativas da marca.
Visite o site oficial da Jaeger-LeCoultre para mais informações.