Philippe Stern, presidente honorário da Patek Philippe, celebrou recentemente o seu 85.º aniversário e foi homenageado pelo seu filho, Thierry Stern, atual presidente da marca, com um relógio que une a duas complicações acústicas: repetição de minutos e alarme. Uma edição limitada a 30 exemplares.
Nos tempos que correm, o relógio de pulso continua a ser escolhido como presente simbólico para celebrar aniversários ou outras ocasiões especiais. E não haveria forma mais simbólica de Thierry Stern, atual presidente da Patek Philippe, prestar homenagem ao seu pai, atual presidente honorário da marca genebrina. Philippe Stern celebrou recentemente 85 anos e, mais do que um relógio, recebeu do seu filho uma peça que guarda em si elementos com muito significado.
Ref. 1938P-001
A referência que dá nome ao novo relógio – 1938P – é alusiva ao ano de nascimento de Philippe Stern. Trata-se de uma edição especial limitada a 30 exemplares, dotada de um movimento de corda automática completamente novo desenvolvido para este instrumento do tempo. Segundo a marca, este calibre não voltará a ser utilizado. Philippe Stern representa a terceira geração da família Stern que adquiriu a Patek Philippe em 1932, em plena Grande Depressão. Foi presidente da marca entre 1993 e 2009.
Repetição de minutos
A Patek Philippe tem no seu percurso uma estreita ligação às complicações acústicas, ou seja, relógios que além, de indicarem o tempo por meio de ponteiros, também o fazem sonoramente. Mas a função de repetição de minutos é especialmente associada à marca e é ela que anima o novo relógio. Esta opção não está relacionada apenas com a tradição, mas também com o próprio Philippe Stern. Afinal, trata-se da sua complicação favorita e foi sob a sua liderança, em 1989, que a Patek Philippe a fez renascer para os tempos contemporâneos com o primeiro movimento desse tipo projetado e construído nas suas oficinas – o Calibre R 27. Nessa ocasião, a marca celebrava 150 anos. Desde então, a repetição de minutos foi recuperando lugar na coleção da casa genebrina.
Atualmente, contamos com 12 peças com essa complicação no portefólio da marca, sozinha ou combinada com outras funções. Não é assim à toa que falar de Patek Philippe é também falar de repetição de minutos e é a própria marca que refere no seu site: “Quando o relojoeiro tem a certeza de que os gongos vão ao encontro dos standards requeridos pela Patek Philippe, apresenta a sua criação ao presidente, Thierry Stern. Como convém a uma empresa relojoeira familiar, a qualidade do som de cada repetição de minutos é validada pelo presidente antes de sair das oficinas. Somente o seu ouvido pode marcar a aprovação final do timbre e confirmar que cada repetição de minutos Patek Philippe tem o som caraterístico considerado como referência tonal em relojoaria.” Daí a clássica fotografia do presidente a escutar pessoalmente um relógio. E eis como na edição limitada de homenagem ao seu pai uma só complicação conta toda uma história. Mas há mais.
Alarme
Além da repetição de minutos, a Ref. 1938P-001 integra a função de alarme, que soa numa hora previamente definida. Este mecanismo foi uma das cinco funções acústicas e uma das duas primeiras inovações patenteadas apresentadas, em 2014, para o 175.º aniversário da manufatura na Ref. 5175 Grandmaster Chime. Com 20 complicações, surgiu como o mais complicado relógio de pulso da Patek Philippe. Em 2016, esta peça integrou a coleção regular da marca como Ref. 6300 e inclui as complicações de grande e petite sonnerie, repetição de minutos, repetição de data e alarme. No novo relógio, a função de alarme veio assim juntar-se à repetição de minutos.
O Calibre
Baseado assim no referido Calibre R 27, o novo calibre R AL 27 PS de corda automática une a repetição de minutos a um alarme que soa à hora programada, com ambas as complicações a usarem os mesmos gongos clássicos. Esta opção exigiu a adição de 227 componentes e quatro novas patentes associadas à alternância segura entre modos acústicos, ao adiamento do alarme até ao tempo marcado, à garantia da sequência correta de som ‘horas, quartos e minutos’ e à garantia de que o tambor ligado ao mecanismo sonoro esteja sempre totalmente armado sempre que a alavanca deslizante é acionada – afinal o relógio tem de estar sempre preparado para soar até 31 batidas para o alarme, equivalentes às 12h58m.
Os acabamentos são requintados, com os ângulos das pontes e dos martelos dourados. O microrrotor em ouro amarelo é banhado a ródio com ângulos em ouro amarelo e adornado com uma gravação lacada a preta que reproduz assinatura de Philippe Stern. Mais uma vez, houve uma preocupação em garantir a facilidade de utilização, pelo que o botão na coroa permite selecionar o modo acústico, que, no mostrador, é apresentado na abertura em forma de sino, localizada às 3h: sino preto para o modo de repetição de minutos; sino vermelho para o modo de alarme.
O acerto do alarme às 12h é efetuado de quarto em quarto de hora graças a um ponteiro central em ouro rosa que indica o tempo destacada a ouro rosa na periferia do mostrador. O alarme soa sempre dois minutos antes do horário programado, de modo a garantir o máximo de toques e evitar que passe eventualmente despercebido. Eis o exemplo dado pela marca: se o alarme estiver agendado para as 3 horas, em vez de três toques graves, o relógio soa dois toques graves, três toques duplos graves-agudos e 13 toques agudos, totalizando 21 batimentos.
O retrato em esmalte
A homenagem a Philippe Stern também se faz literalmente ver no mostrador em ouro. Sobre um fundo preto em esmalte Grand Feu, salta à vista o retrato em branco e cinza, também em esmalte Grand Feu. Numerais e ponteiros de horas e minutos estilo Breguet, todos em ouro branco, complementam o conjunto e contrastam com o ouro rosa do ponteiro associado à indicação de alarme. Os numerais estão dispostos na ordem regular, entre as 12h e as 8h. Os restantes numerais deram lugar ao retrato do atual presidente honorário da Patek Philippe.
A caixa
De 41m em platina, a caixa polida à mão evoca uma peça de relevância para Philippe Stern: a Ref. 3960, um relógio de estilo ‘Officer’, evocativo dos primeiros relógios de pulso do início do século XX, lançado, em 1989, no âmbito do 150.º aniversário da Patek Philippe sob a liderança de Philippe Stern. Por outro lado, o material escolhido também teve a sua razão de ser. Além de ser considerado o metal mais nobre, representa um desafio no âmbito das criações acústicas, tendo em conta as suas propriedades, já que o objetivo é obter o ‘som Patek Philippe’ apreciado pelos conhecedores.
Depois, há que referir que, como todos os relógios Patek Philippe em platina, a nova Ref. 1938P-001 tem um diamante inserido na caixa, entre as asas, às 6h. A cereja no topo do bolo é o fundo em vidro de safira, protegida por uma tampa personalizada com a gravação ‘A mon père, 85 ans de passion horlogère’ (Para o meu pai, 85 anos de paixão relojoeira). O vidro de safira permite contemplar o movimento automático que dá vida a este relógio.
Visite o site oficial da Patek Philippe para mais informações.
