No Palacete Chafariz D’El Rei com o TAG Heuer Carrera Cara Delevingne SE

O que podem ter em comum o TAG Heuer Cara Delevigne Special Edition e o Palacete Chafariz D’El Rei, em Alfama? À primeira vista, talvez nada; mas depois, parecem ter algo em comum. Se quisermos destacar um aspeto, falemos de reflexos. Se quisermos destacar outro: o efeito surpresa.

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Relógio TAG Heuer no Palacete Chafariz D’El Rei.
© Paulo Pires / Espiral do Tempo

Confesso que o TAG Heuer Carrera Cara Delevigne Special Edition me despertou pouco a atenção quando foi lançado. Aliás, chamou-me a atenção por chamar pouco a atenção. O meu primeiro contacto com ele foi através de fotografia e, nesse sentido, teve um impacto do género «Não me convence muito. As cores não me chamam e, apesar de considerar que a versão com luneta de diamantes possa ser mais interessante, este relógio não me diz muito. E nem sequer tem movimento mecânico.»

Adiante. O tempo foi passando e, mais tarde, acabei por ter a oportunidade de o ver ao vivo, em contexto pós-laboral. E aqui, confesso outra coisa: fiquei surpreendida. Ao pegar no relógio, deparei-me com uma peça cheia de personalidade. As cores escuras, que não me chamaram na fotografia, ao vivo passaram a fazer todo o sentido, o galvanizado antracite com efeito soleil do mostrador era realmente bonito e a bracelete, com capitoné, revelou-se uma elegância. E tratava-se, precisamente, da versão com luneta de diamantes. Nessa noite, comecei a ficar rendida.

TAG Heuer Carrera Delevingne Special Edition

Relógio TAG Heuer no Palacete Chafariz D’El Rei.
© Paulo Pires/ Espiral do Tempo

O Carrera Delevingne Special Edition da TAG Heuer foi lançado em 2015 no âmbito da parceria com Cara Delevingne, embaixadora da TAG Heuer. O relógio foi apresentado em quatro versões, todos com caixa de 41 mm em aço revestido a carboneto de titânio preto: duas versões com luneta cravejada de diamantes e braceletes pretas em aço ou pele capitoné, com fecho de báscula preto; e duas versões despojadas da preciosa luneta, mas com as mesmas opções de bracelete. As quatro versões apresentam o mesmo mostrador antracite como pano de fundo para os indexes facetados e plaqueados a ouro rosa e para os ponteiros centrais (das horas, minutos e segundos) também em tom ouro rosa, todos com apontamento luminescente. Às três horas, encontra-se uma discreta janela da data, com números brancos sobre fundo preto.

Posto isto, quando pensámos em relógios para avançar com mais um Watch my skin (já estivemos na Fundação Medeiros e Almeida com um Octa Divine da F.P. Journe, seguindo-se a Barbour International com um Franck Muller Vanguard Date), o TAG Heuer Carrera Cara Delevingne com luneta de diamantes (Ref. WAR101B.FC6367) foi uma das primeiras opções que surgiu em cima da mesa.

Relógio TAG Heuer no Palacete Chafariz D’El Rei.
© Paulo Pires/ Espiral do Tempo

Do nosso ponto de vista, é um relógio que merece ser destacado esteticamente, porque, consideramos, que as fotos que andam por aí não lhe fazem jus. O nosso desafio seria, assim, descobri-lo num lugar à altura. Um lugar que nos pudesse despertar o mesmo efeito surpresa que o relógio nos despertou. Bastaram uns minutos para relembrar a reação de muitos que passeiam por Alfama, em Lisboa, e que, na frente ribeirinha, se deparam com um sumptuoso edifício que se ergue, solene, mesmo por cima do histórico Chafariz D’El Rei, no terreno onde antes jazia o palácio dos Marqueses de Angeja, destruído pelo terramoto de 1755. O lugar ficou escolhido: iríamos explorar o relógio no Palacete Chafariz D’El Rei.

No Palacete Chafariz D’El Rei

Relógio TAG Heuer no Palacete Chafariz D’El Rei.
© Paulo Pires/ Espiral do Tempo

Guesthouse e salão de chá: o Palacete Chafariz D’El Rei remonta a 1909 enquanto edifício de estilo neo-mourisco, mandado construir por João António dos Santos, um português que enriqueceu no Brasil. Na altura, o irreverente Palacete não foi visto com bons olhos, chegando mesmo a estar em risco de ser demolido, e ainda hoje causa sensação a quem por ali passa.

Relógio TAG Heuer no Palacete Chafariz D’El Rei.
© Paulo Pires/ Espiral do Tempo

Atualmente, o Palacete Chafariz D’El Rei é propriedade do espanhol Emílio Castillejos e é dirigido pelo português Rui Teixeira. Ambos acharam que valeria a pena recuperá-lo, depois de o descobrir reduzido a um mero espaço de escritórios, sem qualquer graça. O ano de 2007 foi o ano de arranque do projeto e a principal prioridade, durante os quatro anos que demorou o restauro, foi recuperar ao máximo a sua riqueza original: «Compraram mobiliário antigo em feiras, antiquários e leilões e, sobretudo trabalhando com técnicos formados pela Fundação Ricardo Espírito Santo, restauraram pacientemente todo o trabalho dos tectos e das paredes e os muitos vitrais que encontramos por toda a casa», refere-se no «Fugas»/Público.

E paramos aqui, nos vitrais.

Relógio TAG Heuer no Palacete Chafariz D’El Rei.
© Paulo Pires/ Espiral do Tempo

Falamos de 690 vidros de claraboia em todo o Palacete. Junto de alguns desses vidros, o TAG Heuer Carrera Cara Delevingne Special Edition teve a oportunidade de revelar no seu mostrador todo um precioso jogo de luzes. A linha Carrera Lady da TAG Heuer é composta por modelos que oscilam entre os 28 e os 32 mm, pelo que o Carrera que tivemos em mãos estabelece a diferença também pela generosa dimensão. Esse tamanho é perfeito para o tal espetáculo de reflexos. A luz natural que irrompe pelo Palacete dentro, através dos vitrais, ecoa no amplo mostrador circundado de diamantes, oferecendo ao relógio um especial efeito de brilho extra que resulta tão bem. Aliás, por onde passa, o mostrador acaba por mudar de cor consoante o lugar ou a luz que nele incide. Antracite, sim. Camaleónico, ainda mais.

Relógio TAG Heuer no Palacete Chafariz D’El Rei.
© Paulo Pires/ Espiral do Tempo

A nossa visita ao Palacete Chafariz D’El Rei limitou-se ao piso térreo. Fomos recebidos com calorosa hospitalidade e por ali andámos, sem qualquer pressa. Os quartos estavam todos ocupados, por isso, assumimos o papel de turistas que descobrem um espaço perfeito para descontrair, ler e tomar um chá ou um brunch.

À irreverência exterior une-se alguma opulência  no interior, com inspiração na Arte Nova Brasileira, numa aproximação à identidade original do Palacete. E pelas amplas janelas e vitrais os motivos de inspiração natural conjugam-se na perfeição, com algum exotismo e elementos mais sóbrios.

Relógio TAG Heuer no Palacete Chafariz D’El Rei.
© Paulo Pires/ Espiral do Tempo

Tirámos algumas fotografias no pequeno jardim que encontramos ao fundo do corredor central que recebe os visitantes. Uma espécie de varanda avantajada com alguns canteiros, uma fonte e uma enorme buganvília que nos dá sombra, enquanto, sentados, nos perdemos na vista sobre o rio e depois nos detivemos nos pormenores do relógio.

Relógio TAG Heuer no Palacete Chafariz D’El Rei.
© Paulo Pires/ Espiral do Tempo

Tal como a linha Carrera original, o Carrera Lady é inspirado na competição automóvel, no entanto, surge como um relógio que une espírito clássico e desportivo. O mostrador permite uma excelente legibilidade e no caso específico, da Cara Delevingne Special Edition essa legibilidade é potenciada pelo contraste entre os tons escurecidos do conjunto e ouro rosa dos apontamentos. Esquecemos,assim, o nariz franzido e olhos cerrados na hora de ver as horas.

Relógio TAG Heuer no pulso no Palacete Chafariz D’El Rei.
© Paulo Pires/ Espiral do Tempo

Mas a verdade é que, desde o início, que não nos enganámos. A luneta decorada com 72 diamantes faz toda a diferença num relógio como este — um relógio de espírito desportivo que se quer descomprometido e, ainda assim, elegante, assumidamente discreto, mas que não nos deixa indiferentes, um relógio com classe, mas com um toque de irreverência que vai ao encontro da personalidade a quem é dedicado e que combina tão bem com um lugar tão requintado e histórico, como irreverente e especialmente convidativo. Como aquele que estivemos a visitar.

Home Boutique Hotel

Relógio TAG Heuer no pulso no Palacete Chafariz D’El Rei.
© Paulo Pires/ Espiral do Tempo

«Com o conceito de Home Boutique Hotel, o Palacete pretende que o hóspede se sinta em casa, oferecendo um ambiente familiar, mas igualmente exclusivo com todos os requintes e mordomias de um Palacete de início de século», refere-se no site oficial do espaço. E foi realmente em casa que nos sentimos. Depois de um momento mais descontraído no jardim, dirigimo-nos para a biblioteca, localizada na primeira sala que encontramos do lado direito, logo após a entrada principal do edifício — uma entrada com porta escondida nos meandros apertados de Alfama que abre para o tal luminoso corredor, repleto de vitrais e é ladeado por enormes plantas.

Relógio TAG Heuer no Palacete Chafariz D’El Rei.
© Paulo Pires/ Espiral do Tempo

Na biblioteca, a divisão do espaço é feita pelo próprio mobiliário, com sofás e cadeirões distribuídos para o convívio, para a leitura ou para a descontração. Ao fundo, junto à janela, encontra-se um piano de cauda que serve também de expositor para algumas peças estilizadas em vidro colorido. E, mais uma vez, o relógio volta a brilhar, mas a sentir-se em casa também. Na imagem abaixo, distingue-se bem o anel graduado que circunda o mostrador, recordando-nos as origens mais desportivas deste Carrera, que é depois encimado pela luminosa fileira de diamantes.

Relógio TAG Heuer no Palacete Chafariz D’El Rei.
© Paulo Pires/ Espiral do Tempo

Já nesta imagem, destaque para a correia em pele personalizada no interior com a assinatura, em dourado, de Cara Delevingne:

Relógio TAG Heuer no Palacete Chafariz D’El Rei.
© Paulo Pires/ Espiral do Tempo

Propositadamente, sentámo-nos num enorme sofá verde em pele com efeito capitoné para discutir um pouco a correia em pele e respetivo fecho de báscula, com acabamento escovado. Não apreciámos o facto de o capitoné não se prolongar pela totalidade da bracelete. Fica ali a meio caminho, como se faltasse alguma coisa. Se para pulsos mínimos, como o meu, essa questão possa ser disfarçada, para pulsos maiores, distingue-se perfeitamente a diferença da decoração — que não deixa de ser muito bonita e contribuir de forma decisiva para o misto de requinte e espírito casual que descobrimos no relógio. O fecho, por sua vez, é de simples utilização e permite ajustar facilmente a bracelete ao pulso.

Relógio TAG Heuer no Palacete Chafariz D’El Rei.
© Paulo Pires/ Espiral do Tempo
Relógio TAG Heuer no Palacete Chafariz D’El Rei.
© Paulo Pires/ Espiral do Tempo

Junto à porta da biblioteca, exploramos o lado mais selvagem deste Cara Delevingne Special Edition. Ali, junto a uma enorme estante de madeira com livros, dois cadeirões com padrão tipo tigre são perfeitos para mais uma fotografia. Para quem desconhece, o leão é o animal preferido de Cara Delevingne, tendo em conta o facto de ter nascido sob o signo do leão, em agosto de 1992. Tem mesmo uma cabeça deste felino tatuada no seu dedo indicador direito. Por isso, este elemento é evocado discretamente no relógio. No fundo, também em aço com revestimento preto, a gravação de uma cabeça de leão marca a sua posição ao centro. Também ali se encontra o nome do relógio, a estanqueidade (até 100 metros) e a assinatura da TAG Heuer: ‘Swiss Made since 1860’. Claro que o padrão do cadeirão é tipo tigre (e não leão!), mas a fotografia acabou, sem dúvida, por resultar:

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© Paulo Pires / Espiral do Tempo

Tempo, ainda, para explorar o bonito salão de chá e de brunch, que originalmente teria servido como salão de baile. A este espaço une-se uma outra sala mais pequena, mas que reflete tanto o gosto Art Noveau, graças à porta arqueada decorada com vitrais, aos arabescos emotivos de inspiração oriental que ali predominam e graças aos tons claros como o rosa velho, o azul, o branco e o verde. Seria impensável não fotografar o relógio neste lugar, quase mágico.

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© Paulo Pires/ Espiral do Tempo

Fica a nota de que o TAG Heuer Carrera Cara Delevingne Special Edition se apresenta como um relógio muito confortável. A bracelete ajusta-se bem e a caixa de 41 mm, com asas anguladas que permite um efeito quase integrado da bracelete, assenta bem no pulso, mesmo no meu que, como já referi, é demasiado estreito.

Enquanto instrumento do tempo, casa com qualquer ocasião e com qualquer lugar. É claro que daqui excluímos momentos de praia ou assumidamente de mar, por uma questão prática e mesmo de identidade. Noites de verão? Sem dúvida. Festas sem fim à vista? Também. Dias de trabalho em escritório também. Um passeio à beira rio. Sem dúvida. Na nossa opinião, o visual camaleónico deste relógio permite-nos usufruir dele nas mais diversas ocasiões e os pulsos pequenos não se vão queixar. Pelo menos, por estes lados, que tendemos a apreciar bastante relógios com dimensões simpáticas. Quanto à caixa em si, destaque para a alternância de acabamentos, com as laterais e o centro do fundo escovados e a parte superior das asas e periferia do fundo polidos. Todo o conjunto distingue-se assim pelos jogos de reflexos que temos vindo a destacar desde o início. Na foto que se segue, distingue-se bem o tom antracite e trabalho soleil no mostrador, iluminado pela luz natural:

Mãos a segurar o relógio Cara Delevingne Special Edition junto a uma parede decorada.
© Paulo Pires/ Espiral do Tempo

Quanto a preços, como consultámos no site da Torres Distribuição, os valores oscilam entre os 2.300 euros na versão sem diamantes e correia em pele e os 3.990 para a versão com luneta com diamantes e correia de pele que estivemos a fotografar. Um valor que nos fará querer certamente usá-lo com frequência e  usufruir dele ao máximo.

Na receção do Palacete Chafariz D’El Rei, o Cara Delevingne Special Edition da TAG Heuer causou sensação, sem dúvida. Já o hotel também causou sensação aqui por estes lados. Deixamos, assim, as informações práticas relativas a este espaço de visita obrigatória em Lisboa. ET_simb

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© Paulo Pires/ Espiral do Tempo

Palacete Chafariz D’El Rei
Travessa Chafariz D’El Rei, nº 6
1100-140 Lisboa
Telf. +351 218 886 150
booking@chafarizdelrei.com

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