O Toile de Jour regressa à linha Grand Bal da Dior, desta vez em tons de ouro amarelo. Limitado a 28 exemplares, o novo relógio oferece uma dimensão viva ao motivo decorativo que faz tanto parte da identidade da casa francesa.
A relojoaria tem esta capacidade de surpreender. Há uns dias relembrámos o tema da magia, há umas semanas falámos em alta-costura e, de repente, vemos o cruzamento destes dois mundos acontecer num relógio de pulso que brilha literalmente aos nossos olhos. A Dior surpreendeu neste início de ano com o lançamento de uma nova versão do Grand Bal Toile de Jour, um modelo lançado em janeiro de 2022, tendo como base o icónio motivo que lhe dá o nome, mas desta vez em tons de ouro amarelo.
Toile de Jour
O Toile de Jour tornou-se uma assinatura da Dior, depois de Christian Dior se ter começado a interessar por este padrão em 1947. Conta-se que, na altura, Victor Grand Pierre e Christian Bérard, amigos do fundador da casa francesa, sugeriram a sua utilização em todo o mobiliário da boutique 30 Avenue Montaigne, bem como nos seus apartamentos privados. Maria Grazia Chiuri, diretora criativa da Dior desde 2016, também desenvolveu o Toile de Jouy à sua maneira através da sua utilização na marca em diversas coleções e em diversas categorias de produtos, nomeadamente, em relógios.
Entre eles, encontra-se o Grand Bal Toile de Jour de que falámos, numa opção invertida na utilização das cores (branco como fundo e azul nos motivos de natureza). O Toile de Jour invertido pode ser encontrado em bolsas como a Lady D-Lite e a tote Dior Book, mas também em calçado e acessórios J’Adior. O relógio Dior Grand Bal Toile de Jouy nasceu assim de uma profunda e literal inspiração no universo da alta costura, oferecendo uma nova dimensão a um dos códigos indissociáveis da casa Dior.
Grand Bal Toile de Jour Or
O novo Grand Bal Toile de Jour Or vai buscar tudo isto e muito mais ao sair do azul para se reencontrar num vistoso emaranhado decorativo em tons de ouro amarelo. São diversos os dourados que encontramos no mundo dos relógios, mas às vezes o ouro amarelo – o mais vistoso – faz realmente magia. Com caixa de 36mm em aço, o relógio replica o Toile de Jouy enquanto um exuberante jardim finamente trabalhado. Ali, emoldurados por uma composta luneta de diamantes, folhas e galhos em ouro convivem com flores de diamantes, sob uma base em madrepérola. Depois, estes elementos ultrapassam os limites da caixa e continuam a viver, como pintura dourada, pela correia fora, preparados para abraçar um dos 28 pulsos que terá o privilégio de usar esta edição limitada.
Mas isto é o que salta à vista porque, se pegarmos no relógio, os elementos do jardim em miniatura parecem realmente ganhar vida. Como modelo da linha Grand Bal, o relógio está equipado com um movimento mecânico de corda automática invertido, ou seja, a massa oscilante que o carrega encontra-se no lado do mostrador. Por isso, sempre que o pulso mexe o rotor mexe também. E assim percebemos que, afinal, o emaranhado de galhos e de folhas surgem como o rotor em si que gira incansavelmente em torno de uma base circular dourada na qual estão enquadrados os ponteiros.
Esta solução mecânica que tem já uns bons anos no portefólio da Dior é uma alusão ao rodopiar de um vestido de baile, vertente que faz tanto parte da identidade da casa francesa. Daí o nome base da coleção. Os rotores dos modelos Grand Bal bebem desta fundamental herança da alta-costura e têm sido recriados vezes sem conta em relógios com mostradores que dançam aos nossos olhos.
As nossas impressões
É muito interessante explorar o lado relojoeiro da Dior. Há anos que a marca francesa se tem vindo a destacar neste segmento unindo à relojoaria o mundo de alta-costura que lhe serve de base. Por um lado, temos relógios de design bem distintivo, por outro lado, a marca tem um percurso já bem afinado no que à relojoaria mecânica feminina diz respeito. Aliás, foi com o Grand Soir Automate Etoile de Monsieur Dior que, em 2023, a Dior levou para casa o galardão da Complicação Feminina no Grand Prix d’Horlogerie de Genève Um reconhecimento importante depois de algumas nomeações no passado que vem, mais uma vez mostrar, que é possível criar relógios inspiradores com corpo, alma e coração.
O Grand Bal Toile de Jour Or acaba por ser mais uma etapa neste caminho. Quase encantado, quase poético, surge como um relógio com substância que convida também à contemplação: pelos aprimorados detalhes, pela componente artesanal, pela sua beleza, pela sua mecânica e pela herança e história que traz consigo, tendo em conta a casa que o criou.
Algumas caraterísticas técnicas:
Dior
Grand Bal Toile de Jour Or
Referência | CD153B2X1335
Ano de lançamento | 2024
Movimento | Corda automática Calibre Dior Inversé 11 1/2 com rotor amarelo em forma de galhos no mostrador e adornado com 103 diamantes de corte brilhante.
Funções | Horas e minutos.
Caixa Ø 36 mm | Aço com luneta em ouro amarelo cravejada com 292 diamantes de corte redondo (1,95 cts). Vidro de safira com tratamento antirreflexos. Coroa em aço gravada com a referência ‘CD’. Fundo em vidro se de safira fosco com inscrição ‘Dior’ em ouro amarelo. Estanque até 30 metros.
Mostrador | Base de madrepérola.
Bracelete | Branca em pele decorada em tons de ouro amarelo com o motivo Toile de Jouy. Fivela em aço cravejada com 18 diamantes (0,18 cts)
Preços | 57.000 €
Visite o site oficial da Dior para mais informações.
